domingo, 30 de outubro de 2011 | | 0 comentários

"Game over"

Por mais que vivamos em sociedade, que tenhamos laços familiares e de amizade, no fundo somos sempre sozinhos. Porque a vida de cada um de nós, por mais que esteja ligada à de outras pessoas por relações diversas, será sempre única e individual.

Há, obviamente, diversos graus de individualismo. A forma como lidamos com essa questão varia de pessoa para pessoa. O fato é que, na luta diária pela sobrevivência, cada um é cada um. Cada um defende o seu.

Será isto um erro? Não sei. Cada pessoa tem seus próprios interesses e luta por eles. Abrir mão de algo em prol de outra pessoa é uma atitude rara, muito rara (ainda mais nos dias de hoje).

O fato é que às vezes esperamos demais da vida, mais do que ela realmente pode nos dar. Esperamos demais das pessoas, mais do que realmente elas podem nos oferecer. Esperamos demais das empresas e instituições, mais do que elas podem nos apresentar. E pagamos um preço por isso.

Às vezes você precisa de uma palavra, e ela não vem. Você precisa de um ouvido, e ele não aparece. Simplesmente porque as coisas não são como a gente quer (ou espera) nem acontecem na hora em que a gente quer (ou necessita).

Contudo, como a vida é um grande aprendizado, os fatos servem para que tiremos lições. Por exemplo: você não pode esperar que os outros façam por você o que você faria por eles. Você também não pode exigir que os outros ajam como não querem agir. Você não pode exigir que os outros sacrifiquem-se por você.

Afinal, cada um é cada um e cada um luta pelo seu.

O que nos resta, pois? Ter consciência de que, na caminhada da vida, vamos nos deparar com dezenas, centenas de pessoas. Algumas vão estender a mão em alguns momentos, outras nunca farão isso em momento algum. Mas, no fundo, o único que pode dar um passo somos nós. Apenas nós.

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Saboreando

Um chopinho de leve, só para refrescar e animar o fim de semana (o que, diga-se, foi muito, muito, muito difícil...):


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Frase (ou lições de jornalismo)

É preciso cuidado com a cultura do escândalo. Acusação baseada em uma só fonte, sem documentos, é o início do trabalho do repórter, não o seu fim - mesmo no noticiário político, onde, infelizmente, se atira a esmo e se acertam mais corpos do que se esperava.
Suzana Singer, ombudsman da “Folha de S. Paulo”, em sua coluna deste domingo, 30/10 (para ler na íntegra, clique aqui – é preciso ter senha do jornal ou do UOL)

sábado, 29 de outubro de 2011 | | 0 comentários

William e Brenda

William e Brenda marcaram seu amor
Um amor de tarde, quem sabe
Quem sabe um amor de verão
Um amor eterno enquanto dure
Um amor de amigo, um amor de irmão.

William e Brenda riscaram seu amor
Feriram, cortaram, tiraram a seiva
Para declarar ao mundo uma união
Efêmera ou duradoura, só o tempo dirá
O tempo que é senhor da razão.

William e Brenda declararam seu amor
Sonharam, casaram até, quem sabe
Ou se despediram após um “não”
Mas o amor deles segue escrito
Numa inocente árvore, a mão.


PS: a foto foi tirada no Parque Cidade, em Limeira.

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Música para uma alma inquieta

Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso,
Só que agora é diferente:
Sou tão tranquilo e tão contente.

Quantas chances desperdicei,

Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém.

("Quase sem querer", de Dado Villa-Lobos, Renato Russo e Renato Rocha)


PS: ao procurar outra música para postar, descobri que já a tinha colocado aqui em 2009. Sinal de que inquietudes de antes estão de volta (ou nunca se foram?)...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011 | | 0 comentários

A arte de Romero Britto

Artista brasileiro de renome internacional, Romero Britto tem uma loja numa famosa via de Miami, na Flórida (EUA). Fui até lá numa manhã nublada para, quem sabe, encontrar alguma peça de valor acessível para o meu modesto bolso. A loja estava fechada. Pela vitrine, das poucas peças que vi, a mais barata era um pequeno boneco: US$ 250 (algo em torno de R$ 450 pela cotação de hoje). 

Desisti de pensar em comprar algo (não que o preço fosse exorbitante, apenas não era possivel gastar aquele valor naquele momento), mas sigo sonhando. Admiro há tempos o trabalho de Romero Britto, principalmente pelo colorido que possui e pela alegria que transmite.



O artista, porém, não é unanimidade (aliás, ninguém é...) - como se vê no texto deixado no vidro molhado da vitrine (a tradução é "eu odeio este cara").


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Música para refletir

Calm down
Deep breaths
And get yourself dressed instead
Of running around
And pulling all your threads saying
Breaking yourself up

If it's a broken part, replace it

If it's a broken arm then brace it
If it's a broken heart then face it

And hold your own

Know your name
And go your own way

And everything will be fine

Everything will be fine

Hang on

Help is on the way
Stay strong
I'm doing everything

("Details in the Fabric", de Jason Mraz)

terça-feira, 25 de outubro de 2011 | | 0 comentários

Frase

"A vida é assim, num dia morde, no outro assopra..."
Júlia, personagem de Adriana Esteves na novela "Morde & Assopra", da TV Globo

segunda-feira, 24 de outubro de 2011 | | 0 comentários

Novos pitacos pré-eleitorais

As recentes e frequentes manifestações do prefeito Silvio Félix (PDT) sobre o perfil do candidato que apoiará nas eleições de 2012 têm um foco direto e um indireto.

O foco direto é o próprio futuro candidato (já que Félix ficou sem ninguém para apoiar, terá que apresentar um nome novo, “não viciado, não político de carreira”, como tem dito).

Ao mesmo tempo, porém, Félix acerta seu ex-aliado e um dos favoritos para 2012, Eliseu Daniel dos Santos (DEM), conhecido por ser um político de carreira.

Félix não é bobo, pode ter certeza que é um recado indireto para o eleitor.

Quem conversa com o prefeito sabe bem o que ouve dele sobre Eliseu...

Em tempo: já ficou chata a barra forçada pré-eleitoral em parte da mídia em favor do empresário Lusenrique Quintal (PSD), dono de uma emissora de TV e de uma rádio em Limeira. Seja o assunto que for, lá está ele dando seus palpites. Fora as “levantadas” forçadas de bola que recebe do “estafe”. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011 | | 0 comentários

Jogo de palavras

O que tenho, não posso.
O que posso, não quero.
O que quero, não tenho.

Ter, querer, poder.
Poder querer ter.
Querer ter poder.

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A questão do ICMS: uma discussão necessária

No momento em que o Congresso brasileiro discute a polêmica repartição do dinheiro do pré-sal entre os entes da federação, um outro tema bem que poderia entrar em pauta: o repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) aos municípios.

O sistema atual – que privilegia o vigor econômico das cidades, o que é parcialmente justo – apresenta claras distorções. Na nossa região, o exemplo mais acabado é Paulínia. Desmembrada de Campinas há algumas décadas, o município sedia desde 1973 uma unidade da Petrobras, a Replan – aliás, a maior unidade de refinamento de petróleo da estatal brasileira.




O setor petroquímico garante a Paulínia uma posição privilegiada na receita do ICMS. Vejamos: até outubro, a cidade recebeu R$ 440,8 milhões do imposto. Isso significa uma média de R$ 5.365 para cada um de seus 82.150 habitantes (conforme o Censo 2010 do IBGE). Limeira, com 280 mil moradores, recebeu no mesmo período R$ 107 milhões – quatro vezes menos. A média é de R$ 382 por limeirense.

Não se deve reduzir o fato de Paulínia sediar um grande gerador de impostos, como a Replan. Também não se pode ver com normalidade a cidade receber tanto dinheiro em detrimento de outros municípios. Há uma falha clara no sistema de repartição dos recursos. Um peso maior à população talvez ajudasse a corrigir essa desigualdade flagrante.

Segundo a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), do “produto da arrecadação do Estado, 25% é transferido para os municípios (CF, art. 158, IV) de acordo com a legislação estadual, ou seja, cada Estado determina quais serão os critérios de rateio do ICMS, desde que preservado o peso mínimo de 75% para o valor adicionado do município. (...) A grande preocupação é que apesar da diversidade dos critérios adotados, o peso de 75% para o valor adicionado faz com que grande parte do imposto se concentre em poucos municípios.” (leia mais aqui)

Para quem acha que é pouca coisa, basta um breve passeio por Paulínia para se constatar o óbvio: sobra dinheiro. Há obras faraônicas por todos os lados. A prefeitura é faraônica, o teatro é faraônico, o parque é faraônico, até o cemitério tem ares faraônicos. Em contrapartida, muitos serviços públicos deixam a desejar.




Há quem vá dizer que o problema é de má gestão do dinheiro, de má administração. É meia verdade. Obviamente, os recursos públicos podem não estar sendo bem aplicados em Paulínia. Uma conversa com qualquer administrador público, porém, fatalmente recairá numa outra inexorável constatação: há dinheiro demais para habitantes de menos.

Talvez não seja à toa que um ex-prefeito pensou em construir uma pirâmide de vidro cobrindo a Igreja de São Bento, um projeto de quase R$ 100 milhões (tema que foi parar na Justiça, como se vê aqui e aqui)

Em tempo: a questão aqui apresentada é tema de debates por parte de entidades municipalistas, aquelas que lutam pelos direitos dos municípios, mas é preciso mais!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011 | | 0 comentários

Aventura e adrenalina em duas rodas

Estive terça-feira na cidade de Paulínia para viver mais uma aventura única. A pauta era mostrar um pouco da adrenalina que os limeirenses poderão conferir no próximo domingo, 23/10, no Drift Show Car - evento programado para o kartódromo de Limeira, ao lado do horto.

Em Paulínia, a equipe de Tiago Souza nos esperava para apresentar algumas manobras radicais:


Eis que de repente o piloto me "convida" para ir dentro do carro na manobra mais legal da demonstração, o passeio sobre duas rodas. Eu, claro, topei na hora! (Confesso que já tinha pedido para o organizador do evento ver a possibilidade de acompanhar as manobras de dentro do carro.) 


Foi pura adrenalina, fantástico, maluco, diferente. Mais uma experiência que levarei na vida para contar aos filhos e netos. E para quem está em dúvida: sim, vale a pena!



* A filmagem pelo celular ficou a cargo de Wesley Almeida, cinegrafista da TV Jornal (que não teve coragem de entrar no carro).

domingo, 16 de outubro de 2011 | | 0 comentários

Frase

"Each man in his time is Cain." 
(Adaptação de um trecho da música "The One", de Elton John)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011 | | 0 comentários

Vinte e poucos anos...

Tivera eu outra vida
Viveria intensamente.
Erraria mais (pois o erro ensina)
E construiria um novo epitáfio.

A vida é curta e o tempo voa,
Não aceita burocracia:
O que foi está feito
O que deixou de ser já era.

Ah, se outra vida eu tivesse...
Viveria. Simplesmente.

(Homenagem póstuma aos meus 20 e poucos anos...)

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Flagrante italiano 11

Vendedores na rua em Milão e Vicenza:
 


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Altos & baixos

Nobody loves you when you're down and out
Nobody sees you when you're on cloud nine
Everybody's hustlin' for a buck and a dim
(...)
Nobody loves you when you're old and grey
Nobody needs you when you're upside down

("Nobody Loves You When You're Down And Out", de John Lennon)


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Arte em NY

quarta-feira, 12 de outubro de 2011 | | 0 comentários

"Narcisistas da informação"

Em Nova York, ainda a capital da mídia norte-americana, o sarcasmo é o piloto automático do humor nacional pós-11 de Setembro. Por isso, um ensaio original publicado por Neal Gabler num suplemento de domingo recente do New York Times foi alfinetado na mídia local, no clima de uma briga de galo niilista.

