quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013 | |

Hierarquia das relações

Ao longo da vida, fui criando uma espécie de hierarquia para minhas relações pessoais. Sei que pode soar pragmático ou racional em demasia, mas isto me ajuda a entender as pessoas com quem convivo. Elas são classificadas como:

CONHECIDO (A) - aquela pessoa que a gente sabe quem é, encontra ocasionalmente (ou nem isto), mas a conversa não vai além de um bate-papo casual e raso;

COLEGA - aquela pessoa que a gente encontra com certa frequência numa atividade qualquer (reunião de grupos, igreja, clubes, etc ou mesmo numa mesa de bar), conversa, dá risada, conta casos, mas o papo mantém-se num nível superficial;

COLEGA DE TRABALHO - basicamente o mesmo do anterior, apenas fazendo a distinção de que são as pessoas com quem convivemos diariamente nas nossas atividades profissionais;

AMIGO (A) - aquela pessoa com quem a gente curte estar, faz questão de dividir bons momentos e sabe que pode ocasionalmente contar com ela em alguns momentos difíceis, conforme a "especialidade" (há as que ajudam em questões profissionais, em questões familiares, enfim). Esta relação necessariamente exige confiança, pois é com essa pessoa que a gente desabafa e divide algumas angústias. Estando numa mesma cidade, os encontros são frequentes porque amigos curtem compartilhar;

AMIGO-IRMÃO - esta é uma categoria especial de amigo. Tem todas as características da anterior, com alguns sutis diferenças. Esta pessoa divide TODOS os bons e maus momentos, está do nosso lado em qualquer ocasião. Há uma cumplicidade e uma confiança vital (pode-se entregar senha de banco, etc, que não haverá problema). Não existe segredo entre amigos-irmãos. Um amigo-irmão necessariamente se preocupa com o outro e não existe obstáculo no mundo que o impedirá de oferecer ajuda num momento difícil. Costuma-se ter uma sinergia de pensamento (o que não significa pensar igual, aliás as divergências de ideias são saudáveis) elevada e um elo espiritual forte.

Importante: uma pessoa pode "ascender" na escala das relações. De conhecido passa a colega, daí para amigo, etc. Poucos, porém, fazem essa escalada. A maioria esmagadora permanece nos três primeiros níveis. Poucos se tornarão amigos e raros virarão amigo-irmão.

É raro alguém fazer o caminho inverso, passar de amigo-irmão ou mesmo amigo para colega ou mero conhecido, mas acredite: acontece. Já vivi isto... Parece difícil explicar como alguém que atingiu nível tão elevado pode "cair", mas ocorre. O primeiro passo para isto é deixar a relação esfriar.

PS: há quem acrescente à lista uma outra classificação, a do inimigo. Trata-se daquela pessoa que você não aprecia, geralmente não quer sequer encontrar e, em alguns casos, pode até nutrir maus pensamentos (como de ódio ou vingança). Eu prefiro não incluir esse nível na minha classificação.

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