sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

É carnaval!

It´s Mardi Gras time!


Para quem não sabe, Mardi Gras é o tradicional carnaval de Nova Orleans (EUA). É a festa dos famosos colares coloridos de bolinhas. Reza a lenda que eles são atirados pelas mulheres nos homens, o que significa que elas querem... sexo!

Bom, quando eu estive lá pude ver que, de fato, elas jogam os colares. Se o resto da história é verdadeiro... deixa para lá...


Em tempo: para ler mais sobre o Mardi Gras e Nova Orleans basta ir ao blog Piscitas - travel & fun.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

A violência nossa de cada dia

(...) Briga de torcida? Bandos de criminosos estão agora atacando a polícia, no que assim representa a segunda fase - a da reação - do programa de UPPs, as Unidades de Polícia Pacificadora cuja instalação em cidadelas do crime restaurou muito do Rio. No país todo, qualquer incidente, inclusive se provocado por bandos criminosos em disputa, leva à interrupção de ruas e estradas, incêndios de ônibus e carros, já também de moradias destinadas à própria pobreza. A internet convoca sem cerimônia e sem restrição para violências, não lhe bastando os brasileiros, também contra os estrangeiros que venham à Copa e até contra times.

À espera do ônibus ou dentro do carro, branco, negro, pobre, rico: o Brasil se embrutece. E o Brasil nem sequer se nota.

Fonte: Janio de Freitas, “Brasil embrutecido”, Folha de S. Paulo, Poder, 25/2/14.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

Apenas versos

As pessoas se convencem
De que a sorte me ajudou
Mas plantei cada semente
Que o meu coração desejou

(“Coração Pirata”, de Aldir Blanc)

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Delícias de São Paulo

Brigaderia


Queijaria


Luderia

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

Frase

"Nós somos frutos das pessoas e dos lugares que passam por nós."
Lourenço Bustani, empresário, em entrevista à rádio CBN Sâo Paulo

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Novas leis para quê?

(...) As duas principais medidas em gestação no Ministério da Justiça, a proibição ao uso de máscaras e a necessidade de os protestos ocorrerem com aviso prévio, são determinações previstas na Constituição.

Em seu artigo 5º, a lei maior já estabelece que "é livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato". O mesmo artigo determina que "todos podem se reunir pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização (...), sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente". (...)

Fonte: Rogério Gentile, “Protesto com aviso prévio”, Folha de S. Paulo, Opinião, 20/2/14.

***

(...) Reservar à Polícia Federal a investigação das agressões a jornalistas presume que as polícias estaduais, em tais deveres, são sempre incompetentes ou desonestas. O que não é verdade. E, quando o são, a lei já autoriza a intervenção da Polícia Federal.

Proibir a apreensão de câmeras e celulares seria útil, se tal ação policial não constituísse abuso de poder e apropriação indébita, já puníveis por lei. E assim vai. Isto é, não vai. (...)

Fonte: Janio de Freitas, “Sem medidas”, Folha de S. Paulo, Poder, 20/2/14.

***

Pensando bem, a Constituição também fala que:

Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...) 
Art. 6º - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

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Jantar entre amigos

Cardápio: risoto de palmito, filé ao molho de laranja e salada de folhas verdes:




E, para completar, um almocinho básico de domingo de um morador solitário:




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A coisa pública

(...) Não é preciso brigar, visto que linchadores e bandidos são filhos de um mesmo problema endêmico: aqui, a coisa pública não vingou - o Estado, para nós, é uma pompa, mais ou menos ridícula, ele não é nada dentro da gente. Se não tem coisa pública, por que eu não viveria matando quem não me entrega seu relógio? Se não tem coisa pública, por que eu não lincharia quem me assalta?

(...) Ao longo do debate, foi citada, mais de uma vez, a receita de Nova York nos anos 90, "tolerância zero", como se fosse uma medida de repressão. Não era. Nunca foi. "Tolerância zero" era uma estratégia para fazer existir o espaço público. Sua moral: se você não quer assaltos no parque, cuide das flores. Não deixe que mijem nos canteiros, e o número dos assassinatos diminuirá. Diminuiu.

(...) Será que, nessa zona de tiro livre, só tem espaço para linchadores e bandidos? Não, claro, há todos os outros, que são (somos) os "salve-se quem puder" - com diferenças: alguns podem fugir para Miami, outros só podem baixar os olhos e caminhar rente aos muros.

Fonte:
Contardo Calligaris, “Linchadores e bandidos”, Folha de S. Paulo, Ilustrada, 20/2/14.

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Um passeio pela Rua do Porto

O rio de Piracicaba vai jogar água pra fora
Quando chegar a água dos olhos de alguém que chora

(“O Rio de Piracicaba”, de Tião Carreiro, Piraci e Lourival Santos)

 




 
 


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"Bem no fundo"

no fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto

a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela - silêncio perpétuo

extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais

mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas

(De Paulo Leminski)

domingo, 23 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

Um dia feliz...

... às vezes é muito raro...

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Trabalhando...

... porque domingo vai ter um joguinho aí...
E eu vou lá pro Morumbi...


E desta vez só posto a entrevista do técnico Oswaldo de Oliveira (Santos) porque do São Paulo já divulguei em outra postagem:


Ah, o jogo terminou São Paulo 0 x 0 Santos.

sábado, 22 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

Reflexão do dia

Às vezes, saber das coisas não é um bom negócio.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

Brasil de hoje, de ontem e de amanhã

"Presidencialismo de coalizão" é o eufemismo cunhado por acadêmicos cínicos para nomear um sistema político hostil ao interesse público, endemicamente corrupto, que se reproduz parasitando as pessoas comuns. Nas jornadas de junho, a sociedade rebelou-se precisamente contra isso, provocando pânico visível entre gregos e troianos. 

Fonte: Demétrio Magnoli, “Flores no jardim”, Folha de S. Paulo, Poder, 8/2/14.

***

(...) Rui Barbosa, em junho de 1899, descrevia “um Congresso de mendicantes, janízaros do chefe de Estado e de agentes de negócios dos governadores”. (p. 132-3)

(...) o Reino da Mentira, descrito pelo senador Rui Barbosa, nos idos de 1919, volta à ordem do dia: “Mentira por tudo em tudo e por tudo. Mentira na terra, no ar, até no céu. Nos inquéritos. Nas promessas. Nos projetos. Nas reformas. Nos progressos. Nas convicções. Nas transmutações. Nas soluções. Nos homens, nos atos, nas coisas. No rosto, na voz, na postura, no gesto, na palavra, na escrita. Nas responsabilidades. Nos desmentidos”. (p. 162)

“Reformar a cultura política significa, sobretudo, reformar o cidadão. Cidadãos mais exigentes, cultos e preparados, serão o oxigênio para a gestão mais racional de nossa democracia. Até chegarmos a esse estágio civilizatório, teremos de conviver com partidos do faz de conta, administrações que mais se assemelham a capitanias hereditárias, tensões políticas constantes, justiça lenta e contingentes apinhados no balão político das trocas.” (p. 274)

Fonte:
Gaudêncio Torquato, “Era uma vez... mil vezes – O Brasil de todos os vícios”, ed. Topbooks: São Paulo, 2012.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

Corrida maluca

Estive recentemente no Canadá para fazer uma série de reportagens para a TV Cultura. Uma das atividades foi a inusitada (para nós, brazucas) Ice Canoe Race, a Corrida de Canoas no Gelo.




O vídeo da corrida está logo a seguir:



Leia também:

- Um hotel de gelo

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

O mundo virou um barril de pólvora

(...) De onde vem tanto extremismo? Há uma "policialização" do ambiente, irrompendo através da nossa película mais civilizada.

Afinal, no mundo da classe baixa, correm soltas as divisões: quem não está com o traficante está com a polícia, quem não é evangélico fundamentalista está entregue a Satanás. Suba um andar nesse barraco: quem é contra o PT é golpista, e quem é de esquerda apoia Pol Pot e Fidel. (...)

Fonte:
Marcelo Coelho, “Tiro, porrada e bomba”, Folha de S. Paulo, Ilustrada, 19/2/14.

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O que esperar de Neymar e Caio Castro?

Quando se cobra uma postura mais politizada de artistas e esportivas de relevo não se pretende apenas que manifestem apoio a protestos populares ou cobrem autoridades. Espera-se que deem exemplo. Liderança e reconhecimento devem ser conquistados com atitudes, não apenas palavras.

Pois recentemente o jogador Neymar, talvez o astro maior do esporte nacional na atualidade, elogiou numa entrevista coletiva o ex-presidente do Barcelona, seu atual clube, Sandro Rosell.

