sexta-feira, 31 de maio de 2013 | | 1 comentários

"Pontes Indestrutíveis"

Buscando um novo rumo
Que faça sentido
Nesse mundo louco
Com o coração partido eu
Tomo cuidado
Pra que os desequilibrados
Não abalem minha fé
Pra eu enfrentar
Com otimismo essa loucura

Os homens podem falar
Mas os anjos podem voar
Quem é de verdade
Sabe quem é de mentira
Não menospreze o dever
Que a consciência te impõe
Não deixe pra depois
Valorize a vida

Resgate suas forças
E se sinta bem
Rompendo a sombra
Da própria loucura
Cuide de quem
Corre do seu lado
E quem te quer bem
Essa é a coisa mais pura

Fragmentos da realidade
Estilo mundo cão
Tem gente que desanda
Por falta de opção
E toda fé que eu tenho
Eu tô ligado
Que ainda é pouco
Os bandidos de verdade
Tão em Brasília tudo solto
Eu faço da dificuldade
A minha motivação
A volta por cima
Vem na continuação
O que se leva dessa vida
É o que se vive
É o que se faz
Saber muito é muito pouco
"Stay Will" esteja em paz

Que importa é se sentir bem
Que importa é fazer o bem
Eu quero ver meu povo todo
Evoluir também

(...)

Viver, viver e ser livre
Saber dar valor
Para as coisas mais simples
Só o amor constrói
Pontes Indestrutíveis

(De Chorão, Thiago, Heitor, Pinguim e Edu Ribeiro)

quarta-feira, 29 de maio de 2013 | | 0 comentários

Um passeio por Fortaleza

segunda-feira, 27 de maio de 2013 | | 0 comentários

Entrevista com um jornalista

Quando estava na faculdade de Comunicação Social da Unesp/Bauru, em meados dos anos 1990, tive a oportunidade de assistir a uma palestra do jornalista Caco Barcellos – autor do livro clássico “Rota 66 – A história da polícia que mata” e idealizador do programa “Profissão Repórter” (TV Globo, terça, 23h45).

Na ocasião (15/9/95), ele falou sobre seu início da profissão, os desafios do jornalismo e sua obra mais célebre, o “Rota 66”. A entrevista a seguir é fruto do bate-papo com os alunos e reflete o pensamento do jornalista na ocasião (que pode, ou não, ser o mesmo de hoje):

Você sofreu algum tipo de ameaça?
Tinha medo. Sofri ameaças de morte só para me assustar. Não tenho mais o perfil dos mortos. Tive, sim, noites de pesadelo. Nos últimos dois meses não conseguia mais dormir. Nos pesadelos eu era muito perseguido, muita tortura.

De que forma você analisava os tiroteios?
De uma forma muito óbvia: tiros em partes vitais, cabeça, nuca, não são sinais de tiroteio, mas sim de assassinato. A PM de São Paulo matava cerca de 1.500 pessoas por ano. Hoje, ela mata muito menos, mas mesmo assim é um número absurdo. São 400 mortes por ano. Em Nova York, uma cidade tão violenta quanto São Paulo, a polícia mata cerca de 20 pessoas por ano.

Você teria alguma solução?
Tem que se alterar a estrutura da PM. A Polícia Civil não mata. Ou mata pouco. O problema é que a Polícia Civil pode ser punida e a PM não. Os policiais militares sabem que ficarão impunes. O PM hoje é juiz, testemunha, carrasco.

Você é a favor ou contra a pena de morte?
Sou extremamente contra. Nós não temos a pena de morte neste país, então a morte de bandidos é morte, assassinato. Ou se institucionaliza a pena de morte ou para de discutir se é bom ou não a morte de bandidos. Toda atitude que leve à não-violência é bem-vinda. Mas ainda acho que há muita enrolação. Quero esclarecer uma coisa: os matadores são uma pequena minoria poderosa. Tem que se mudar a estrutura. Modificar a estrutura. Eu não estou dizendo que acho a polícia inútil. Ela até defende a vida, mas a vida de quem? Por que policiar grandes bancos e grandes empresas? Eles podem fazer a autodefesa.

Como você trabalha, tem muitas fontes?
Em 20 anos de profissão, sabe quantas fontes consegui? Zero. Hoje há uma ilusão de gabinete aberto, porque quando eu pesquisei, nós não podíamos nem chegar perto dos gabinetes. Assim, se investiga dossiês oficiais e se divulga as denúncias sem checá-las. Para que fontes oficiais? Para divulgar os “tiroteios”? Eu demoro mais tempo para checar dados do que para divulgá-los. Não cultivo fontes oficiais. Apesar de dar “status” dizer: “hoje eu conversei com tal ministro, com o chefe de sei lá o quê...”. Na verdade, se eu não tivesse escrito esse livro, teria abandonado a profissão.

Qual sua avaliação sobre a imprensa brasileira?
A imprensa só ouve os dois lados da notícia quando a elite está envolvida. O poder da imprensa deveria ser o poder da sociedade e não é isso que a gente vê hoje em dia.

Você já teve que romper com a ética para obter alguma informação?
Não. Prefiro ficar sem a informação. A vontade da vítima é soberana. Só não dou opção de escolha às pessoas que roubam a sociedade porque elas não pensaram na sociedade na hora de cometer os seus atos. Assim, não posso falar para ela: “você quer aparecer na minha matéria?”.

sábado, 25 de maio de 2013 | | 0 comentários

A obsessão celestial das cidades

Vi recentemente o trabalho de um artista gráfico francês que capturou em fotos a "obsessão" celestial de Hong Kong. Belas imagens!

Eu também fiz algo semelhante - em Nova York (EUA):


Também já escrevi sobre esta mesma "obsessão" da cidade, está no blog Piscitas - travel & fun.

sexta-feira, 24 de maio de 2013 | | 0 comentários

Essa tal governabilidade...

A oposição costumeiramente critica – com razão - as nomeações meramente político-eleitorais no alto escalão do governo federal. Tudo em nome da campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

Chegou-se ao cúmulo de ter um ministro (Guilherme Afif Domingos) do PSD, recém-ingresso na base aliada, que ao mesmo tempo é vice-governador de São Paulo, estado governado pelo PSDB, principal sigla da oposição.

Ocorre que, como diz o ditado, “pau que bate em Chico, bate em Francisco”. O que se critica lá se pratica cá.

Pois o que faz, por exemplo, o PSDB em São Paulo? A imprensa noticiou esta semana um acordo entre o governador Geraldo Alckmin e o PRB do deputado federal Celso Russomanno. Em troca de apoio político à campanha da reeleição do tucano, um cargo no secretariado.

Russomanno disputou a eleição para governador em 2010 e foi um dos principais críticos de Alckmin na ocasião, com ataques ferozes, principalmente em relação aos pedágios (considerados “caros”) e à insegurança. Quatro anos depois, estará lá no palanque tucano, pregando a reeleição daquele a quem criticou. E, registre-se, após os dados da violência terem piorado.

São as nuvens da política brasileira, como já se tornou folclórico dizer - o que muitos, infelizmente, consideram normal.

Afinal, o que é e para que serve a tal “governabilidade”?

Já que é em nome dela que todo tipo de acordo é feito, desconfio que a dita cuja tem custado caro ao Brasil.

***

“O ingresso do PRB no governo tucano foi noticiado ontem pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo’.”

A frase acima saiu na “Folha de S. Paulo” de ontem (23/5). A isto se dá o nome de ética, transparência, respeito ao jornalismo e à concorrência.

Infelizmente, é fato raro...

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A fala de Ciro

O ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes (PSB) é conhecido pela língua afiada, o que lhe costuma render muitos desafetos e polêmicas. Costumeiramente ele fala algumas besteiras, mas desta vez, numa entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", acertou em cheio na análise do cenário político atual envolvendo o governo federal, as eleições de 2014 e o partido dele.

Disse Ciro:

“Estamos (o PSB) agarrados lá dentro. Acocorados, comendo migalhas do banquete de fisiologia do PMDB com o PT.”

A fala do pessebista é um resumo do macrocosmo político e do tipo de relação que predomina no Planalto Central.

quinta-feira, 23 de maio de 2013 | | 3 comentários

Uhmmm!

Tarde fria e chuvosa combina com...




... bolinho de chuva!

Ah, para a receita dar certo é preciso juntar também a mãe e a vó em casa e pedir com carinho.

E, claro, para tudo ficar completo, vale relembrar a infância e ficar "descobrindo" formatos nos bolinhos. Minha mãe, por exemplo, viu um cachorro num dos dito cujos.

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Os aeroportos (de novo)

Escrevi recentemente neste blog sobre os problemas dos aeroportos brasileiros às vésperas da Copa das Confederações (junho), Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016).

O governo informa que obras estão encaminhadas. Um balanço foi divulgado esta semana. Olhe e analise.

Se você esteve em algum aeroporto recentemente sabe do que estou falando.

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Gente querida

Desde o último sábado até hoje (23/5), pude estar e/ou conversar com as pessoas que são importantes em minha vida - e, tão relevante quanto isto, pessoas que se importam comigo.

Obrigado a todos vocês por serem sempre presentes (ainda que seja por meio de um simples telefonema ou uma mensagem de celular).

Isto representa carinho, consideração, amizade e amor.

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Frase

"O tempo faz a gente se conformar."
Malu, personagem interpretado pela atriz Maite Perroni na novela "Cuidado com o anjo" (SBT)

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Imagens que inspiram

E a gente nunca está só... 


Nunca mesmo (rs)...



* Praia de Iracema, Fortaleza (CE)

terça-feira, 21 de maio de 2013 | | 0 comentários

Na Virada, o retrato de uma sociedade doente

O caos na segurança no Brasil nas últimas décadas – reflexo de uma série de problemas estruturais, da péssima educação às desigualdades acentuadas, passando por uma perda de valores por parte da sociedade e da má gestão pública – tem tornado um tanto míope o debate a respeito do tema.

Tome-se o caso da Virada Cultural, brilhante iniciativa feita pela Prefeitura de São Paulo e que tem também uma versão estadual. Este ano, o número de ocorrências policiais subiu, havendo inclusive o registro de duas mortes.

Discutiu-se quem falhou: município ou Polícia Militar. Falou-se que o número de pms (cerca de 3,4 mil, segundo a organização, fora os agentes municipais) era insuficiente para a dimensão do evento.

Na verdade, a pergunta deveria ser: por que precisamos de tantos homens (cerca de cinco mil no total) para fazer a segurança de uma atividade cultural que visa unicamente levar lazer e entretenimento grátis para a população?

Porque vivemos numa sociedade doente.

Definitivamente, perdemos o foco da questão.

***

E o slogan do governo federal diz que “País rico é país sem miséria”. Não! País rico é país com educação e civilidade.

Fosse assim, sequer pms seriam necessários para uma Virada Cultural.

Quem sabe um dia...

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Barbosa x Congresso: "fight, go!"

Disse o costumeiramente polêmico presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, em recente evento:

"Nós temos partidos de mentirinha. Nós não nos identificamos com os partidos que nos representam no Congresso, a não ser em casos excepcionais. Eu diria que o grosso dos brasileiros não vê consistência ideológica e programática em nenhum dos partidos. E tampouco seus partidos e os seus líderes partidários têm interesse em ter consistência programática ou ideológica. Querem o poder pelo poder."

"Está é uma das grandes deficiências, a razão pela qual o Congresso brasileiro se notabiliza pela sua ineficiência, pela sua incapacidade de deliberar."

"O Congresso não foi criado para única e exclusivamente deliberar sobre o Poder Executivo. Cabe a ele a iniciativa da lei. Temos um órgão de representação que não exerce em sua plenitude o poder que a Constituição lhe atribui, que é o poder de legislar."

“Hoje temos um Congresso dividido em interesses setorizados Há uma bancada evangélica, uma do setor agrário, outra dos bancos. Mas as pessoas não sabem isso, porque essa representatividade não é clara."

A fala gerou reações ferozes de parlamentares. Para representá-las, escolho a manifestação do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN):

“Uma desrespeitosa declaração como essa não contribui para a harmonia constitucional que temos o dever Supremo de observar. E, com a responsabilidade e maturidade que tenho, não quero nem devo tencionar o relacionamento entre os Poderes."

"O Parlamento e os partidos políticos, sustentáculos maiores da democracia brasileira, e todos os seus integrantes, sem exceção, legitimados pelo voto popular, continuarão a exercer o pluralismo de pensamentos, palavras e ações em favor do Brasil mais justo e democrático.”

Pergunto: Barbosa falou algo demais? Não. Apenas externou o que grande parte (provavelmente a maioria) dos brasileiros pensamos.

O presidente do STF pode, vez ou outra, cometer arroubos (como quando ofendeu um repórter), mas via de regra toca acertadamente em feridas. Como fez agora.

Aliás, basta comparar as falas de Barbosa e Alves e tirar as conclusões. Alguém de fato acha que o Parlamento tem atuado com o espírito público que o seu presidente manifestou?

segunda-feira, 20 de maio de 2013 | | 0 comentários

"Yo no buscaba a nadie... y te vi"


("Un vestido y un amor [te vi]", de Fito Paez)

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A fala de Marina (ponto final)

Ainda sobre a fala da ex-senadora Marina Silva a respeito do deputado Marco Feliciano (PSC-SP): se ela afirmou que o parlamentar deve ser criticado por suas “posições políticas equivocadas” e não por ser evangélico, ela pressupõe sim que críticas estão sendo feitas pela condição religiosa dele.

Portanto, não foge muito do que se comentou a respeito da manifestação da ex-senadora.

E ainda que Marina tenha dito que não falou bem o que interpretaram, vale o que escrevi a respeito na ocasião: não se deve discriminar ninguém por suas crenças, como estabelece a Constituição, mas não se pode ignorar o fato - político - de que Feliciano usa politicamente a condição de pastor quando lhe convém.

sábado, 18 de maio de 2013 | | 0 comentários

A um amigo

Amigos de verdade são para sempre.

Não há distância que os separe, não há obstáculo que os afaste, não há tempo que os faça esquecer.

Por uma simples razão: amizades verdadeiras brotam do coração. E o que vive no coração é eterno.

Não há sentimento maior do que querer bem ao outro, torcer pela felicidade do amigo, regozijar-se pela alegria do amigo.

E neste momento, neste dia tão especial, só posso manifestar assim, publicamente, todo o meu desejo de felicidade para um amigo muito especial. Um amigo que compartilhou comigo bons e maus momentos, que me ajudou quando precisei, me ouviu, me orientou, que dividiu aventuras (lembra dos ratos em Amsterdã?), cervejas (lembra da noite fria em Londres?), projetos (lembra das pesquisas e reuniões para fazer um jornal melhor?), simplesmente foi amigo.

Você merece cada gota de alegria que respinga em sua vida, cada segundo de felicidade que o tempo lhe reserva.

Seja muito, muito feliz nesta nova fase.

É o que desejo de coração a você, meu amigo Cristiano Persona.

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Publicidade no espelho?

Não sei se o pior é quem colocou a placa deste modo (não houve nenhum efeito de câmera ou edição no computador) ou se quem a deixa assim numa revenda de marca tão relevante. Está lá em Fortaleza (CE):


* A foto é do amigo Thiago Mettitier

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Reflexão do dia

Na fadiga, pouso; no ardor, brandura; na dor, ternura.

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O medo das ditaduras

Jorge Rafael Videla, o maior símbolo da ditadura argentina do período 1976/83, morreu onde devia mesmo morrer: na cadeia.

Não é o caso de fazer um balanço do que foi esse terrível período da história argentina, prenhe, aliás, de períodos terríveis.

Só vou falar do medo, o medo tremendo que ditaduras injetam no corpo e na alma até de quem, como eu, nem argentino sou.

Medo que começou quando a sucursal da Folha em Brasília iniciou as gestões junto à embaixada argentina para que eu obtivesse o visto de residência, já que havia sido designado correspondente do jornal em "mi Buenos Aires querido".

Era 1980, Videla era o presidente de turno da ditadura. A informação inicial foi a de que não me dariam o visto porque eu não era jornalista, "era militante".

Não era exatamente mentira. Nunca militei em partido algum, mas militava, sim, como voluntário em defesa dos direitos humanos, sob o generoso guarda-chuva da Arquidiocese de São Paulo, então comandada por dom Paulo Evaristo Arns.

Ser carimbado como militante pela ditadura argentina equivalia quase a uma sentença de morte. Por isso, hesitei a princípio em assumir o posto, ainda mais pelo risco a que exporia a família.

Mas acabei indo, torcendo para que o fato de ser correspondente funcionasse como um habeas corpus preventivo, embora precário.

Funcionou em termos. Até que, um dado dia, apresenta-se em meu apartamento Eduardo Pereyra Rossi (sem parentesco), um dos sete "comandantes", como os Montoneros, o grupo peronista dedicado à luta armada, chamava seus principais líderes.

Era um dos sete homens mais procurados pela máquina de matar dos militares. Eduardo me fora apresentado em São Paulo, durante as férias, por um amigo comum.

Conversamos um bom tempo. Ao despedir-se, me pediu que eu observasse da sacada até que ele dobrasse a esquina. Se fosse preso antes, que eu fizesse a denúncia.

Eduardo, naquele dia, dobrou a esquina, mas uns dez dias depois, foi morto em um suposto "enfrentamiento".

Aí, começaram os problemas mais sérios. Primeiro, um roubo no apartamento, quando estávamos todos fora, em que levaram notas de US$ 50 e US$ 100, mas deixaram as de US$ 10. Você conhece ladrão comum que deixa notas de dólar encontradas na mesma gaveta em que estavam as roubadas?

O objetivo era deixar a mensagem de que eu estava sendo vigiado e podiam fazer o que quisessem. Após outro episódio similar, chamamos a polícia, que, porém, não procurou impressões digitais nas portas, alegando que em portas de madeira não ficam impressões digitais.

Depois, começou o seguimento na rua. Notei que um baixinho gordinho aparecia frequentemente em locais a que eu ia. Um dado dia, apareceu na porta da galeria em que ficava a lavanderia a que eu levava a roupa (a família estava de férias no Brasil).

Depois, reapareceu na estação do metrô perto de casa, e desceu na mesma estação que eu. Eu havia marcado encontro com um advogado (comunista) da Liga dos Direitos do Homem, num café da praça Lavalle, no centro.

Entrei no café, sentei e, pelos janelões, vi que ao baixinho gordinho se juntara um mais alto, espigado, de óculos escuros, bolsa tipo capanga embaixo do braço. Ficaram olhando para o café, e eu olhando para eles.

O advogado não apareceu. Deduzi que havia sido preso, que meu nome e telefone estavam na agenda dele e por isso eu estava sendo seguido.

Saí depois de uma hora de espera. Quando dei meia volta após um tumulto qualquer na pracinha, dei de cara com o baixinho gordinho, que me seguiu até o metrô.

Pouco mais tarde, vou almoçar no café da esquina de casa. Não demora e entram o baixinho gordinho e o da bolsa capanga. Não consigo comer, já aterrorizado.

Vou à sede da Liga dos Direitos do Homem, saber do meu amigo advogado. Não estava, não aparecia havia dias. Parecia confirmar-se a minha dedução sobre sua prisão.

Desço e, no térreo, ao fechar a porta pantográfica do elevador (prédio antigo, elevador antigo), dou de cara com um gigante de 2 metros de altura. Pensei: "Agora, engrossaram e mandaram um bem grandão para me fazer desaparecer". Era apenas a minha imagem no espelho. O episódio me ensinou o efeito devastador que o medo provoca, em situações que você não pode controlar.

Folha achou prudente antecipar viagem já programada para a América Central para cobrir as guerras em andamento. Fui e mesmo tendo caído em fogo cruzado em El Salvador, eu ao menos sabia quem era quem e de onde vinha o perigo.

Na guerra argentina, o terror era promovido pelas sombras de um Estado tomado por uma máquina de matar.

PS - Meu amigo advogado tinha apenas ido visitar a mãe doente no interior.

Fonte: Clóvis Rossi, “Sofri o medo que as ditaduras injetam no corpo e na alma”, Folha de S. Paulo, Mundo, 18/5/13.

PS: embora este blog não tenha finalidade comercial, sigo a regra determinada pela “Folha” - para preservar direitos autorais - a respeito da republicação de seu material (dois parágrafos, com link para o original). 

Neste caso, porém, dada a importância do tema, decidi postar o texto na íntegra. Ele só é compreensível se toda a história for contada. 

Além disso, serve de lição para que NUNCA MAIS alguém seja perseguido, preso, torturado e morto apenas por exercer o sagrado direito de discordar.

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Onde estão os "M"?

Zapeando pela TV na casa de um amigo, em menos de cinco minutos me deparei com dois erros em textos da Record e Record News:



O correto é "CresceM os casos de escravidão" e "GarçoM".

Será que está faltando gente qualificada para trabalhar por lá...?

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Duas palavras (e um sentido)

Às vezes o que a gente espera é simplesmente um "Bom dia!"

quinta-feira, 16 de maio de 2013 | | 0 comentários

Direto do toca-CD (36)

Se um veleiro
Repousasse
Na palma da minha mão
Sopraria com sentimento
E deixaria seguir sempre
Rumo ao meu coração...

Meu coração
A calma de um mar
Que guarda tamanhos segredos
Diversos naufragados
E sem tempo...

Rimas, de ventos e velas
Vida que vem e que vai
A solidão que fica e entra
Me arremessando
Contra o cais...

(“Porto Solidão”, de Zeca Bahia e Gincko)

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Imagens que inspiram


Vista a partir de um antigo píer perto da praia de Iracema, em Fortaleza (CE).

* A foto é do amigo Thiago Mettitier

quarta-feira, 15 de maio de 2013 | | 0 comentários

Carta aberta à ex-senadora Marina Silva

Digníssima senhora Marina Silva,
Ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente

Sua história de vida é exemplar. Suas lutas e suas conquistas são louváveis. Seu idealismo é contagiante e promissor. Seu trabalho é frutífero. Isto tudo, porém, não significa que a senhora não cometa erros de avaliação. E, creio, cometeu ao abordar a questão envolvendo o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), recém-eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

A senhora vem dizendo por aí (falou em pelo menos duas ocasiões, terça-feira 14/5 e quarta-feita 15/5) que  Feliciano "está sendo criticado por ser evangélico, e não por suas posições políticas equivocadas". "A gente acaba combatendo preconceito com outro. Porque se ele fosse ateu, eu não gostaria de combater as posições equivocadas dele dizendo que era porque ele era ateu", afirmou.

Cara senadora: o deputado em questão não está sendo criticado por ser evangélico. A senhora está enganada. Feliciano foi alvo de denúncia da Procuradoria-Geral da República ao STF (Supremo Tribunal Federal) requisitando a abertura de inquérito por supostamente ter difamado colegas parlamentares e, tão grave quanto isto, manter como servidores públicos possíveis "fantasmas".

Conforme a denúncia, membros da Catedral do Avivamento (denominação religiosa comandada por Feliciano) em Franca, Ribeirão Preto, São Joaquim da Barra e Orlândia ganham salário como funcionários da Câmara dos Deputados, mas não exercem expediente.

Além disso, o mesmo deputado é processado sob acusação de estelionato. O caso está no STF já que, como parlamentar, Feliciano dispõe de foro privilegiado.

Embora seja verdade que, conforme a Constituição, todo cidadão tem direito ao contraditório (o deputado nega as acusações) e é considerado inocente até o trânsito em julgado de um caso (quando não há mais chance de recursos), tampouco se pode ignorar graves acusações que se apresentam contra um parlamentar cuja missão é representar o povo.

Assim, não se pode dizer que as cíticas a Feliciano se devem à sua condição de evangélico.

Aliás, quando interessa e convém, o deputado usa a condição de pastor a seu favor, acrescentando tal alcunha ao seu nome durante a campanha eleitoral. Quando torna-se alvo de críticas e denúncias, atribui isto a uma perseguição, como se o fato de ser pastor agora se tornasse um "ônus" do ponto de vista político.

Há ainda a questão das manifestações preconceituosas de Feliciano a respeito de negros (a quem chamou de "amaldiçoados" segundo a Bíblia) e homossexuais, cujo mérito considero desnecessário discutir.

Cara senadora: a senhora tem total razão quando defende a laicidade do Estado brasileiro e prega que nenhum cidadão deve ser "julgado" ou criticado por sua posição religiosa. Tampouco, aliás, como estabelece a Constituição em seu artigo 3°, que trata dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, deve-se discriminar alguém por sua origem, raça, sexo, cor, idade ou qualquer outra questão.

Não custa lembrar que está no preâmbulo de nossa Carta Magna que o Estado Democrático deve assegurar "a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos".

Assim, creio que a senhora deveria, neste caso, somar a relevância de sua voz à luta em favor das liberdades e dos direitos das minorias, da justiça e do fim dos preconceitos, como sempre fez, causa que parece-me não se refletir nas palavras e ações do referido deputado.

Sem mais,

Rodrigo Piscitelli
Cidadão brasileiro

PS (acrescentado em 17/5) - Marina diz que não mudou de opinião sobre pastor Feliciano

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Meio & mensagem

Assistindo à TV, deparo-me com uma propaganda do History Channel que diz o seguinte: "É tempo de pensar grande, sonhar o impossível, escrever a nossa própria história".

E eu só posso ter uma reação: aff...!!!

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Dúvida cruel

Uma dúvida me atormenta há um ano: alguém sabe dizer quem é este "famoso" ator que eu encontrei numa gravação no Rockfeller Center, em Nova York (EUA), em abril de 2012?

Pela quantidade de gente que estava lá atraída (e, no caso das mulheres, suspirando...) pelo jovem ele realmente deve ser famoso, mas eu não o conheço.

Mariele Parronchi, você pode me ajudar?







PS 1: sim, eu perguntei quem era, mas não entendi o nome - nem dele nem do seriado que estava sendo gravado.

PS 2: Danilo Fernandes, olha o "naipe" da câmera!

