segunda-feira, 4 de maio de 2015 | |

Imprensa: reflexão e autocrítica

(...) O ativismo do Ministério Público e da Polícia Federal pode ser um sonho para quem precisa produzir notícias sofregamente, de impacto, capazes de ganhar uma manchete, ou um alto de página ímpar. (...)

Engana-se redondamente quem pensa que a profusão de meios de informação tornou mais fácil a vida de jornalista. Mais do que nunca são necessários filtros, apurações, documentos confiáveis, fontes fidedignas etc. Dá trabalho, mas a recompensa profissional vale a pena. Usar o Ministério Público e a Polícia Federal como donos absolutos da verdade equivale a terceirizar o ofício do jornalismo. Mas é o que está em voga nesta fase policial da nossa democracia.

Fonte: Ricardo Melo,
“Época de estado policial”, Folha de S. Paulo, Poder, 4/5/15.

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