quarta-feira, 28 de maio de 2014 | | 0 comentários

Trabalhando... (pré-Copa e pré-eleição)

"Pagode" agora pertence à Fifa:



Eduardo Campos no "Roda Viva" (TV Cultura):

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As mudanças no "NYT"

(...) O relatório diz que o "New York Times" vai desenvolver times de análise e estratégia e que departamentos focados no leitor têm que estar mais próximos do setor de negócios do jornal.

O destaque do memorando é sobre a formação de audiência. Se antes, todo o trabalho era distribuir o jornal e ter certeza que ele chegasse à porta dos leitores (com todo o esforço do processo), hoje o jornal precisa "buscar" a audiência mais fragmentada, especialmente em celulares e tablets.

Entre as prioridades indicadas no estudo, estão promover as reportagens nas redes sociais, "reembalar" conteúdos para novas plataformas, saber otimizar reportagens para os mecanismos de busca e personalizar o conteúdo para o leitor.

(...) Em "Making News at The New York Times" [Fazer notícia no New York Times], a professora de comunicação Nikki Usher relata os quatro meses em que ficou dentro da Redação do jornal, acompanhando a produção das versões on-line e impressa.

Usher descobriu a mudança na hierarquia noticiosa e dos "fechamentos e atualizações permanentes".

Ela viu como um editor do site, lido por milhões de pessoas no mundo todo, publica reportagens de diferentes assuntos e seções sem nenhuma supervisão editorial além de seu próprio julgamento e olfato, com uma mentalidade de "publicar antes".

(...) “A cada dez minutos, um novo texto de blog aparece no site, reportagens mudam de lugar no site a cada 20 ou 30 minutos, e novas notícias são postadas tão logo chegam - em uma Redação de 1.100 jornalistas, o problema não era rotatividade."

Para ela, a Redação precisou se habituar a leitores que esperam sempre uma página "nova" na internet e de mudança contínua de assuntos.

Fonte: Raul Juste Lores, "'NY Times' troca comando da Redação", Folha de S. Paulo, Mercado, 15/5/14.

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Liberdade e imprensa

(...) "Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados." A célebre definição de Millôr Fernandes não representa um elogio da imprensa militante, mas uma constatação básica, cuja relevância aumenta na razão direta do crescimento dos gastos publicitários governamentais: o jornalismo independente sempre dirá aquilo que não interessa ao poder de turno. (...)

"Deem-me a liberdade de conhecer, de pronunciar e de debater livremente, de acordo com minha consciência, acima de todas as liberdades", escreveu John Milton em 1644 no "Areopagitica", que solicitava ao Parlamento inglês a anulação da exigência de licença oficial para imprimir. O panfleto de Milton está na origem da liberdade de imprensa e da aventura histórica do jornalismo. (...)

Fonte: Demétrio Magnoli, “O nome de um jornal”, Folha de S. Paulo, Poder, 24/5/14.

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Trabalhando...

As pichações estão em todo lugar!



O Brasil está na rabeira dos rankings de produtividade:

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"O Brasil existe?"

(...) Em tese, as regras de convivência não existem só pelo policiamento: a patrulha da PM não é a única razão pela qual não roubo, não assalto, não estupro e não mato. Esses interditos estão também dentro de mim e dentro dos outros cidadãos.

(...) Será que, no país no qual vivemos, as regras do convívio social são válidas unicamente enquanto dura a presença ostensiva da repressão?

(...) Um país em que a validade das regras de convivência fosse apenas efeito de policiamento ostensivo só existiria como expressão geográfica, porque ele não seria um país no espírito de seus supostos cidadãos. Se esse for o caso do Brasil, seria bom nos resignarmos a tomar as providências que cabem: por exemplo, se a legalidade não é nada sem a força, talvez seja certo aplaudir os que prendem bandidos aos postes e criar grupos de vigilantes.

Fonte: Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, Ilustrada, 22/5/14 (íntegra
aqui).

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"Ninguém quem?"

Brasileiro detesta crítica. Mas adora criticar. (...) Uns da violência, outros da corrupção, outros ainda da vida. (...)

As queixas - sobre aspectos grotescos de desmandos de autoridades ou desequilíbrios sociais - às vezes vêm seguidas da seguinte exclamação indignada: "E ninguém faz nada!".

(...) A mentalidade escravocrata habituou gerações de brasileiros a receber tudo nas mãos, de criados ou de políticos.

(...) Portanto, reclame, insista, encha o saco, escreva para o gabinete do deputado, queixe-se ao serviço de atendimento ao consumidor, poste no Facebook e no Instagram. Bote a boca no trombone. Vire um chato. Manifeste-se. (...)

Fonte:
Alexandre Vidal Porto, Folha de S. Paulo, Mundo, 17/5/14 (íntegra aqui).

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Luzes da cidade

Flashes da noite limeirenses:



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Conversa de jornalistas: tema Argentina

Recentemente, tive a oportunidade de jantar com dois colegas jornalistas argentinos. Inevitavelmente, a crise política e econômica que vive o país vizinho virou tema da conversa. 

Ambos aparentemente discordaram entre si diante do diagnóstico que apresentamos. Ele, Federico, fotógrafo, defendeu o governo da presidente Cristina Kirchner. Disse que se ela pudesse ser candidata novamente seria reeleita - uma afirmação que parece distante das informações que recebemos no Brasil. Ela, Ayelén, repórter, apenas fez uma careta diante da manifestação do colega.

Federico disse mais: que na verdade a sociedade argentina está dividida em extremos - os que são absolutamente contra o governo Cristina e os que são absolutamente a favor. Falta, na visão dele, o meio-termo, o equilíbrio que possa trazer um pouco de racionalidade ao debate e ao país.

À parte a defesa do kirchnerismo, a análise final do fotógrafo me pareceu sensata.

Leia também:

- Os desastres econômicos da Argentina e da Venezuela

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Espaço público, segregação e sociedade

Trecho da entrevista do filósofo Michael Sandel:

Folha - O sr. critica a "camarotização" da vida pública nos EUA, onde se paga para ser VIP. Onde não há mistura de classes e convívio, o bem público e o espírito democrático estariam em risco. Como desenvolver esse espírito?
Nos EUA, as elites parecem desesperadas em não se misturar com os demais. Vida comum é saudável, e uma democracia vibrante precisa de lugares públicos que misturem diferentes classes. A camarotização é uma ameaça à democracia, ao espírito do bem comum. Os esportes costumavam ser essa arena. Mas a camarotização dos estádios tem repetido a segregação.

No Brasil, a insegurança produziu uma sociedade ainda mais segregada.
O maior erro é pensar que serviços públicos são apenas para quem não pode pagar por coisa melhor. Esse é o início da destruição da ideia do bem comum. Parques, praças e transporte público precisam ser tão bons a ponto de que todos queiram usá-los, até os mais ricos. Se a escola pública é boa, quem pode pagar uma particular vai preferir que seu filho fique na pública, e assim teremos uma base política para defender a qualidade da escola pública. Seria uma tragédia se nossos espaços públicos fossem shoppings centers, algo que acontece em vários países, não só no Brasil. Nossa identidade ali é de consumidor, não de cidadão.

Fonte:
Raul Juste Lores, “Camarotes de VIPs são uma ameaça ao espírito democrático”, Folha de S. Paulo, Poder, 28/4/14.

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Trabalhando...

Mudanças no clima devem afetar a qualidade dos alimentos:



Falta de qualificação afeta preços e qualidade dos produtos:

terça-feira, 20 de maio de 2014 | | 0 comentários

Brasil - uma história de 500 anos em mãos erradas

O Brasil já foi dos donos das capitanias hereditárias, depois dos senhores de engenho, dos donos de escravos, dos coronéis e dos barões do café, agora pertence a um novo tipo de gente.

A prática política da nova República, acentuada nos últimos anos, mostra que estamos entregues aos donos da fé.

Gente perigosa, que age com ardil, movida apenas e tão somente por seus próprios interesse$, embora utilizem o nome de Deus (este filme já foi visto ao longo da história da humanidade, não?).

Se acha exagero, basta lembrar do principal tema da última campanha eleitoral, a questão do aborto, que na verdade envolvia o voto dos evangélicos e católicos carismáticos.

Para 2014, o cenário que se desenha é daí para pior. Veja as notas da coluna “Painel”, da “Folha de S. Paulo” de 19/5/14:

Rebanho Políticos protagonizaram a festa de aniversário do pastor Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus, no sábado, em São Paulo. Subiram ao palco o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o senador Aloysio Nunes (PSDB) e o presidenciável Pastor Everaldo (PSC). 
Oremos Os quatro principais pré-candidatos ao governo paulista também estiveram lá. Kassab, cuja definição de apoio pode desequilibrar o tempo de TV, monopolizou as atenções de Alckmin, Padilha e Paulo Skaf (PMDB). 
Linha direta O pastor agradeceu em público a Dilma por ter telefonado para cumprimentá-lo pelo aniversário e registrou o horário exato do telefonema: 19h05.

Pobre país este que sempre esteve em mãos erradas...

Até quando?

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O jeitinho brasileiro de ser, por Jérôme Valcke

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, transformou-se no inimigo público número 1 da nação brasileira em razão das recorrentes críticas à organização da Copa do Mundo no Brasil.

Via de regra, nós brasileiros (ou seria uma característica dos seres humanos em geral?) refutamos críticas que carregam um fundo de verdade.

E não estariam corretas muitas das manifestações de Valcke? Ou alguém há de considerar exemplar, adequada ou ao menos regular a organização da Copa 2014? Estamos a 23 dias da abertura do Mundial e o estádio que receberá tal evento sequer está adequadamente concluído e testado.

O que Valcke disse demais ao falar para jornalistas estrangeiros que “(...) o Brasil é a Alemanha”? Ou que “o Brasil é um país incrível”?

Por que alguém viu contradição nas duas manifestações? Por que alguém achou que foi uma tentativa de Valcke de agradar o público brasileiro, já que o “agrado” veio depois da “porrada”?

Valcke apenas citou duas verdades (entre tantas outras), uma delas talvez inconveniente – a de que efetivamente não somos a Alemanha.

Como bem escreveu o jornalista Gaudêncio Torquato, Valcke “tem sido um dos melhores intérpretes de modus faciendi nacional”.

Talvez o que implique mesmo nas manifestações de Valcke seja uma certa soberba tipicamente francesa. Apenas isto.

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Trabalhando... (pré-Copa)

Em São Paulo, estádio da Copa tem três nomes:



Este ano, Dia dos Namorados coincide com abertura da Copa:

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Cuidado: o psicopata trabalha ao lado

Eles parecem atenciosos e dedicados ao trabalho, mas, na primeira oportunidade, apunhalam pelas costas colegas que confiaram neles. Mentem sistematicamente, arruínam funcionários e até cometem crimes, como fraudes na contabilidade e eliminação de qualquer prova que os condene. Tudo para conseguir o que querem. Não se tratam de profissionais apenas ambiciosos. São o que os especialistas em comportamento chamam de psicopatas corporativos.

(...) "Isso quer dizer que na população mundial, cada um de nós conhecerá pelo menos 15 psicopatas ao longo de sua vida. Imagine quantos deles são os líderes que conhecemos", diz Luiz Fernando Garcia, CEO da Cogni-MGR, empresa especializada na modificação de comportamento de líderes. (...)

Fonte: Anne Barbosa, “Saiba como identificar psicopatas no mercado de trabalho”, G1, postado em 15/5/14.

