quarta-feira, 2 de setembro de 2009 | |

O "Dia do Fico" de Félix

Terça-feira, 1° de setembro de 2009. A data ficará gravada neste blog e na minha memória. Nesse dia, em entrevista ao programa “Fatos & Notícias”, da TV Jornal (que apresento diariamente às 11h30 com os colegas Luiz Biajoni e Ana Paula Sequinato), o prefeito de Limeira, Silvio Félix (PDT), garantiu que cumprirá seu mandato até o final – 31 de dezembro de 2012.

A manifestação decorreu de pergunta feita por mim e está ligada às eleições de 2010. É que o PDT de Félix lançou a pré-candidatura do atual prefeito de Campinas, Hélio Santos, para o governo do Estado. Discute-se até nos bastidores a eventual candidatura do Dr. Hélio, como é mais conhecido, ganhar apoio do PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Por enquanto, são apenas conjecturas, costuras que vêm sendo feitas nos bastidores políticos (e que têm passado pelo Edifício Prada, a sede do Executivo limeirense).

O fato é que Félix e Dr. Hélio têm grande afinidade. Os dois foram eleitos na mesma época, em 2004, e reeleitos no ano passado. Na primeira eleição, Dr. Hélio travou uma apertada disputa com o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB), que havia vencido o primeiro turno. O pedetista – que vinha tentando há anos se eleger prefeito de Campinas – tinha o desafio de virar o jogo no segundo turno. Na ocasião, contou com grande apoio do então prefeito eleito de Limeira. Félix empenhou-se na campanha do colega, chegando a emprestar veículo e equipe.

A ajuda não foi esquecida por Hélio, que buscou intermediar pleitos da Prefeitura de Limeira junto a deputados e ao governo federal. Os dois prefeitos se falam com frequência, inclusive sobre a disputa em 2010.

Aliás, a relação entre ambos não é nova. Conforme reportagem assinada por mim e publicada no Jornal de Limeira no ano passado, Félix foi – embora sem que ninguém soubesse – assessor do então deputado federal Dr. Hélio (leia
aqui).

Com a possibilidade do atual prefeito de Campinas ser candidato a governador e em razão da afinidade entre ele e Félix, perguntei ao prefeito de Limeira se, caso o colega fosse eleito em 2010 e o convidasse para ser secretário de Estado, se ele aceitaria. Félix foi enfático em dizer que não. Garantiu que cumprirá seu mandato até o último dia.

Está, pois, registrado nos arquivos da TV Jornal e na minha memória (bom, também neste blog).

Renunciar ao mandato de prefeito, abrindo mão dos votos de confiança dados pela população, foi talvez o maior erro político de Pedro Kühl (PSDB). Ele abdicou de comandar Limeira em abril de 2002, após ter sido reeleito em 2000 (curiosamente numa disputa contra Félix), em nome de uma candidatura (cujas chances de sucesso se desenhavam como quase impossíveis) a deputado federal. Não se elegeu, deixou a prefeitura e ficou “queimado”.

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