quarta-feira, 29 de agosto de 2012 | |

De onde vem, afinal, o dinheiro das campanhas?

Na CPI do Cachoeira, em Brasília, o ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot, afirmou que o senador cassado Demóstenes Torres (sem partido) pediu-lhe que favorecesse a empreiteira Delta em obras do governo federal. “Ele me disse: ‘Tenho dívidas com a empresa Delta, porque ela apoiou minha campanha. Preciso ter obra com meu carimbo’”, segundo o G1.

No julgamento do “mensalão” também em Brasília, vai ficando claro que o PT montou um grande esquema de compra não só diretamente de votos, projeto a projeto, mas principalmente de apoio político ao governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (que dizia nada saber a respeito). E o pior: com dinheiro público, saído dos cofres do Banco do Brasil.

Em Limeira, os bastidores das campanhas eleitorais fervem com boatos sobre apoio de empresas a determinados candidatos – verba “não contabilizada”, no jargão petista para o tal “mensalão”. O caso chegou a ser tratado de modo direto no horário eleitoral gratuito por um dos candidatos a prefeito, que confirmou sua manifestação ao blog “Limeira 2012”.

Pois bem: até quando os brasileiros teremos que assistir a uma sucessão de escândalos de corrupção pelos quatro cantos do país, todos com a mesma raiz, qual seja, o financiamento escuso das campanhas eleitorais?

Ou alguém ainda é inocente de imaginar que os valores declarados pelos candidatos (eleitos ou não) à Justiça Eleitoral são verdadeiros?

Pura peça de ficção!

Este blog já registrou a fala do prefeito cassado Silvio Félix (PDT), quase uma confidência, nos bastidores de um programa de televisão. A conta para eleger o próximo prefeito de Limeira, segundo o pedetista, chegaria a R$ 5 milhões. Quem pagaria agora cobraria depois.

É bom o eleitor ficar de olho. Em Limeira e em todo o Brasil. O financiamento das campanhas tem custado muito caro à sociedade. E os políticos não parecem nem um pouco dispostos a mudar a forma de fazer política – ou seja, a propalada reforma política seguirá eternamente como uma ideia.

Alguém se habilita a propor alguma alternativa para este cenário sombrio ou seguiremos todos acreditando em Papai Noel?

Em tempo: feliz Natal!

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