Características (explicadas na reportagem): mente sistematicamente, não sente afeto, não tem moral ou ética, é impulsivo, é incorrigível, é um hábil manipulador e não é social. 

Em tempo: eu já me deparei SEGURAMENTE com três deles ao longo da vida profissional. Todos se encaixam perfeitamente nas características citadas. Sempre disse que eram psicopatas. Muitos acharam que eu exagerava. A resposta está aí!

Minha recomendação: muitíssimo cuidado!!! Eles realmente causam grandes estragos.

PS: o título da postagem é uma referência à série de livros da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, dos quais o de maior sucesso é "Mentes Perigosas - o psicopata mora ao lado".

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Um diagnóstico - e alguns recados ao mundo

Trecho da entrevista com o economista Thomas Piketty:

(...) Folha - Seu livro conta como o capitalismo nos países centrais concentra renda, promove desigualdade e está enredado no baixo crescimento --que beneficia os mais ricos, os herdeiros. O capitalismo está cavando sua própria cova? Sobreviverá?
Pode sobreviver certamente, mas precisa responder a seus desafios sobre desigualdade. Há instituições democráticas para isso. O debate sobre a taxação mais progressiva da riqueza é parte disso. Sou otimista. Há poucos dias, se viu que bancos suíços estão tendo que enfrentar sanções nos EUA. As coisas podem mudar.

O sr. escreve que a desigualdade é uma ameaça à democracia...
É uma ameaça verdadeira. O capitalismo do século 21 traz extrema desigualdade. A certo ponto, isso pode trazer riscos para as instituições democráticas. Outra ameaça é a resposta nacionalista: quando não conseguimos resolver os problemas sociais é tentador achar culpados: trabalhadores estrangeiros, outros países, a Alemanha, a China.
É preciso discutir uma taxação adequada para assegurar benefícios gerais. Senão, correremos sérios riscos. A batalha política é muito complicada. As pessoas precisam entender as opções e é importante discuti-las. (...)

Fonte: Eleonora de Lucena, “Desigualdade é ameaça verdadeiraà democracia”, Folha de S. Paulo, Mercado, 14/5/14.

***

(...) A principal tensão do mundo contemporâneo não advém do conflito distributivo entre capital e trabalho. O cabo de guerra é entre empreendedores e burocratas, seja na forma da grossa camada de gestores cujo intuito é a autopreservação ou nas inúmeras esferas estatais que esclerosam o dinamismo econômico.

Para países como o Brasil, o grande desafio é encontrar seu próprio modelo de capitalismo competitivo que lhe permita pagar o preço da civilização. (...)

Fonte: Marcos Troyjo, “Socialismo para milionários”, Folha de S. Paulo, Mundo, 16/5/14.

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Vida visualizada - uma crítica sobre as redes sociais

"I forgot my phone", escrito por Charlene deGuzman e dirigido por Miles Crawford:



"Look up", dirigido por Gary Turk:



Leia também:

- Retrato de uma juventude

sexta-feira, 16 de maio de 2014 | | 0 comentários

Frase

“O tempo cria suas armadilhas na cabeça da gente. Nem sempre os relógios e calendários coincidem com o pulso e a expectativa da vida interior.”
Marcelo Coelho, jornalista e sociólogo, em artigo na “Folha de S. Paulo”

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Lula, o ardiloso (ou "#calaabocalula)

É insuperável a capacidade do ex-presidente Lula de falar besteiras.

E não pense que isto se deve à ignorância. Lula é mais esperto (no sentido positivo e negativo) do que sonha nossa vã filosofia. Cada palavra que sai de sua boca é medida milionésimos de segundo antes a fim de produzir um efeito estritamente pensado e calculado para beneficiá-lo.

Foi sempre assim, desde que Lula é Lula.

O ex-presidente acredita na tese - e a pratica - de que uma mentira repetida mil vezes pode virar uma verdade. Sabe que tem carisma para esta alquimia.