O dirigente renunciou ao cargo em janeiro após denúncias de fraude na negociação envolvendo justamente a contratação do jogador brasileiro.

Que Neymar seja grato por Rosell tê-lo levado ao Barcelona é compreensível; que manifeste que o ex-presidente do clube foi correto com ele, vá lá; mas afirmar que Rosell “é uma grande pessoa” não soa bem para um atleta do seu quilate.

Por mais que tenha existido até pouco tempo uma relação de patrão-empregado, seria de bom grado que atletas de renome como Neymar evitassem elogios a figuras suspeitas de crimes como Rosell. Não custa lembrar, o ex-presidente do Barcelona é alvo de várias denúncias de corrupção, como no escândalo envolvendo o amistoso da Seleção Brasileira contra Portugal ocorrido em Brasília em 2008 e outros jogos do Brasil.

Por mais que Neymar seja grato a Rosell e goste dele, o que a sociedade espera de figuras que conquistam relevância em seus segmentos é uma postura mais ligada ao interesse coletivo. Mais consciência política e menos preocupação com interesses meramente pessoais.

Esperar isto de jogadores de futebol, porém, soa quase como utopia.

Talvez por isto figuras como o ex-goleiro Marcos, do Palmeiras, o goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, e o zagueiro Paulo André, ex-Corinthians, ganhem destaque. Porque vão além do lugar comum, assumem posições em favor de um bem maior ainda que estas possam contrariar seus próprios interesses.

No mundo artístico o pensamento raso também parece prevalecer. Li recentemente sobre a polêmica envolvendo declarações do ator (?) Caio Castro a um programa de televisão. O jovem “astro” disse que não gosta de teatro tampouco de leitura – especificamente um meio e um recurso de trabalho de um ator.

Seria o mesmo que um jornalista dizer que não gosta de ler jornal (tem muitos que realmente não gostam...) ou de estudar questões políticas, econômicas, culturais e sociais.

A reação indignada de alguns artistas à manifestação de Caio Castro é compreensível, como também a aparente defesa (sim, porque possui certo grau de ironia) do jovem feita pelo ator Carlos Vereza:

Por que não culpar as televisões que incentivam as carinhas bonitas e sem conteúdo? Por que não denunciar uma cultura que confunde novo com novidade e encosta atores com larga experiência com teatro e televisão e com vasta cultura em geral? O Caio e outros de sua geração fazem o jogo proposto pelo esquema das celebridades Prét-à-Porter... É isso aí Caio, parabéns por sua sinceridade. Agora, para os mais velhos: Retiro dos Artistas”.

Como diria o narrador esportivo Milton Leite: “Que fase!!!”

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Um fotógrafo para os cavalos

Em novembro de 2013, estive em Monte-Mor (SP) para gravar uma reportagem a respeito de um fotógrafo renomado mundialmente em sua área de atuação. Ele fotografa cavalos. A reportagem foi gravada num belo haras e rendeu boas imagens:










A reportagem pode ser vista aqui (está no minuto 32:30).

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Limeira é campeã estadual em furtos de veículos

Em 2011, mais precisamente no dia 27 de junho, postei neste blog um balanço sobre a criminalidade na região. A conclusão não deixava margem para dúvidas: “(...) nos crimes patrimoniais (exceto veículos), Limeira é a que apresenta os maiores índices disparadamente”.

Em 28 de agosto de 2012, registrei – uma conclusão subjetiva, embora embasada em dados mais do que objetivos – que a política de segurança e a polícia tinham fracassado em Limeira.

Em 27 de setembro de 2013, praticamente um ano depois, fiz um novo levantamento de dados da criminalidade e constatei que “roubos e furtos só crescem em Limeira”. Na ocasião, perguntei: “até quando?”.

Enviei o texto, em tom de cobrança, aos 21 vereadores de Limeira. Até hoje não recebi NENHUMA resposta ou comentário.

Ao abrir a “Folha de S. Paulo” desta quarta-feira (19/2/14), vejo que Limeira é a campeã estadual (lembre-se: são 645 cidades em São Paulo) em furtos de veículos.

Nada diferente do que eu já vinha apontando há mais de dois anos.

Infelizmente, nenhuma autoridade em Limeira parece se importar com a questão. Quando muito, há uma ação pontual aqui e outra acolá, sempre descoordenadas e desprovidas de qualquer planejamento de médio e longo prazos.

Não se ouve nenhuma voz se erguer na Câmara Municipal, tampouco no Executivo (isto porque o atual prefeito é delegado de carreira).

Sabe-se que segurança é um dever do Estado, mas sequer há notícia de cobrança de investimentos e melhorias por parte de autoridades limeirenses.

Registre-se que a chamada sociedade organizada também tem se calado.

Todos assistindo, como também já registrei neste blog, passivamente a escalada de violência.

Como diria o narrador esportivo Milton Leite: “Que fase!!!”

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

Frase

“Novos caminhos sigo, uma nova fala me empolga; cansei-me das velhas línguas. Não quer mais o meu espírito caminhar com solas gastas.”

Zaratustra, personagem criado pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche

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Novas peças do destino

O destino (tenho escrito muito sobre ele ultimamente, não?) tem me pregado algumas boas peças. Já citei como fui parar novamente no Canadá. Pois bem. Quando lá cheguei, numa escala no aeroporto de Toronto, deparei-me justamente com o mesmo portão de embarque ao qual fui levado em abril de 2012 rumo a Montreal. 

Lá estava exatamente a mesma loja onde comprei naquela ocasião dois jornais ("The Globe and Mail" e "National Post") e uma camiseta para o meu pai. Desta vez a compra se restringiu a uma daquelas tomadas tipo universal.


A surpresa maior, porém, veio na outra escala em Toronto, no retorno ao Brasil. Fui até uma loja de conveniência que vendia de tudo, inclusive livros. Lembrei de uma obra que havia visto dois anos atrás, numa livraria naquela mesma cidade. 

Na ocasião, como eu estava no meio de uma viagem longa, preferi deixar para comprar o livro na última parada, em Chicago (EUA). Assim, evitaria peso desnecessário na mala. Quando cheguei à cidade norte-americana e procurei pelo livro, cujo nome havia pronunciado errado, recebi uma má notícia: a obra era de uma autora canadense e recente, portanto não havia chegado aos EUA ainda.

Tinha gostado tanto do pouco que li do livro que até uma foto da capa havia tirado para não esquecer o nome.


Pois agora, quando entrei na loja no aeroporto, a história me veio à mente: "Já pensou se eu encontro aqui aquele livro, 'Digital Age'!?" (novamente nome errado). Procurei nas seções - Turismo, Filosofia, Biografias, etc - e não vi nada que pudesse se relacionar ao tema.

Até que de repente... Opa! Um livro colorido, escondidinho, saltou à vista. Era ele! "The Virtual Self", de Nora Young. A autora e o título corretos estavam guardados no meu inconsciente. Não tive dúvida!

Comprei e já comecei a ler. Com um prazer redobrado por constatar que o destino, este pregador de peças, colocou-nos novamente frente a frente.

Tudo a seu tempo, no seu devido tempo.

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Está difícil viver no Brasil!

Está realmente difícil viver no Brasil. Sinto-me assaltado todos os dias, dos mais diferentes modos. Vamos a apenas três casos recentes, resumidos:

CASO 1
Tenho um plano tipo controle da TIM, com valor mensal de R$ 49,90. No primeiro mês a cobrança veio ok. No mês seguinte, R$ 39,90. Como? “Um desconto”, informaram. Por qual motivo?, perguntei. “O sr. é o primeiro cliente que reclama de desconto.” Fiquei sem saber o motivo, talvez tenham gostado do meu nome...

Mês seguinte: R$ 143!

Paguei por uma ligação para Londres cerca de R$ 9. Tudo bem. E uma ligação para Limeira (SP) me custou quase R$ 16. Como????

Além disso, admitiram terem cobrado errado R$ 69,90 do plano de Internet, que não possuo. Dois dias depois recuaram e disseram que eu tinha usado a Internet. Depois de muita briga voltaram a descontar os R$ 69,90.

CASO 2
Tenho um outro plano controle da TIM, de R$ 29,90. Liguei na operadora em janeiro e pedi a conversão para pré-pago. Um mês depois, nova cobrança. Liguei para saber o que tinha ocorrido e a atendente: “É, realmente tem um protocolo do sr. em janeiro mudando o plano...”. Tá, e daí? A conta será cancelada?, quis saber. A resposta: “O sr. já recebeu a fatura? Porque para mim, no sistema (sempre o sistema!!!), não tem fatura gerada. Portanto não posso fazer a contestação. O sr. tem que ligar depois...”

Como assim eu recebo uma fatura em casa, de PAPEL, e não há fatura gerada no sistema? Quem imprimiu aquela m.?

CASO 3
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo me descontou R$ 20 de contribuição assistencial (o que é proibido por lei) no mês passado. Disse que não queria fazer tal contribuição (ora, é uma “contribuição” não?). Fui orientado a protocolar uma carta no sindicato, com cópia para a empresa onde trabalho. Assim fiz.

Este mês, novo desconto. Reclamei. Disseram-me que só os sócios do sindicato podem solicitar o fim da cobrança.

Ou seja: ou você se sindicaliza e paga a mensalidade ou o sindicato simplesmente pega o seu dinheiro na forma – ilegal! – de contribuição assistencial.

Trata-se, sem sombra de dúvida, de um modo velado de forçar o trabalhador a se sindicalizar.

Em tempo: esta prática não combina com o sindicato de uma categoria que deve, por princípio, zelar pela ética. Talvez por isto o jornalismo esteja tão... deixa pra lá.

Apenas como informação: numa consulta feita há alguns anos junto ao Ministério do Trabalho, fui informado de que a contribuição assistencial não pode ser descontada compulsoriamente do salário do trabalhador. Eventual previsão de desconto em convenção coletiva (como no caso do Sindicato dos Jornalistas) não está acima de qualquer lei. E não há legislação que torne obrigatória esta cobrança, só há lei para a contribuição sindical (paga uma vez ao ano e referente ao valor de um dia de trabalho).

Na Justiça, obtive há alguns anos uma liminar suspendendo tal desconto, em outra empresa. A decisão da juíza foi bastante clara:

"Concedo a tutela antecipada no tocante a suspensão dos descontos a título de contribuição assistencial, por evidenciados os requisitos insertos no artigo 273 do Código de Processo Civil, quais sejam, a verossimilhança do direito, pois referida contribuição somente é devida pelos empregados associados ao sindicato réu (...)".

Dez reais aqui, vinte acolá e assim o dinheiro nosso de cada dia – suado - vai sendo surrupiado por artimanhas de empresas e organizações sem que praticamente nenhum órgão oficial ou autoridade faça alguma coisa.

Quer reclamar? Gaste com um advogado... Ou procure o bispo... Ou mude de país!

PS: quem puder, compartilhe esta postagem nas redes sociais. Assim, quem sabe, mais gente se junta a esta queixa e as empresas começam a dar mais atenção aos clientes.

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Calamidades urbanas

(...) Ser desenvolvido é saber ter economia próspera, mas é saber igualmente administrar escolas primárias, creches, universidades, museus, parques naturais, presídios.

(...) A macroeconomia influi, e muito. Não basta, porém, para dar solução prática aos problemas do cotidiano. Esses problemas estão nas cidades, onde vivem e morrem as pessoas. Sem menosprezar o resto, temos de aprender a gerir as cidades para que se tornem o espaço humanizado da vida.

Fonte: Rubens Ricupero, “Folha de S. Paulo”, Mundo, 17/2/14 (íntegra aqui).

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Transporte (con)gelado

Quem é apaixonado por carros não deve morar em países muito frios. Na neve, os veículos ficam simplesmente assim:



E não adianta limpar. Porque as ruas ficam assim:


As vias ganham uma mistura de sal e areia para que seja possível trafegar sobre a neve. Vira uma verdadeira melequeira. A única saída, portanto, é deixar o carro na garagem durante o inverno:


Ah, caso a opção seja pela bicicleta, é melhor também tomar cuidado...


PS: as fotos foram feitas recentemente em Montreal, no Canadá.

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Apenas versos

No permitas que nadie
opaque el brillo de tu diamante
ahorcate antes de pertenecer
a la horda de imitadores triunfantes

(“Vertiente”, interpretada por El Robot bajo el agua)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

Uma discussão sobre causas da criminalidade

(...) Para a esquerda, condições socioeconômicas como pobreza, desemprego, desigualdade e educação são os principais fatores a explicar a criminalidade. Já para a direita, delinquência se resolve é com polícia.

(...) Para desgosto da esquerda, é fraco o elo entre economia e violência, como mostra Steven Pinker em "Melhores Anjos". Dados de EUA, Canadá e Europa Ocidental revelam que melhoras econômicas quase não têm efeito sobre as taxas de homicídios. Há, isto sim, uma correlação bem modesta entre os índices de desemprego e os crimes contra o patrimônio.

A desigualdade se sai um pouco melhor. Ela até que prediz os índices de violência quando se comparam países, mas fracassa em apontar tendências dentro da mesma nação. É pouco provável, portanto, que haja aqui uma relação causal. Mais razoável imaginar que falhas institucionais que produzem excesso de desigualdade gerem também violência.

A solução da direita também traz problemas. É claro que, em algum nível, melhorar o policiamento reduz crimes. Mas isso só funciona até certo ponto. Se você o excede, desperdiça dinheiro público e estraga inutilmente a vida de um monte de gente.

Os EUA, por exemplo, adotaram a tolerância zero nos anos 90 e reduziram o crime. Mas os índices de homicídio do Canadá, que já eram bem menores que os dos EUA, seguiram as mesmas curvas sem que o país tenha sucumbido à histeria.

Fonte: Hélio Schwartsman, “Especulação precoce”, Folha de S. Paulo, Opinião, 16/2/14, p. 2.

domingo, 16 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

"A nossa Cultura" - bastidores

No centro do "Roda Viva", entrevistando o jornalista e âncora do programa, Augusto Nunes:


Na sala da produção do "Altas Horas", na TV Globo-SP, com Serginho Groisman:


Na sala de imprensa da TV Record, entrevistando o jornalista Heródoto Barbeiro:


E na casa do músico, ator (esteve em "Sangue Bom", da TV Globo) e apresentador do extinto "Bem Brasil", na TV Cultura, Wandi Doratiotto - que, aliás, deu uma canjinha:



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Frase

“Mesmo se em alguns momentos da história o saber não soube ou pôde eliminar por completo a barbárie, não temos outra escolha. Devemos continuar a crer que a cultura e uma educação livre são os únicos meios para tornar a humanidade mais humana.”
Nuccio Ordine Diamante, professor de literatura italiana da Universidade da Calábria, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”

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A morte de Santiago (1)

(...) Entendo quem enxerga espírito de corpo no noticiário inflamado dos últimos dias, mas, pelas circunstâncias, a morte de Santiago é diferente das anteriores. Ele foi a primeira vítima direta da violência dos "black blocs". As outras mortes registradas em protestos ocorreram por acidentes, como queda de viaduto e atropelamento.

É significativo também que Santiago estivesse ali a trabalho, exercendo o papel de informar o público. O exagero está em considerar a sua morte um atentado à liberdade de imprensa, como fizeram editoriais da “Folha” e do "Globo".

(...) É essencial manter o sangue-frio para não perder a isenção no dimensionamento das notícias, uma das funções mais importantes do jornalismo. Caio de Souza e Fábio Raposo devem ser punidos pela morte trágica que provocaram, mas sem linchamento midiático. (...)

Fonte: Suzana Singer, “Ação e reação”, Folha de S. Paulo, Ombudsman, 16/2/14.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

"A nossa Cultura"

Para quem não viu, a série que fizemos a respeito da pesquisa encomendada pela BBC que colocou a TV Cultura como segunda melhor emissora do mundo em qualidade de conteúdo:











Em tempo: quero parabenizar de público todos que se envolveram neste trabalho, que durou um mês. Principalmente à equipe de externa, o cinegrafista Daniel Azeredo e o auxiliar Jório Silva, ao produtor Diego Balassiano e aos editores de texto, Geoffrey Scarmelote, e de imagem Eduardo Félix.

Todos deram riquíssimas contribuições para o trabalho final, reforçando que televisão se faz em equipe.

Que venha a próxima!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

"Incivilidade"

(...) A longa e abissal desigualdade, que molda nossas identidades e estrutura as relações sociais, distorce a percepção de que todos somos igualmente sujeitos dos mesmos direitos e obrigações. O resultado é a invisibilidade dos excluídos, a demonização dos que nos ameaçam e a irresponsabilidade dos privilegiados.

(...) Se o direito não é sistemática e corretamente aplicado, ele deixa de ser um parâmetro para a determinação da conduta dos cidadãos, criando um forte incentivo para a ação de justiceiros, criminosos e oportunistas de todos os tipos. Pizzolato que o diga.

Fonte: Oscar Vilhena Vieira, “Folha de S. Paulo”, Cotidiano, 8/2/14 (íntegra aqui).

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

Trabalhando...

Matéria sobre agrotóxicos no 4° minuto:


Matéria sobre sistema prisional no minuto 1:40:

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

As batalhas perdidas de Haddad e Hadich

O ex-presidente Lula disse há dois meses, segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, que o prefeito Fernando Haddad (PT) perdeu a batalha da política e da comunicação na gestão à frente da prefeitura paulistana.

Pode-se dizer, sem medo de errar, que o mesmo ocorreu em Limeira com o governo Paulo Hadich (PSB).

E às vezes quando se perde a batalha da política e da comunicação, quem perde de fato não é o governante, é a cidade e, em última análise, a sociedade.

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Sobre os "rolezinhos" e os "black blocs"

Folha - Qual sua opinião sobre os "rolezinhos"? Em sua opinião, há uma relação direta entre eles e os protestos de junho do ano passado?
Caetano Veloso –
(...) Claro que rolezinhos são a sociedade brasileira se mexendo. Tudo de que ela mais precisa. Essa é a característica que esse fenômeno comparte com as manifestações de junho. Mas acho que a imprensa deixou que se pensasse tratar-se de exibição ostensiva de garotada da periferia em shoppings de alta classe média, dando uma impressão de invasão, quando na verdade são encontros que se dão em shoppings da periferia.

Como vê o movimento black bloc? Acha que o Rio será palco de nova onda de protestos?
Não gosto de violência nem desejo insuflar o entusiasmo de jovens narcisistas que adoram se sentir salvadores da humanidade. Mas, como disse, os nós de nossa estrutura social brutal não podem se desfazer sem dor. Black blocs têm a ingenuidade de rebeldes sessentistas (com os quais me identifiquei no ato na segunda metade dos anos 1960), por isso, tendo a simpatizar com eles, mesmo sendo capaz de criticá-los sem dó, como fiz no começo desta resposta. É provável que haja manifestações neste ano, com Copa e eleições e tudo o mais. Vejo que o todo da população está vacinado contra o que há de desestabilizador nessas movimentações e, portanto, irá neutralizar os protestos. O povo é conservador. Ao menos o brasileiro é. Mas, do jeito que anda o mundo, é sempre possível que um fato pequeno, corriqueiro, desencadeie uma nova onda, talvez muito mais forte e incontrolável.
Não digo isso porque o deseje: sou classe-média e gosto de paz e sossego. Além disso não creio muito nas belezas que se atribuem às revoluções. Jamais utilizaria a palavra "terror" como algo desejável, como (o filósofo esloveno Slavoj) Zizek faz. Mas percebo a possibilidade de algo assim acontecer. E não sou contra, já que a injustiça, a brutalidade e a crueldade merecem reação enérgica.

Fonte: Sylvia Colombo, “’Rolezinho’, palavra que é uma beleza, é a sociedade se mexendo”, Folha de S. Paulo, Ilustrada, 29/1/14 (íntegra aqui).

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Solucionador de problemas


E não é que funciona mesmo!! (Brincadeira!)

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A nossa sujeira (a culpa é de quem?)

(...) Há um frequente erro de pontaria que faz brasileiros reclamarem dos governos diante de problemas que eles não causam e nem têm como resolver. É uma "estatização da indignação". Parte da culpa é certamente do jornalismo que, por razões que não cabe especular aqui, coloca o poder público como "outro lado" mesmo em reportagens nas quais os governos têm pouco a dizer: a calçada quebrou; fulano foi atropelado; tem lixo na rua, o que diz a Prefeitura? (A pergunta é feita mesmo quando os problemas são de responsabilidade de um ou alguns cidadãos)...

(...) Ao mesmo tempo, enquanto olha para o poder público a toda hora, a população deixa impunes os maiores culpados de boa parte das mazelas da cidade: as pessoas físicas, comuns. Quem joga lixo nas ruas? Cidadãos. Então, se a cidade está suja, por que culpar o governo por não limpar? (...)

Fonte: Leão Serva, “A copa dos sujos é nossa”, Folha de S. Paulo, Cotidiano, 3/2/14, p. C2.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

Apenas versos

When the war has took it's part
When the world has delt it's cards
If the hand is hard, together we'll mend your heart
Because

(...)
Told you I'll be here forever
Said I'll always be your friend
Took an oath I'mma stick it out 'till the end

(“Umbrella”, de Christopher Sterwat)

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Tuma Jr. no "Roda Viva"

Quem não viu, vale a pena ver o programa "Roda Viva" (seg., 22h, TV Cultura) exibido no último dia 3/2. No centro do "Roda Viva", o ex-secretário nacional de Justiça no governo Lula e delegado Romeu Tuma Júnior:



E eu estava lá, na bancada de tuiteiros:


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Mobilidade: a questão dos carros

(...) Os motoristas viraram a erva daninha da cidade. Ciclistas já os odiavam quando passavam com seu ar de santo ecológico pelos pobres coitados dos motoristas que não moram numa "pequena Amsterdã", como a moçada da classe média alta que mora perto do trabalho ou da "facul", ou que tem um trampo fácil, sem horas duras, ou ganha muito bem ou tem grana de outra fonte e então pode ir de bike para o trabalho ou para a "facul". Quem anda de bike para salvar o planeta é playboy light.

(...) O ódio ao motorista virou demonstração de consciência social e ambiental - outro modismo contemporâneo. Esquece-se que essas pessoas são cidadãs como todas as outras. Que pagam impostos exorbitantes para comprar os carros e IPVA todo ano. Pagam IPVA, mas logo não terão direito de andar de carro pela cidade. Nada de novo no front: os brasileiros estão acostumados a pagar impostos e não ter nada em troca. (...)

Fonte: Luiz Felipe Pondé, “A erva daninha”, Folha de S. Paulo, Ilustrada, 3/2/14..

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014 | | 0 comentários

"Contra o Facebook"

O fato é que sumi com o aplicativo do Facebook. Senti uma sensação boa. Aproveitei o entusiasmo e apaguei também os aplicativos do LinkedIn, do Lulu (que instalei para testar e achei simplesmente péssimo) e até do Viber (algo entre o Skype e o WhatsApp). Combinei comigo mesma que vou observar o que acontecerá com as minhas mãos da próxima vez que ficar à toa com o telefone na mão. Será que vou tremer? Será que entrarei na App Store e baixarei tudo de novo? Ou vou me esquecer aos poucos dessa mania de ficar fazendo a ronda na internet, checando as atualizações das redes e esperando reações a cada coisa que publico, nem sei bem por quê?

Sério mesmo: o Facebook é a maior perda de tempo que conheci na vida. Quanto mais amigos eu "faço", mais me distancio das pessoas que são realmente importantes para mim. A fatalidade é que sempre perco informações de quem me importa no meio da balbúrdia da multidão a que estou conectada.

Fonte:
Marion Strecker, “Folha de S. Paulo”, Tec, 3/2/14 (íntegra aqui).

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Crepúsculo paulistano

E o dia vai se pondo...



E eu louvo esta vista privilegiada!

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Apenas versos

Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim

(“Tendo a Lua”, de Herbert Vianna)

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O poder do destino

Estou cada vez mais convencido de que planejar em demasia a vida é pura perda de tempo. O destino nos leva para caminhos jamais imaginados.

Há dois anos, quando um ex-colega de trabalho e eu faríamos uma viagem ao Canadá, tivemos que decidir se tiraríamos um visto de uma entrada no país (R$ 125 à época) ou de múltiplas entradas (R$ 250 à época). No caso das múltiplas, o visto valeria por cinco anos ou até vencer o passaporte.

Na ocasião, comentei com ele que tiraria o visto de uma única entrada porque, num prazo de cinco anos, jamais voltaria ao Canadá.

Pois é justamente para lá que estou indo, a trabalho, dois anos depois daquela afirmação.

Não duvide do poder do destino. Deixe a vida levá-lo para onde você tem que ir... E curta!

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Trabalhando...

... porque domingo, vai ter um joguinho aí...



 

E o gol (Alan Kardec, para o Palmeiras)!


E as entrevistas (o técnico Muricy Ramalho e o atacante Luís Fabiano, do São Paulo; o técnico Gilson Kleina, o meia Valdívia e o zagueiro Lúcio, do Palmeiras):


 
 


Ah, o jogo terminou 2 a 0 para o Palmeiras.