O artigo, sob o título A Elusiva Grande Ideia, lamentava que a Era da Informação tenha nos transformado em acumuladores de fatos e não pensadores.


Neal Gabler é autor, dentre outros livros, de Vida, o Filme - Como o Entretenimento Conquistou a Realidade e escreveu a melhor biografia de Walt Disney. É também comentarista de mídia na TV, de modo que não pode ser acusado de viver numa bolha de desprezo pela cultura popular.


O diagnóstico feito por Gabler é difícil de contestar. Ele descreve o narcisista da informação, a pessoa consumida pela autorreferência, com sua visão de mundo filtrada pela mídia social. É uma pessoa hiperantenada. Ao longo de um dia o narcisista da informação vai consumir fatos como, o amigo de Facebook no Sri Lanka passeia com o cachorrinho; um jovem sírio convocou um protesto pelo Badoo; um seguidor no Twitter acabou de compartilhar uma foto de Jennifer Anniston beijando o namorado num bar de Santa Mônica; George Clooney pede doações para combater a fome na Somália no YouTube. Ele é um falso cidadão do mundo porque adquirir informação sobre estranhos não é o mesmo que articular a compreensão do que não é familiar. O repertório desse homem informado daria vários sambas-enredo compostos por Stanislaw Ponte Preta, nos moldes do politicamente incorreto Samba do Crioulo Doido.


A comunicação fragmentada é antítese da gestação de grandes ideias. O volume prodigioso de informação, argumenta Gabler, torna difícil notar o aparecimento de um novo Freud ou um novo Einstein. E inovadores geniais como Bill Gates ou Steve Jobs? Eles são inventores que mudaram o nosso cotidiano, não a maneira como pensamos sobre grandes questões. Não é à toa, diz Gabler, que a "grande ideia" migrou para o mercado. Mas há uma diferença entre o que é vendável e o que desafia o intelecto. Aliás, estamos tão prostrados sob o peso da enxurrada de informação que, depois do esforço para recolher tantos fatos inúteis, não temos fôlego para tolerar desafios. Preferimos nos aconchegar com Malcolm Gladwell do que nos perturbar com Marshall McLuhan.


A era digital nos libertou para a ignorância bem informada. Tal como o personagem Chance, de Peter Sellers, em Muito Além do Jardim, que vivia em isolamento sob uma dieta de televisão, podemos impressionar nossos interlocutores regurgitando pensamentos não processados.


As implicações sociais de um mundo que desdenha grandes ideias são enormes, sugere Neal Gabler, porque "as ideias não são apenas brinquedos intelectuais. Elas têm efeitos práticos".


Ele toma como exemplo a profunda crise trazida pela última recessão americana. Nos debates intensos na TV, os pundits atacam e defendem as ideias de John Maynard Keynes sobre o papel do governo na economia. Ideias que apareceram há quase 80 anos. Os eleitores acusam democratas e republicanos de não terem a menor ideia de como salvar a economia do alto desemprego. O problema é que a crise americana não se resolve com pequenas ou médias ideias.


O perigoso governador do Texas e candidato Rick Perry sobe nas pesquisas da próxima eleição presidencial dizendo que não há mudança climática e o planeta só existe há alguns milhares de anos. Ser conservador, no país do Tea Party, é substituir a inconveniência das ideias pelo conforto de convicções que não resistiriam dez minutos expostas aos elementos.


A suposta democratização da informação privilegia o especialista sobre o intelectual público. Houve um tempo em que o deliciosamente sofisticado Dick Cavett reinava com seu talk show onde, no lugar de Paris Hilton ou Lindsay Lohan, podíamos assistir a um duelo entre Norman Mailer e Gore Vidal, interrompido pela ferina Janet Flanner, da revista New Yorker. Não estou inventando, podem conferir a cena no YouTube. O leitor dirá, felizmente temos o YouTube para imortalizar aquele programa. Concordo. Mas arquivar e recolher mais e mais fatos nos torna informados, não iluminados. 