Vamos aos fatos:

1 – Em entrevista ao jornal baiano “A Tarde”, Lula disse o seguinte: "O que eu acho estranho é que toda a época de eleição aparece alguém com uma denúncia contra a Petrobrás, que desaparece logo depois das eleições”.

Basta alguém confrontar o ex-presidente com a verdade indiscutível de que as denúncias partiram de investigações feitas pela POLÍCIA FEDERAL, comandada pelo governo da ex-ministra-poste Dilma Rousseff. Caíram, portanto, no colo da oposição (que, por si só, em 12 anos, nunca teve capacidade de produzir estragos ao governo).

2 – Lula citou em artigo no jornal espanhol “El País” que a Copa no Brasil virou "objeto de feroz luta política eleitoral". Escreveu: "À medida que se aproxima a eleição presidencial de outubro, os ataques ao evento tornam-se cada vez mais sectários e irracionais".

Mais uma vez, a oposição não seria capaz, por si só, de usar a Copa contra o “status quo” político. A oposição é ineficiente, incapaz e burra.

Ao dizer o que disse, Lula simplesmente ignora o sentimento de grande parte (não digo de todos) dos brasileiros. Basta sair às ruas e ouvir as vozes clamando quase que como num deserto.

Irracional, portanto, é o ex-presidente.

Ou somos todos nós...

Leia também:

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Parque do Povo: um recanto verde em SP

Está aí um belo lugar para quem quer fazer uma caminhada, corrida, jogar bola ou simplesmente passear ou descansar, apreciando a paisagem que une natureza e concreto - afinal, o Parque do Povo é um pedacinho verde no meio da selva de pedra paulistana (ponto negativo: o cheiro forte do rio Pinheiros, próximo dali):








 

O parque fica próximo da marginal Pinheiros, ao lado do Shopping JK Iguatemi, na Chácara Itaim.

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Lições de Ford além do fordismo

Trecho da entrevista do historiador e biógrafo Richard Snow:

(...) O sr. acha que Henry Ford compreendeu o impacto que causava na vida dos americanos com o Modelo T? 
Não acredito que ele pudesse entender inicialmente as consequências de sua inovação. Em poucos anos, foi rompido o isolamento da vida rural. O carro de produção em massa causou uma transformação profunda na forma como as pessoas se comunicavam. De repente, era possível visitar alguém a 60 quilômetros de distância e não apenas para conduzir negócios. Ford revolucionou o lazer. O carro mudou a noção de privacidade: John Steinbeck gostava de dizer que metade dos bebês americanos nos anos 20 tinham sido concebidos num Modelo T. Não era preciso mais manter várias gerações de uma família sob o mesmo teto. Criaram-se as condições para o estilo de vida suburbano. Tudo o que assumimos como natural na vida moderna do século 21 cresceu da viabilidade da produção do motor de combustão interna há 100 anos.

(...) A quem o sr. compara Henry Ford entre empresários do século 21? 
Em sua pomposa biografia de 1922, Minha Vida e Obra, Ford faz um comentário de passagem que é esclarecedor. Conta que quando estava construindo o quadriciclo experimental, não havia demanda alguma pelo automóvel. 'Claro que nunca há a demanda para um produto que não existe', dizia. Mais uma vez, virava noções ao avesso. Neste caso, a de que a necessidade é a mãe da invenção. Ele introduziu a invenção que criou a necessidade. E acho que nós não tínhamos necessidade alguma de um iPhone ou iPad, não? Ele pode ser assim comparado a Steve Jobs.

Fonte: Lucia Guimarães,
“O homem que inventou a era moderna”, O Estado de S. Paulo, Economia, 11/5/14, B11.

terça-feira, 13 de maio de 2014 | | 0 comentários

"A pós-miséria" (brasileira)

(...) A miséria das ruas e dos desvalidos, do crack , do abandono, deriva-se da impotência das instituições e vice-versa.

