terça-feira, 5 de março de 2013 | |

Quando o provincianismo limeirense aparece...

Limeira avança em diversas áreas, mas não deixa de demonstrar um certo provincianismo irritante.

A ascensão de um novo grupo ao poder político da cidade trouxe isto um pouco mais à tona.

Muitas das chamadas “forças vivas” da cidade e dos chamados “formadores de opinião” sempre cobraram mudanças em setores da vida pública. Um exemplo? A gestão da pasta de Esportes. Sempre ouvi dizer que a secretaria municipal da área era tímida, para não dizer ineficiente. Sobravam queixas de todos os lados.

Aí quando o prefeito resolve mexer, surge uma saraivada de críticas.

Sei que o ser humano é resistente a mudanças, mas seria muito exigir um mínimo de coerência daqueles que sempre cobraram isto?

Não estou defendendo pessoas, sequer conheço os novos membros da pasta de Esportes e considero ainda cedo para qualquer avaliação, mas não posso deixar de atribuir as críticas ao provincianismo.

Também não entendo a resistência à ocupação de calçadas por bares e lanchonetes. Tampouco as restrições a alvarás de funcionamento em alguns lugares que claramente se tornaram corredores de entretenimento, como a avenida Saudades e a rua Farmacêutico Jacob Fanelli.

Que me perdoem todos que moram próximos (eu moro!), mas é inaceitável que o desenvolvimento de uma cidade seja bloqueado em razão do interesse de alguns.

Em qualquer lugar do mundo, cidades com entretenimento e lazer desenvolvidos têm nas calçadas em frente a bares, padarias e lanchonetes um saudável espaço de convivência coletiva – que, aliás, é a função primordial das cidades, serem espaços de convivência.

Se há abusos, que se normatize, mas sou contra simplesmente proibir que as calçadas sejam ocupadas.

Há lugares, como na avenida Maria Buzolin, onde o dono de um bar fez melhorias no passeio público– inclusive com uma rampa para cadeirantes. Lá, a calçada é larga e permite tranquilamente o uso por mesas e pedestres. Mesmo assim, ele vem sendo cobrado por fiscais da prefeitura.

Será que Limeira pode definitivamente pensar grande? Até quando o provincianismo vai prevalecer?

Nesta tarefa, a de mudar pensamentos e enfrentar resistências, a participação do poder público (sendo mais direto, do prefeito) é fundamental.

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