sexta-feira, 14 de novembro de 2014 | |

Apenas versos

Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.
Por pudor sou impuro.
Não preciso do fim para chegar.
De tudo haveria de ficar para nós um sentimento longínquo de coisa esquecida na terra - Como um lápis numa península.
Do lugar onde estou já fui embora.

(Trecho de “O livro sobre nada”, de Manoel de Barros)

0 comentários: