quarta-feira, 30 de outubro de 2013 | | 0 comentários

A semana em fotos (3)

Não contabilizei a quantidade de fotos na semana encerrada sábado (26/10) - foram muitas, mais de cem. E tampouco pretendo burocratizar esta série. 

Portanto, a partir de agora as fotos surgirão no blog eventualmente, não mais como registros formais da semana e sim como registros do dia-a-dia.









Ufa!

Em tempo: a foto da placa "Retorno" me lembrou aquele antigo jogo do Atari, o "Pac-Man".

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A nossa herança maldita

(...) Para o cientista político Francis Fukuyama, as teorias sobre o desenvolvimento quase sempre pecam pela "abstração excessiva (o vício dos economistas)" ou pelo "particularismo excessivo (problema comum a muitos historiadores e antropólogos)". (...)

Por que o Brasil e outros países latino-americanos enfrentam tamanha dificuldade para modernizar as suas instituições?
Existem, em primeiro lugar, razões históricas. Os espanhóis e os portugueses implantaram na região suas instituições pré-modernas. Além disso, não foram sociedades compostas inteiramente de colonos europeus, mas sobrepostas, de maneira desigual, a uma vasta população de indígenas, tratados como escravos. No Brasil, assim como no Caribe, a economia foi moldada ao redor do açúcar, uma agricultura baseada em grandes propriedades e mão de obra escrava. Trata-se de um modelo cujo resultado é a desigualdade. Não havia os incentivos para constituir uma burocracia administrativa de qualidade nas colônias. Em razão desse estágio inicial de profunda desigualdade, as instituições foram se moldando para servir às elites. Nunca houve o princípio de oferecer educação de qualidade a toda a população. Desde que a elite estivesse atendida, bastava.

Por que outros países, principalmente na Ásia, conseguiram se desenvolver em um espaço relativamente curto de tempo, ao contrário do que vemos na América Latina?
O Japão, a Coreia do Sul, Taiwan, todos os chamados Tigres Asiáticos, possuem população relativamente pequena, muito mais homogênea, além de um forte senso de identidade nacional. Isso facilitou. Esses países investiram muito na formação de uma elite burocrática altamente capacitada. Houve ainda o investimento maciço em educação. Na América Latina, historicamente mais desigual, a trajetória tem sido mais lenta. Houve avanço no acesso da população ao ensino, mas persiste um grande desnível na qualidade da educação, sobretudo aquela oferecida aos mais pobres. Os países asiáticos foram capazes de resolver essa questão mais rapidamente. (...)

Fonte:
Giuliano Guandalini, “A construção da democracia”, Veja, edição 2.344, ano 46, número43, 23/10/13, p. 17, 20-1.

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Um pedido de desculpa

Sei que estou em dívida com o blog. As postagens estão esparsas - longe do ritmo dos meses anteriores. 

Está me faltando tempo - que bom! 

Estão sobrando ideias e planos de postagens, que se acumulam e me angustiam (porque fazer este blog - amador - me dá prazer).

Peço, então, a sua compreensão, amigo navegante.

Logo volto ao ritmo anterior (espero...).

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Arco-íris

Na volta para São Paulo após uma visita corrida (a trabalho) a Engenheiro Coelho (SP), um presente da natureza: 


Auspicioso, não? E belo!

* A foto é do cinegrafista Euclides José

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Sintomas dos novos tempos

(...) Essa é uma discussão antiga, sobre os limites do público e do privado, mas que ganhou muito mais urgência e abrangência na era da comunicação total, que é também a era da exposição total. E não só na área política ou policial mas também na esfera econômica.

Nossos comportamentos estão cada vez mais intermediados por softwares, aplicativos, transações eletrônicas. O cidadão digital está nu. O Google sabe muito mais das pessoas do que muitos dos seus amigos e parentes mais próximos.

Nós somos o que buscamos.

Por isso, como protegemos (e também como usamos) essas informações é uma das grandes novas discussões do nosso tempo e do futuro.

Por enquanto, é um universo em formação, horas depois do Big Bang da internet, que juntou o mundo todo e todo mundo em relações recém-nascidas ou ainda em gestação. (...)

Fonte: Nizan Guanaes, “Somos o que buscamos”, Folha de S. Paulo, Mercado, 29/10/13.

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Frase

“O único defeito da gente era ser pobre."
Rosana Martins de Souza, mãe de Douglas Rodrigues, estudante de 17 anos que morreu baleado por um policial militar na zona norte de São Paulo, onde morava

segunda-feira, 28 de outubro de 2013 | | 1 comentários

A esquina

 
E o que tem nesta esquina?


PS: dedicada ao "brother" Danilo Fernandes - e aí, quando colaremos todos lá?

sexta-feira, 25 de outubro de 2013 | | 0 comentários

"A virtude está à esquerda"

Nas últimas três décadas consagrou-se um princípio que se tornou um axioma da política brasileira: "A virtude está à esquerda". Tornou-se um axioma porque foi subscrito por lideranças que desejavam lustrar a sua imagem com uma marca da esquerda e por ter sido, silenciosa e progressivamente, subscrito pelos eleitores em geral.

Os corolários do axioma são visíveis por todo lado: desde a recuperação da guerra fria num mundo sem guerra fria, a forma peculiar de entendimento dos direitos humanos e a maneira tolerante de encarar as questões da segurança pública até a aberta relativização da lei e da Constituição. Plasmou-se, então, uma retórica política e ideologicamente comprometida, na qual o uso ou não uso da palavra presidente no feminino já indica a posição política de quem fala, o termo privatização é substituído por concessão e a corrupção, pelo mais ameno conceito de malfeito.

Por que esse princípio logrou implantar-se como um axioma na nossa cultura política? 1) O fim do regime de 1964, da forma como ocorreu, deslegitimou os partidos de direita e conservadores; 2) a legitimidade do novo regime democrático concentrou-se no espaço da esquerda do espectro político; 3) os demais partidos (centro e centro-esquerda) foram submetidos a uma "demonização em camadas", que os empurrava para a direita. (...)

Fonte:
Francisco Ferraz, “O Estado de S. Paulo”, Opinião, 24/10/13, p. 2 (íntegra aqui).

quinta-feira, 24 de outubro de 2013 | | 0 comentários

O casarão - um pedaço da história


Quando passava pela Avenida Paulista, sempre tinha curiosidade a respeito deste antigo casarão - que remonta ao tempo dos barões do café, uma época em que toda a avenida era formada por edificações desse tipo. Hoje, este é um dos únicos remanescentes do período.




  

Infelizmente, os casarões da Paulista vêm sendo demolidos um a um  - o caso mais recente foi em 9 de julho último.

Não sei a história do casarão da foto - conhecido como Residência Joaquim Franco de Mello. A construção, de 108 anos e 35 cômodos, é alvo de uma disputa judicial entre herdeiros e governo. A Justiça chegou a determinar o restauro do imóvel

Confesso que me surpreendi ao ver que o palacete é habitado (pelo menos havia uma família entrando e saindo do local, além de cachorros).


Para saber mais sobre a história da avenida e de seus casarões, clique aqui.

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"Liberdade de imprensa"

(...) Alberto Dines, premiado com o Cabot em 1970, também falou no simpósio. Ele apontou que é importante recordar o quanto as coisas mudaram para melhor no Brasil depois da ditadura militar, e, para (Mauro) König, o trabalho de Dines continua a ser um marco de integridade.

Porém o conflito fundamental entre a liberdade de expressão e o segredo governamental continua irresolvido. Resta o paradoxo de termos Edward Snowden refugiado na Rússia, país que não é exatamente um baluarte da imprensa livre, e Julian Assange refugiado na Embaixada do Equador em Londres, em um momento no qual o governo equatoriano adota novas leis que muitos dos presentes à cerimônia dos Prêmios Cabot veem como restritivas à liberdade de imprensa. (...)

Fonte: Kenneth Maxwell, “Folha de S. Paulo”, Opinião, 24/10/13, p. 2 (íntegra aqui).

quarta-feira, 23 de outubro de 2013 | | 0 comentários

Notas sobre um encontro

Como já mencionei “en passant” neste blog, na semana passada fui a um seminário no Sesc Pompeia que abordou o telejornalismo. O evento, intitulado “Invadir a Programação”, fez parte do programa “ContraTV – práticas experimentais do vídeo nos anos 1980” – que, por sua vez, é parte da pré-abertura do 18° Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil (que começa no próximo dia 6).

No palco, os cineastas Fernando Meirelles e Marcelo Machado, o apresentador Marcelo Tas e o jornalista Goulart de Andrade (aquele do “Vem comigo!”).


Os três primeiros fizeram parte de uma experiência, coordenada (ou avalizada) por Goulart, que revolucionou o telejornalismo brasileiro na década de 80 ao renovar a linguagem vigente. Trata-se do projeto Olhar Eletrônico, que virou uma produtora independente.  

Não pretendo resumir o debate, apenas mencionar alguns registros.

De Goulart, ouvi algumas características necessárias para um bom jornalista: “sou curioso, um garimpeiro, um contador de histórias”.

De Tas, um comentário que ilustra bem o Brasil: “estamos há 30 anos perguntando se o Maluf é ladrão. País curioso este”.

De Meirelles, uma leitura dos novos tempos, que dificultam um trabalho mais profundo e autêntico como o “Olhar Eletrônico” fez nos anos 80: “vivemos uma ditadura dos advogados”.

De todos, em comum, uma recomendação: criatividade.

A seguir, alguns vídeos que ilustram um pouco do que foi debatido na ocasião e um pouco do trabalho do “Olhar Eletrônico”:


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Quantos amigos você jogou fora?

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...

Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...

Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?

Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?

Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?

Quantas canções que você não cantava
Hoje assovia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

(“A lista”, de Oswaldo Montenegro)

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Trabalhando...

Primeira matéria do bloco:


Primeira entrada do bloco: 

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Do outro lado da vida

Sofremos, e sentimos muita saudade, claro, quando morre uma pessoa querida. Mas a coisa pode ser pior ainda, se vista da perspectiva inversa. Imagine a dor dos mortos, se pudessem contemplar a vida dos familiares e dos entes queridos a quem deixaram.

Também eles, como os vivos, teriam de passar pelo longo trabalho do luto; a despedida não se completa de uma só vez. É preciso deixar que o tempo desfaça os laços do sentimento, até que por fim, em cada túmulo, os mortos se calem na indiferença, no descanso, no nada. (...)

Fonte:
Marcelo Coelho, “Nossa cidade”, Folha de S. Paulo, Ilustrada, 23/10/13.

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Semana em fotos (2) - parte 2

O título parece complicado (ou errado), mas é isto mesmo: foram 110 fotos na semana e preferi dividir a postagem em duas partes. Eis a segunda - é quase um especial de uma cidade refletida no espelho, em seu próprio espelho:









Ufa (de novo)!

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Sobre o combate e o perdão

O Bom Combate é necessário. Mas o Bom Combate não aceita o ódio, porque o ódio cega. Para evitar esta cegueira, o guerreiro procura olhar as coisas boas que seu adversário lhe fez durante todo o tempo em que conviveram juntos. Tenta ver o que o levou a ter esta reação violenta, quais os ferimentos que lhe causou sem querer. Busca descobrir o que fez um dos dois desistir do diálo­go. (...)

Ninguém é totalmente bom ou mau. O guerreiro pensa nisto, quando pensa em seu adversário.

Fonte: blog do Paulo Coelho, “Da ira”, postado em 23/10/13.

***

“O perdão é a virtude dos bravos. Aquele que é forte o bastante para vingar um erro também sabe perdoar no momento exato – e consegue reprimir seu desejo de vingança. Evidente que não se pode esperar que o rato perdoe o gato, mas não somos ratos.”

Fonte: blog do Paulo Coelho, “Da força”, postado em 22/10/13.

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Para anotar na agenda

Então ficamos assim: segundo afirmou a presidente Dilma Rousseff em rede nacional de TV na última segunda-feira (21/10), o Brasil passará por uma “pequena revolução” na educação nas próximas três décadas em razão da dinheirama do pré-sal.

Já o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, falou no dia seguinte em “salto extraordinário” nos investimentos no setor.

É esperar para ver. Ou melhor, para cobrar.

Se em 30 anos o Brasil não se tornar de fato um país desenvolvido na mais relevante e pura acepção do termo, que significa ter educação de qualidade, a responsabilidade única e exclusiva será dos governos.

Afinal, Dilma e Mercadante prometeram uma “revolução” (pequena, mas revolução) e um “salto extraordinário” (e nada menos que extraordinário).

segunda-feira, 21 de outubro de 2013 | | 0 comentários

Avenida Movimento

Vi no caderno "Aliás" do jornal "O Estado de S. Paulo" do último domingo (20/10) uma foto de um ensaio assinado pelo fotógrafo Claudio Pepper. Ele retrata a Avenida Paulista. O título: "Avenida Ilusão".

No texto que acompanha a foto, Pepper lembra que a avenida - "notória e notável" - sempre pareceu "ter sido fotografada de todos os ângulos e pontos de vista". "Dos barões do café de ontem aos bancos de hoje, tão completa e desde sempre cartão-postal, quantas vezes já a vimos?", escreveu.

Ainda assim, arrisquei-me a clicar (e não poderia deixar de fazer isto) a mais famosa avenida paulista. É a minha Paulista, ou a(s) minha(s) visão(ões) da Paulista.

O título do meu ensaio-postagem foi claramente inspirado no de Pepper.


 

 

 
 

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Aquele dia...

Rain falls
It doesn't
Touch the ground
I can
Recall
An empty house
You say I'm fixed
But I still feel broken...
Broken
Lights on
Lights off
Nothing works
I'm cool
I'm great
I'm a jerk
I feed myself lies
With words left unspoken
Gonna be Ok
Gonna be Ok
One day
One day

That day never came
That day
Never comes
I'm not letting go
I keep hangin' on
Everybody says
That time heals the pain
I've been waiting forever
That day never came

(“That day”, de Bill Kaulitz, Dave Roth, David Jost, Pat Benzner e Tom Kaulitz)

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Frase

“Todos nós precisamos de algum ‘Brasil’ para nos dar alegrias. Não é apenas sobre futebol. É sobre esse sentimento que muitos de nós quase esquecemos e que os mais jovens nunca experimentaram: o sentimento de sucesso.
Salih Redzic, 52 anos, ao comentar a classificação do seu país - a Bósnia - para a Copa do Mundo de 2014, em emocionante reportagem de “O Estado de S. Paulo”

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Semana em fotos (2)

Primeira semana: 47 fotos. Segunda semana: 110 fotos. Um domingo: 108 fotos.

Não me canso de fotografar a vida em São Paulo.




O prédio a seguir é a atual sede da Secretaria Estadual da Educação. Chamado Edifício Caetano de Campos, fica na Praça da República, no Centro. Foi inaugurado em agosto de 1894 para sediar a primeira Escola Normal paulista. Depois abrigou a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras: 






Mais fotos:






Esta é só a primeira parte das fotos da semana que passou. São tantas que fui forçado a dividir em duas partes.

Em tempo: esta série é dedicada a todos os meus familiares, minha namorada e meus amigos. Lembro de cada um de vocês a cada clique, desejando que estivessem todos ao meu lado.

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Jornalismo na mira

A imprensa e suas fontes de informação devem adotar medidas para se proteger da crescente vigilância de governos, que dispõem de tecnologia cada vez mais avançada de monitoramento das comunicações de seus cidadãos, afirmou ontem o presidente da Associated Press, Gary Pruitt, em discurso na 69.ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), em Denver, nos Estados Unidos.

(...) Além de tentar se proteger contra a intromissão oficial, os meios de comunicação devem manter a vigilância contra excessos governamentais, muitos dos quais cometidos sob o pretexto de proteção da segurança nacional. "Nós não podemos baixar a guarda", declarou Pruitt aos membros da entidade.

Em sua opinião, o "ataque ao jornalismo" não terminará tão cedo. "Na verdade, torna-se ainda mais difícil combatê-lo quando a tecnologia dá aos governos ferramentas cada vez mais poderosas para acompanhar as ações e as comunicações de seus cidadãos", ponderou, em discurso que tratou de liberdade de imprensa e segurança nacional. (...)

Fonte: Cláudia Trevisan, "Para chefe da AP, jornalismo está sob 'ataque'", O Estado de S. Paulo, Política, 20/10/13.
 

domingo, 20 de outubro de 2013 | | 0 comentários

Ainda sobre os "black blocs"

(...) Quando vemos black blocs quebrando bancos, carros e lojas, sob o efeito do mito da política, procuramos nesse simples ato de violência alguma teoria política que justifique a violência. Mas não existe.

Pensar que há é semelhante aos inquisidores que pensavam existir no ato de queimar pessoas vivas um passo necessário à salvação daquelas almas perdidas. (...)

Fonte: Luiz Felipe Pondé, "Do mito ao fetiche", Folha de S. Paulo, Ilustrada, 14/10/13.

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Cidade limpa?


Local: Avenida Paulista, São Paulo.