terça-feira, 20 de maio de 2014 | |

O jeitinho brasileiro de ser, por Jérôme Valcke

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, transformou-se no inimigo público número 1 da nação brasileira em razão das recorrentes críticas à organização da Copa do Mundo no Brasil.

Via de regra, nós brasileiros (ou seria uma característica dos seres humanos em geral?) refutamos críticas que carregam um fundo de verdade.

E não estariam corretas muitas das manifestações de Valcke? Ou alguém há de considerar exemplar, adequada ou ao menos regular a organização da Copa 2014? Estamos a 23 dias da abertura do Mundial e o estádio que receberá tal evento sequer está adequadamente concluído e testado.

O que Valcke disse demais ao falar para jornalistas estrangeiros que “(...) o Brasil é a Alemanha”? Ou que “o Brasil é um país incrível”?

Por que alguém viu contradição nas duas manifestações? Por que alguém achou que foi uma tentativa de Valcke de agradar o público brasileiro, já que o “agrado” veio depois da “porrada”?

Valcke apenas citou duas verdades (entre tantas outras), uma delas talvez inconveniente – a de que efetivamente não somos a Alemanha.

Como bem escreveu o jornalista Gaudêncio Torquato, Valcke “tem sido um dos melhores intérpretes de modus faciendi nacional”.

Talvez o que implique mesmo nas manifestações de Valcke seja uma certa soberba tipicamente francesa. Apenas isto.

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