segunda-feira, 7 de abril de 2014 | |

“E Pedro se viu sozinho”

(...) O que este 7 de abril me faz pensar é num desejo que, acredito, embora não tenha lido nos livros, o menino Pedro deve ter alimentado. Não posso afirmar com certeza, mas minha intuição diz que, naquele triste 7 de abril, Pedro de Alcântara formulou um plano secreto. Apesar de que todos lhe diziam não mais haver esperanças de rever o pai, imagino que o menino não tenha julgado impossível que, mais velho, pegaria um navio rumo a Portugal, onde reencontraria a família. Ora, para as crianças, nenhum sonho é impossível. Pode-se construir um trem-bala imaginário e chegar a qualquer lugar, enquanto, simultaneamente, estuda-se, prepara-se para romper futuras e reais fronteiras. Tanto é que D. Pedro II, adulto, viajou muito, foi um verdadeiro diplomata.

Só que o tempo pode ser cruel. Seu pai, o Pedro I, viveu apenas até 1834, sem deixar tempo para concretizar a aventura do filho. Mas que filho não teria sonhado em rever seu pai? (...)

Fonte:
Érika de Moraes, postado no blog "Liquimix – Viagens e outros mixes" em 7/4/14 (íntegra aqui).

0 comentários: