quarta-feira, 24 de outubro de 2012 | |

Recriação

"Pensar? O que isso tem a ver com pensar? Quando você dispensou um pensamento a alguém que não fosse você mesmo?" (p. 115)
"Toma o dinheiro. Me passa a droga. Depois você pode fazer de novo aquele negócio com a língua?" (p.116)
E quando chegou o momento da separação (...), enquanto o observava afastar-se, (...) dominou-a uma tristeza que se assemelhava muito a amor. (p. 117)
Mesmo que houvesse lutado para dar sentido à própria vida, para dar-lhe uma forma simples, clara - e, sim, honrada - (...), fragmentos indesejáveis de seu passado vieram à tona, assuntos desagradáveis ao seu olhar interno (...). (p. 123)
Tad não acreditava que um relacionamento de tamanha intensidade fosse isento de desejo. (p. 124)
"Você disse que precisava me ver."
"Eu disse isso? Precisava? Pensei que precisar fosse mais o seu jogo." (p. 126)
"Tenho certeza de que não existe dificuldade que não possa ser superada", ela contrapôs.
"Não tenho tanta certeza disso. As coisas têm andado um pouco complicadas."
(...)
"Nós sem dúvida podemos esquecer tudo isso. Começar de novo", sugeriu ela. Será que ele percebia o tom patético de súplica na voz dela? (p. 127)
Annalena McAfee, “Exclusiva”

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