Fonte: Lúcia Guimarães, "O Estado de S. Paulo", 22/8/11.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011 | | 0 comentários

Arte de rua em Londres (na Internet)

Quem gosta de "street art" (arte de rua), notadamente de grafites, não pode deixar de conferir um site que traz o que há de melhor em uma das cidades mais cosmopolitas do mundo - Londres. Tendo abrigado em um de seus museus (a Tate) uma exposição sobre grafitagem, a capital do Reino Unido é referência no assunto.

A seguir, três pequenas mostras do que você encontra no site Street Art London. São, respectivamente, trabalhos de Milo Tchais, Pablo Delgado e Phlegm:





Este blog já dedicou ao tema:

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Frase

"Cada um tem os câmeras que merece."
Wesley Almeida, cinegrafista da TV Jornal de Limeira

Em tempo: a frase foi dirigida a mim...

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O mundo da aviação

Uma dica legal de passeio, principalmente para quem gosta de aviação, é o Museu TAM. Ele fica na cidade de São Carlos, a cerca de 100 quilômetros de Limeira. É o maior museu de aviação mantido por uma empresa aérea no mundo. São mais de 70 aeronaves em exposição, muitas delas raras. 

O museu conta também a evolução da história da aviação, desde os primórdios, quando voar ainda era só um sonho, até os dias atuais. Também é possível conhecer a história da TAM, surgida em Marília, interior de São Paulo, e ver a oficina de aviões da empresa. 

O acesso ao museu é fácil (pela Rodovia Washington Luís), o ingresso é meio "salgadinho", mas vale a pena. É possível passar uma tarde tranquila vendo os aviões, muitos dos quais fizeram história, como os modelos que participaram da Segunda Guerra Mundial. 

O grande destaque visual é o Focker-100, modelo que ficou famoso justamente nas operações da TAM. 

Mais informações podem ser obtidas aqui.




O modelo a seguir é o famoso Jahu, original. Ele participou de uma história travessia do Atlântico, sob o comando de João Ribeiro de Barros.


Os próximos modelos fizeram história na Segunda Guerra. O primeiro deles é um Corsair norte-americano que atacou os japoneses no Pacífico (na fuselagem, cada bandeirinha representa um inimigo abatido) e o seguinte é um Thunderbolt B-5 que fez parte da Força Expedicionária Brasileira (FEB), no grupamento que ficou famoso como "Senta a púa!".




O caça da FAB ficou famoso por participar da perseguição aos OVNIs em 1986 (veja aqui) e por ter sido pilotado por Ayrton Senna.


Os dois próximos modelos são históricos e os únicos mantidos tal como foram encontrados: o primeiro é o avião da saga do Milton Verdi (leia mais aqui), que morreu na selva boliviana, e o outro é o de Ada Rogato, uma das pioneiras da aviação brasileira (mais aqui).


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Lições de jornalismo (de novo)

Ele fazia diferença. Olhava o que os concorrentes ofereciam e refinava a ponto de criar um produto totalmente diferente. Buscava obsessivamente simplicidade e elegância. 

Mantinha uma clientela ampla e fiel. 

A descrição do modo de agir de Steve Jobs (1955-2011) deveria ser a meta de todo jornalista: fugir do óbvio, tornar compreensível e atraente o que é intricado, criar uma relação de confiança com o público. 

"Permaneça faminto, permaneça inocente", seu conselho aos formandos da Universidade Stanford em 2005, cairia bem como lema escrito nas paredes das Redações.

Fonte: Suzana Singer, “Saber dizer adeus”, Folha de S. Paulo, Ombudsman, 9/10/11.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011 | | 1 comentários

Memórias da última semana

O silêncio ensurdece.
A escuridão assombra.
A solidão atormenta.
O choro consola.

Silêncio, escuridão, solidão, choro...


A ausência incomoda.

O ostracismo abala.
O isolamento ofusca.
A amizade salva.

Ausência, ostracismo, isolamento, amizade...


Nada, nada é capaz de mudar

A realidade vil.
Nada, nada é capaz de parar
Os ponteiros a mil.