(...) As manifestações de junho, milagrosas e belas, ficarão sem respostas, porque não há o que responder e como responder. Quem? Uma presidenta (sic) enjaulada no "presidencialismo de cooptação", que depende dos congressistas picaretas? Quem? O Judiciário aleijado, com leis de 100 anos atrás?

(...) A brutalidade está atingindo o País de forma inédita. O subsolo das manifestações de classe média é a violência primitiva dos "lúmpens" (miseráveis inúteis) que está aparecendo. No mesmo registro das donas de casa que protestam contra a carestia ou de jovens contra a Copa, matam-se pessoas por nada, linchamentos, privadas voadoras, cadáveres cortados a peixeiras e costurados ao sol com pinos de guarda-chuva, mortos nas Pedrinhas dos Sarney, pais que matam filhos, crianças se degolando, etc.

(...) Estamos entrando numa pós-violência e numa pós-miséria - eis a minha tese. Há uma africanização de nossa desgraça, a ponto de ela não ser mais reversível. E não era assim. O Brasil sempre contou com a possibilidade de melhorias. Sempre vivemos o suspense e a esperança de que algo ia mudar para melhor.

Isso parece ter acabado. É possível que tenhamos caído de um "terceiro mundo" para um "quarto mundo", como já nos consideram analistas do exterior. O quarto mundo é a paralisação das possibilidades.

Fonte: Arnaldo Jabor, “O Estado de S. Paulo”, 13/5/14 (íntegra aqui).

segunda-feira, 12 de maio de 2014 | | 0 comentários

SP ou Paris?

Às vezes (poucas, é verdade), a capital paulista se parece com a capital francesa. Ao menos na arquitetura:

  

  

Podia ser também Budapeste, Dresden, Praga...

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Propor e escutar, os deveres da TV

(...) o primeiro verbo que a TV nunca deve parar de conjugar: propor.

Toda a forma de narrativa televisiva tem que estar sempre propondo alguma coisa nova. Não falo só das histórias que nos são contadas - afinal, o que há de realmente novo embaixo do sol? Amor, traição, segredos de família - se formos pensar assim, tudo já foi fundamentalmente coberto pelo teatro grego clássico (e lapidado de maneira definitiva por Shakespeare). Mas as inovações sempre são possíveis na maneira como contamos essas histórias.

(...) Mas junto com isso vem um outro verbo também: escutar.

Ele é tão ou mais importante do que o "propor", já que é ele que nos faz parar e pensar na próxima coisa que vamos propor. Temos que saber a opinião de quem nos assiste e respeitá-la. Essa atenção com o telespectador é a base de tudo. E por isso essa pausa é tão necessária. Bem aproveitada, é ela que nos dá novas ideias e nos estimula a inovar mais ainda. (...)

Fonte: blog do Zeca Camargo, “Dois verbos que a TV nunca pode parar de conjugar”, postado em 8/5/14.

sexta-feira, 9 de maio de 2014 | | 0 comentários

Reflexão do dia

A vida é feita de vitórias e derrotas.

Saber perder é nobre.

Saber tirar das derrotas as lições é sabedoria.

Das derrotas podem nascer grandes vitórias.

terça-feira, 6 de maio de 2014 | | 0 comentários

No retrovisor

A cidade...


... e a estrada:


Fotos que fazem refletir sobre os destinos, os lugares, os caminhos (às vezes duplos, triplos) que a vida proporciona...

domingo, 4 de maio de 2014 | | 0 comentários

Frases

"(O racismo) Está em todo lugar, não só na Espanha. Toda a sociedade tem culpa nisso. O que aconteceu (...)só vai parar quando todos forem educados da maneira correta. De certa forma, somos todos responsáveis pelo que aconteceu.”
Josep Guardiola, técnico do Bayern de Munique, sobre o ato racista contra o lateral brasileiro Daniel Alves durante partida do Barcelona contra o Villareal

“Pudesse pegaria a foto e colocaria pública só para envergonhar, banir não é solução. Estaria pagando mal com mal, tem de educar as pessoas e não tentar banir ele do futebol.”
Daniel Alves, lateral brasileiro, alvo do ato racista

sábado, 3 de maio de 2014 | | 0 comentários

"O PT cometeu um erro", disse Lula (em 2005)

O ex-presidente Lula disse recentemente, em entrevista a um jornal português, que “o tempo vai se encarregar de provar que o mensalão teve 80% de decisão política e 20% de decisão jurídica".

