sábado, 15 de maio de 2010 | |

O futuro (?) dos jornais - uma canção

Numa postagem do mês passado (clique aqui para ler), tratei de uma questão crucial para o jornalismo atual: a sobrevivência dos jornais. Crucial não pelo temor de que o jornalismo corra riscos caso o jornal impresso como o conhecemos hoje acabe; crucial por ser uma das questões mais discutidas – e sem resposta – na mídia. É quase o “sexo dos anjos” da imprensa, a história do “ovo ou a galinha”.

Pois o jornal canadense “The Globe and Mail” decidiu tratar dessa questão de uma forma bem humorada. Ele publicou um vídeo com uma música de lamentação pela decadência dos jornais impressos. Mais do que um fim anunciado, porém, a música soa com um grito de resistência. Basta reparar na letra.

A canção – chamada “Cantando sobre o infortúnio do jornal” – é entoada no vídeo pelo quarteto The Fine Grind. A letra é do jornalista Siri Agrell, do próprio “Globe”, com base na música “Crazy”. Infelizmente, o vídeo não tem código de compartilhamento, mas ele pode ser visto clicando
aqui. A letra vai a seguir, com tradução retirada do blog de notícias “Jornalismo nas Américas”.

"Lembro quando os leitores tinham tempo,

diziam que havia algo de prazeroso sobre a página de jornal
Mas agora a web responde com tanto espaço...

E quando você está online, sem tempo
Sim, você diz que o impresso parece desatualizado
Mas não é porque a gente não sabe o bastante,
a gente simplesmente sabe demais

Isso nos torna loucos,
querer que você nos leia?
Eu sei que os blogs estão

no melhor momento de suas vidas
Mas verifique seus fatos duas vezes
esse é meu único conselho

Qual é, Ariana, quem você acha que é?
A web 2.0
Você realmente acha que está no controle?
Oh, não

Acho que é preguiçoso
Agregar é preguiçoso
Acho que é preguiçoso
Por que você não lê?

Meus heróis tinham a coragem
De fazer reportagens no mundo inteiro
E tudo o que eu lembro
é de pensar: quero escrever como eles

Desde quando éramos pequenos
os jornais pareciam divertidos
E mesmo agora que a internet apareceu
eles não vão morrer

Talvez nós estejamos loucos
Talvez você esteja louco
Talvez estejamos loucos,
Provavelmente..."

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