sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015 | |

O dia em que a República caiu (não caiu?)

A impressão ao ver o noticiário sobre a Operação Lava Jato, cuja nova fase ganhou o sugestivo nome de “My Way”, foi a de que a República cairia. E o PT, se possível fosse, acabaria (porque, para mim, o partido que um dia admirei morreu faz tempo).

Se o tesoureiro petista João Vaccari Neto estava tão interessado em esclarecer as “infundadas acusações” que vêm sendo feitas contra ele (não pela “imprensa golpista” nem pelo “pretenso golpista juiz Sérgio Moro”, conforme blogs vermelhos, e sim por executivos em processos de delação colhidos pela Polícia Federal e Ministério Público), uma dúvida: por que se recusou a abrir a porta de sua casa para a PF? 

Se tanto queria esclarecer os fatos, por que precisou de um mandado coercitivo para ser levado a depor?

Quem não deve, não teme – diz o velho ditado.

Ditados, porém, não podem nem devem servir como indício de culpa. A todos os acusados, o benefício (legal, ademais) da dúvida e o princípio da inocência.

Mas que está cada vez mais complicado, está.

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