PS 3 (acrescentado em 16/5): as respostas à dúvida já foram dadas. Elas podem ser vistas no campo de mensagens desta postagem.

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Frase

"Bem, a verdade vem da incerteza. Ninguém vai compreender as coisas por você."
Cat Power, cantora norte-americana, em entrevista à "Folha de S. Paulo"

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Dúvidas futebolísticas

Recente reportagem do UOL Esporte revelou que as dívidas dos 12 maiores clubes de futebol do Brasil fecharam 2012 totalizando incríveis R$ 4,6 bilhões.

Dos cinco primeiros colocados no ranking, quatro são cariocas – o que escancara os desmandos do futebol naquele estado nas últimas três décadas (alguns clubes, como o Botafogo, apostam agora numa gestão mais profissional).

Diante disso, é inevitável perguntar:

1 - Como pode um clube como o Flamengo, líder do ranking com uma dívida de R$ 758 milhões (basicamente o orçamento para 2013-14 de Limeira, uma cidade de quase 300 mil habitantes), fechar um contrato de patrocínio de R$ 25 milhões com a Caixa Econômica Federal (ou seja, dinheiro público, meu, seu, de todo contribuinte brasileiro)? Aliás, é cômico saber que o clube obteve do governo federal certidão negativa de débitos...

2 - Como pode este mesmo clube fazer, como fez nos últimos anos, algumas das contratações mais caras do futebol brasileiro, como as do meia Ronaldinho Gaúcho e do atacante Vágner Love?

3 - Como pode um país sediar uma Copa do Mundo sabendo que seu principal esporte apresenta este tipo de balanço financeiro? Tais balanços não são evidências mais do que claras de como o futebol é gerido (ou mal gerido) no país?

4 - Como podem clubes receberem empréstimos milionários do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), dinheiro público mais uma vez, com balancetes assim?

5 – Se o futebol movimenta milhões e os clubes estão com dívidas desse nível, muitos em situação quase falimentar (caso do Flamengo), nas mãos de quem está o principal esporte do país?

Em tempo: como este blog já destacou, o governo federal estuda uma medida provisória para perdoar até 90% das dívidas dos clubes. Mais uma vez, dinheiro público – meu, seu – indo para o ralo da má gestão e da politicagem...

terça-feira, 14 de maio de 2013 | | 0 comentários

Muito prazer, Lucy!

Meu primeiro encontro com Lucy foi em setembro de 2009 em Nova York, nos Estados Unidos. Ela estava lá, toda exibida e iluminada. E não era para menos: pela primeira vez a "jovem" visitava aquele país em milhões de anos. Isto mesmo!

Para quem não sabe, Lucy era até pouco tempo o exemplar mais antigo de hominídeo já descoberto. Sua idade: 3,2 milhões de anos. Embora esqueletos mais antigos tenham sido encontrados nos últimos tempos, Lucy continua sendo a mais famosa. Ela foi achada em 1974 num deserto da Etiópia, na África. Trata-se de uma espécime do Australopithecus afarensis, um ancestral do Homo sapiens.

Quando a vi, Lucy era destaque de uma exposição no recém-aberto Discovery Times Square Exposition, um museu diferenciado que leva a chancela – como o nome indica – do Discovery Channel. Ela ficou em NY entre 24 de junho e 25 de outubro de 2009. Na mesma época, o mesmo lugar exibia também uma exposição sobre o Titanic.


Era a primeira vez que o famoso esqueleto deixava o Museu Nacional da Etiópia, em Addis Abeba, para ir aos EUA. A turnê norte-americana – chamada “Lucy´s Legacy: the hidden treasures of Ethiopia” ("O legado de Lucy: os tesouros escondidos da Etiópia") - durou ao todo seis anos e gerou muita polêmica (parte dos cientistas temia que pudessem ocorrer danos na ossada).

Lembro bem da emoção que senti ao me deparar com Lucy. Ela estava bem à minha frente, deitada tranquilamente. Quase podia tocá-la. Perguntei a um vigilante que guardava a sala se o esqueleto era original. Ele respondeu positivamente. E eu tive a certeza de que parte importante da nossa história, da aventura humana pela Terra, passava por aqueles pequenos fragmentos de ossos (o esqueleto não está completo, provavelmente devido ao desgaste do tempo).

Tudo isto me veio à mente dia desses quando eu assistia na TV a um documentário sobre a evolução humana. O programa especial citava uma série de pesquisas e descobertas feitas ao longo das últimas décadas e levantava uma questão: há uma “lacuna” na história da evolução que a ciência ainda não conseguiu explicar.

Em que momento, afinal, ganhamos o nível de consciência que atingimos como seres humanos? Se temos raízes tão comuns com os macacos (ou com os símios em geral), por que eles também não evoluíram da mesma forma? Por que, por exemplo, “abrimos mão” (popularmente falando) dos pelos se buscamos cobertores peludos para nos aquecer? Não seria isto uma “falha” de acordo com os princípios da evolução?

Do ponto de vista espiritual, uma resposta para estas perguntas pode ser encontrada no livro clássico “Os exilados da Capela”.

Naturalmente, a ciência não crê nas explicações dadas no livro de cunho espírita (embora elas busquem amparo científico).

O fato é que a ciência ainda não respondeu à perturbadora pergunta: em que momento e de que forma foi dado o “salto” evolutivo do hominídeo para o ser humano do ponto de vista da mente?

No aspecto físico, sabe-se que os hominídeos tinham postura quase ereta, caminhando sobre duas pernas, daí a classificação que os coloca como ancestrais do homem, mas e a consciência humana, que lugar ocupa na história da evolução?

Eis uma pergunta que Lucy não foi capaz de responder.

Em tempo: tive o prazer de reencontrá-la no ano passado no Field Museum, em Chicago (EUA). Era uma réplica, como soube depois, mas ainda assim foi um reencontro de fortes sentimentos e emoções. Ao menos dessa vez pude fotografá-la (as fotos eram proibidas na exposição em NY, já que se tratava do esqueleto original).



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segunda-feira, 13 de maio de 2013 | | 0 comentários

Sobre arrependimento e perdão

Todo mundo conhece uma velha expressão popular: “se arrependi­mento matasse…”

Acontece que arrependimento mata, se não procurarmos consertar o mal que fizemos. Ninguém pode se arrepender, e pronto. É preciso fazer alguma coisa, ou o remorso vai corroer nossas vidas. Só o desejo de agir justifica o pensamento sobre uma ação já executada.

Sempre é possível pedir perdão, reparar um mal, recuperar algo que destruímos - mesmo quando a morte já se colocou entre nós e a pessoa a quem causamos mal. Neste caso, oramos pedindo que nos desculpe, e procuramos fazer um bem desinteressado a outro, oferecendo a tarefa em intenção de sua alma.

Sempre é possível fazer alguma coisa.

Fonte: blog do Paulo Coelho, “Do arrependimento”, postado em 12/5/13.

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"Quem quer viver para sempre?"

(...) Os projetos que fazemos; as viagens com que sonhamos; os amores que temos, perdemos, procuramos; e até a descendência que deixamos - tudo isso parte da mesma premissa: o fato singelo de não termos todo o tempo do mundo.

Vivemos, escolhemos, amamos - porque temos urgência em viver, escolher e amar. Se retirarmos a urgência da equação, podemos ainda viver eternamente.

Mas viveremos uma eternidade de tédio em que nada tem sentido porque nada precisa ter sentido. Sem a importância do efêmero, nada se torna importante. (...)

Fonte: João Pereira Coutinho, Folha de S. Paulo, Ilustrada, 7/5/13 (leia a íntegra aqui).

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Um passeio por São Paulo


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Constatação

Hoje bati o recorde de inatividade. Aff...

sábado, 11 de maio de 2013 | | 0 comentários

Agora, Alckmin tem que falar!

Já usei este título neste blog para uma outra situação. Recorro a ele novamente em razão de recente discurso do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Durante evento de lançamento de um programa estadual, o tucano resolveu ter um acesso de sinceridade. Deixou de lado a demagogia típica dos políticos e falou o que todos os cidadãos sabemos - embora muitos prefiram ignorar. Disse textualmente:

"(O) povo não sabe de um décimo do que se passa contra ele. (...) Se não, ia faltar guilhotina para a Bastilha, para cortar a cabeça de tanta gente que explora esse sofrido povo brasileiro."

"O sujeito fica rico, bilionário, com fazenda, indústria, patrimônio e não acontece nada. E o coitado do honesto é execrado. É desolador. (...) A corrupção, o paraíso é o Judiciário. Todo mundo diz: 'Na hora que for para Justiça vai resolver'. Vai levar 20 anos."

Pois bem: agora que Alckmin resolveu ser sincero deveria fazer o serviço completo. Se sabe o que nós, povo, não sabemos (ou sabemos apenas um décimo), que fale!

A que exatamente ele se referia?

O povo tem o direito de saber!

Em tempo: questionado pela imprensa no evento, o governador não quis comentar as declarações.

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E o novo WTC vem aí!

Não se pode dizer que os norte-americanos não sejam obstinados. Pouco mais de uma década após os atentados terroristas de 11 de Setembro, que destruíram as torres gêmeas do World Trade Center, ícones da paisagem de Manhattan, em Nova York, eles acabaram de colocar a última parte da antena-torre sobre o novo WTC.

Com isso, o prédio atinge a altura de 1776 pés (ou 541 metros - a medida usada nos EUA é em pés e não metros; repare que a altura foi calculada para coincidir com o ano da independência do país, mais uma resposta simbólica e patriótica aos terroristas). É o edifício mais alto do Ocidente.

Um ano atrás, quando lá estive, o prédio já dominava - imponente como o antigo WTC - o '"skyline" da cidade:



Em tempo: a área onde ficavam as torres gêmeas sedia atualmente um memorial em homenagem aos mortos nos ataques terroristas.

* As fotos são de Carlos Giannoni de Araujo, com quem fiz a viagem

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Pensando alto (5x)

O que poderia ter sido...

O que poderia ter sido...

O que poderia ter sido...

O que poderia ter sido...

O que poderia ter sido...

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"Epitáfio"

Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...

Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração...

(...)

Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...

Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...

O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...

(De Sérgio Britto)

sexta-feira, 10 de maio de 2013 | | 0 comentários

Viajando pela NBA (2)

Jogo da noite: Chicago Bulls x Miami Heat. Playoff da Conferência Leste da liga profissional de basquete dos Estados Unidos, jogo 3 (a série estava empatada em 1 a 1). 

