quarta-feira, 21 de agosto de 2013 | |

Feridas da alma

"Sempre fica uma dor. Se você vê a pessoa, se lê um e-mail antigo, ainda tem uma mágoa. Eu penso: Que falsidade...'"
Bianca Mangraviti, administradora de empresas, na reportagem "Não tem como curar 100%, fica uma mágoa"

O sentimento de rejeição é provavelmente a ferida psicológica mais comum e recorrente nas nossas vidas, afirma o livro "Emotional First Aid" (Primeiros Socorros Emocionais), recentemente lançado nos Estados Unidos.

Não há quem não tenha sido preterido em alguma brincadeira infantil, esquecido na hora de uma festa, perdido o emprego ou sofrido desilusão amorosa, enumera o doutor em psicologia e especialista em terapia de casais Guy Winch, autor da obra.

"As rejeições são os cortes e arranhões psicológicos que machucam a pele emocional e penetram na carne", diz ele. Mesmo com a frequência das ocorrências, o rejeitado pode não conseguir formar uma carapaça - muitos sofrem tanto que a dor lhes inunda de raiva e solapa a autoestima.

(...) A sensação é profunda, diz ela: "Dói no peito, parece que estão enfiando uma faca".

Não se trata de figura de linguagem. Em seu livro, Winch cita estudos que, por meio de ressonância magnética, mostram que a dor da exclusão social ativa no cérebro as mesmas áreas acionadas pela dor física. (...)

Fonte: Rodolfo Lucena, “A dor da rejeição”, Folha de S. Paulo, Equilíbrio, 20/8/13.

0 comentários: