sexta-feira, 27 de março de 2015 | |

A arte de Iberê Camargo

Iberê Camargo é um patrimônio da arte brasileira. O gaúcho de Restinga Seca, falecido em agosto de 1994 na capital Porto Alegre, foi um dos pintores e gravuristas contemporâneos mais importantes de sua geração. Deixou uma apreciada coleção, que pode ser vista parcialmente (conforme a temática da mostra) na fundação que leva o seu nome. 

Quando lá estive, em novembro de 2014, trabalhos do artista estavam reunidos numa exposição chamada "As horas (o tempo como motivo)":

  


  
Ela ocupa um prédio que forma, com a obra do artista, um conjunto harmônico e provocativo, com as formas características da arquitetura moderna – que, de certo modo, aparecem também nas pinturas de Iberê. 



Para completar a paisagem, a beleza do Guaíba (na verdade um lago) que banha a capital do Rio Grande do Sul e faz todas as tardes com o sol a mais bela parceria da natureza naqueles lados dos pampas quando o brilho dourado solar se encontra com o marrom escuro das águas.

Além de trabalhos de Iberê, na data da minha visita à fundação havia também uma exposição de arte “povera”, uma tendência nascida na Itália na década de 1960. Arte contemporânea na veia!

  

Mario Merz ("Senza titolo", 1997)

Michelangelo Pistoletto ("Il disegno dello specchio, 1979)

Giuseppe Penone (nome da obra não identificado)




Aliás, já que citei o prédio, é impossível não ver uma similaridade entre a sede da fundação - assinada pelo arquiteto português Álvaro Siza - e as "casas" do High Museum, em Atlanta (EUA), obra dos arquitetos Richard Meier (primeira etapa) e Renzo Piano (segunda etapa); e da Bienal de Arte de São Paulo, no Parque do Ibirapuera, trabalho de Oscar Niemeyer, 





Para quem for a Porto Alegre, vale certamente uma visita!

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