Como o Brasil é um país sem memória, não custa dar uma forcinha ao próprio Lula e relembrar o que ele disse numa entrevista à TV Globo em 2005 a respeito do mesmo mensalão:

“São erros! E tanto é que foram punidos. O Genoíno saiu da presidência do PT, o Silvinho não está mais no PT, e o José Dirceu perdeu o mandato. O Delúbio saiu do PT”.

Mais: “o PT cometeu um erro que é de uma gravidade incomensurável! Todo mundo sabe – e sabe o PT hoje, e sabe quem cometeu os erros – que o PT cometeu um erro que será de difícil reparação pelo próprio PT. O PT vai sangrar muito para poder se colocar diante da sociedade outra vez, com uma credibilidade que ele conquistou ao longo de 20 anos”.

Para ver e ler a íntegra da entrevista, é só clicar aqui.

Felizmente, a tecnologia está aí para lembrar o que muitos fazem questão de tentar esquecer (ou apagar...).

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Formas paulistanas

No Palácio dos Bandeirantes:


Na galeria do Rock:


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Encontros, amigos & combates

Os encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam. Geralmente estes encontros acontecem quando chegamos a um limite, quando precisamos morrer e renascer emocionalmente.

(...) e todos – sem exceção – precisam queimar na fogueira de suas emoções passadas, reviver algumas alegrias e dores, quedas e subidas, até conseguir enxergar o fio condutor que existe por detrás de cada novo encontro.

Fonte: blog do Paulo Coelho, "Encontros", postado em 3/5/14.

***

Um guerreiro senta-se ao redor da fogueira com seus amigos. Passam horas acusando-se mutuamente, mas terminam a noite dormindo na mesma tenda, e esquecendo as ofensas que foram ditas.  (...)

Fonte: blog do Paulo Coelho, “Os limites de seu aliado”, postado em 29/4/14.

***

(...) Para combater o Bom Combate, precisamos de ajuda. Precisamos de amigos, e quando os amigos não estão por perto, temos que transformar a solidão em nossa principal arma. Tudo que nos cerca precisa nos ajudar a dar os passos que precisamos em direção ao nosso objetivo. (...)

Sem isto, sem perceber que precisamos de todos e de tudo, seremos guerreiros arrogantes. (...)

Fonte: blog do Paulo Coelho, “O Bom Combate”, postado em 1/5/14.

sexta-feira, 2 de maio de 2014 | | 0 comentários

A ética da responsabilidade

(...) Os filósofos Patrick Lee e Robert P. George, respondendo a Judith Thomson, sublinham precisamente esse ponto: nós temos certos deveres existenciais - para com os nossos pais, os nossos irmãos, os nossos amigos etc. - que existem independentemente de os termos escolhido ou assumido.

Claro que podemos recusar tais deveres. Mas isso não apaga a existência desses deveres. (...)

Fonte: João Pereira Coutinho, "O roubo do futuro", Folha de S. Paulo, Ilustrada, 29/4/14.

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Aula de jornalismo

Um bate-papo com Howell Raines, ex-editor-executivo do "The New York Times", o chefe no caso "Jayson Blair":



Leia também:

- A redação invisível

quinta-feira, 1 de maio de 2014 | | 0 comentários

Contagem regressiva

Um sonho de 20 anos - Machu Picchu aí vou eu!