Senti de novo, como relatado na primeira postagem, uma emoção diferente, desta vez por "rever" o United Center - e lembrar que praticamente um ano atrás eu estava lá assistindo ao jogo, como mostrado no blog Piscitas - travel & fun.

Eis o gigante United Center (bem afastado do centro de Chicago) visto a partir do observatório da Willis Tower:


E agora visto mais de perto:


Na torcida do jogo em abril de 2012, o pai e o filho vestidos a caráter:



E durante a transmissão do jogo pela TV pude também rever o belo "skyline" noturno da belíssima Chicago - que logo reencontrarei.

 

As imagens acima foram feitas a partir do observatório do edifício John Hancock:



Em tempo: o jogo terminou 94 a 104 para o Miami.

* Leia mais sobre Chicago aqui.

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Futebol na TV aberta está ficando chato

Está ficando quase insuportável assistir a jogos de futebol na TV aberta. Falta emoção, sobram falas inúteis (agora a Globo inventou de ficar levando "convidados" para as partidas, como se já não houvesse gente suficiente na equipe para ficar falando...). Não percebem que as falas em demasia tiram a emoção da disputa?

E por que, afinal, os narradores não narram? Está se tornando comum perderem lances de gol porque no lugar de narrar os jogos ficam fazendo comentários, observações, etc. Quando se dão conta a bola já está na rede e aí simplesmente soltam o grito de "golllll!!!".

Sem contar as perguntas (geralmente tolas) de telespectadores apresentadas durante as partidas.

Essa gente viaja sempre para a Europa e os Estados Unidos e não aprende como se narra de verdade um jogo de futebol.

Em tempo: com a proximidade da Copa das Confederações e da Copa do Mundo e a (re)inauguração de estádios país afora, qualquer mequetrefe virou "arena". Aliás, o Brasil não tem mais estádios, agora só possui arena. Já virou mania: "Arena Joinville", "arena isto, "arena aquilo"...

quarta-feira, 8 de maio de 2013 | | 0 comentários

Pensando alto

Há noites que são praticamente perfeitas...

Na solidão busco força e motivação!

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Sentimentos

Saudades imensas tenho sentido.

Quem disse que saudade é um sentimento bom esqueceu de explicar que ela dói...

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Imagens que inspiram


Praia de Cumbuco, Ceará.

* A foto é do amigo Thiago Mettitier

PS: estava inspirado o rapaz, hein Bárbara (rs)?!

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Observações políticas de um cidadão

Quando escrevi neste blog a respeito do início do governo Paulo Hadich (PSB), citei uma ou duas vezes que o prefeito colhia um fruto que ajudou a plantar: o da nova mentalidade de Limeira, uma cidade que já não suporta com tanta facilidade tantos desmandos.

Pois bem: a Câmara Municipal está prestes a cassar um vereador - com menos de seis meses de legislatura!

***

Ainda na Câmara, dois vereadores - um já experiente, outro novato - têm se destacado pela atuação firme que se exige de um parlamentar: José Roberto Bernardo (DEM), o Zé da Mix, e Wilson Nunes Cerqueira (PT). O primeiro é da oposição, o segundo é da base governista. 

A atuação de ambos, porém, mostra que é possível desempenhar um bom trabalho em favor da comunidade independentemente das disputas políticas e colorações partidárias.

***

E parece crescer a impaciência com o aparente marasmo do governo Hadich. As cobranças começam a aumentar.

Em tempo: quando menciono aparente marasmo não significa que esta seja a minha opinião. Tenho acompanhado, com certa distância é verdade, os bastidores do governo e sei que o prefeito tem se movimentado para "arrumar a casa". Contudo, esta percepção não tem sido compartilhada por parte da comunidade.

E a imprensa?

***

Estou convencido que os problemas das cidades brasileiras em geral exigem soluções ousadas e com certo grau de radicalismo até. A mesmice não levará nossos centros urbanos a lugar algum. 

Soluções ousadas exigem coragem e desprendimento.

Em tempo: este comentário não guarda relação direta com a administração limeirense, citada nos blocos anteriores. Vale para o Brasil em geral - Limeira incluída.

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"Uma arte"

A arte de perder não é nenhum mistério;
tantas coisas contêm em si o acidente
de perdê-las, que perder não é nada sério.

Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero,
a chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.

Depois perca mais rápido, com mais critério:
lugares, nomes, a escala subsequente
da viagem não feita. Nada disso é sério.

Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.

Perdi duas cidades lindas. E um império
que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.

(...)

(Elizabeth Bishop, tradução de Paulo Henriques Britto)

segunda-feira, 6 de maio de 2013 | | 3 comentários

Homens trabalhando

Os flagrantes a seguir foram feitos recentemente no Ceará:



E não ouse dizer que o Gleidison (não sei se é assim que se escreve, mas é assim que fala), o sujeito da foto acima, não está trabalhando.

É trabalho sim viu Danilo Fernandes! O sujeito faturou R$ 50 de dois paulistas "bicho do mato" só para levá-los até umas dunas e esperar algum tempo para um mergulho numa lagoa.

Sem carteira assinada, nada de décimo-terceiro salário, FGTS, férias (precisa?), sem patrão nem remuneração fixa, mas tente imaginar pela foto se o sujeito está feliz...

* As fotos são do amigo Thiago Mettitier - que, por acaso, era um dos paulistas "bicho do mato"