Tormento, tormenta, desamparo, abandono.


E todos seguem, e todos olham, e todos calam, e a vida segue.

Individualista, egoísta, solitária, indiferente.
Onde está a humanidade?
Quem fala, surpreende. Quem cala, surpreende.

Por que, afinal, tem que ser assim?

Por que é assim?
Sim, assim...

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O balão

Registros de uma aventura pelo céu da região:




A sombra:



 

PS: para ver a reportagem sobre esta aventura, clique aqui.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011 | | 0 comentários

Frases

“Sua mente está povoada de visões, sonhos e metáforas. No cinema, tudo se resolve na maior facilidade, mas a vida real é infinitamente mais complicada. As imagens não têm nenhuma importância, um hambúrguer é só um hambúrguer, e um sonho é só um sonho.”
John Milton, o Cotoco, personagem principal do livro "Cotoco", do sul-africano John van de Ruit

“Concentra que a vida é sonho.”
Vilma Daniel, produtora cultural e apresentadora do programa “Janela Cultural”, da TV Jornal

PS: às vezes as palavras e a consideração vêm de quem a gente não espera. Valeu Rodrigo Pereira!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011 | | 1 comentários

O Facebook serve pra quê?

Uma das iniciativas mais bem-sucedidas no mundo virtual, e também controversas, o Facebook é um estranho para mim. Nunca aderi a ele, não sei bem como funciona nem quais suas reais utilidades. Dos que tentam defini-lo sempre que questiono, ouço a mesma e simples resposta: “ah, é como um Orkut”.

Se assim for, posso afirmar sem sombra de dúvidas: sua utilidade é bem próxima de zero. E sua capacidade em arrumar confusões, muito alta.

(Não refiro-me às contas de empresas, cujas marcas devem estar cada vez mais presentes nas redes sociais; restrinjo esta análise às contas pessoais.)

É incrível a quantidade de histórias que ouço – e cada vez com mais frequência - envolvendo fofocas geradas pelo Facebook. São desde fotos inadequadas até a troca do estado conjugal no perfil (experimente inverter o seu “namorando” ou “solteiro” para ver a quantidade de fofocas que isso vai gerar), passando por recados impróprios e explicações que você às vezes têm que dar para uma série de pessoas.

Em resumo: dores de cabeça desnecessárias, criadas pelo mundo virtual, por uma ferramenta que pouco acrescenta de útil às nossas vidas.

Muitos irão dizer que encontraram amigos pela rede. Ou reencontraram. Ok, eu também me entusiasmei com isso na época do Orkut. Mas os contatos foram ficando raros e vazios.

Exemplo: você recebe um milhão de “parabéns” pelo seu aniversário por causa das redes sociais. Quantos destes “parabéns” são sinceros? Quantos existiriam se não fosse o Facebook?

Mais: experimente precisar de um desses “amigos” para ver o que acontece. Digo precisar de verdade, não de um favor qualquer. São “amizades” com a profundidade de uma tampinha de garrafa.

Há quem diga que o Facebook serve apenas para diversão. Ainda assim, duvido que essa pessoa não tenha se visto envolvida em alguma confusão, por menor que seja, por causa da tal ferramenta de relacionamentos. Diga aí você: já foi vítima ou alvo de um mal-entendido virtual? Aposto que sim!

O que sobra, então? O voyeurismo. Com as redes sociais, o ser humano elevou à enésima potência seus desejos – muitas vezes reprimidos – de xeretear a vida alheia. Quase todo mundo gosta de saber utilidades como “fulano está saindo com fulana”, “fulano largou de fulana”, “fulano postou uma foto íntima demais com fulana”, “fulano está fazendo isso ou aquilo”. Descobertas que vão mudar as nossas vidas, não?!

Sei que muitos dirão que estou sendo radical. A estes, lanço um desafio: diga-me algo de construtivo que o Facebook acrescentou à sua vida e pensarei em mudar de ideia (lembrando que não me refiro a questões profissionais).

Definitivamente, eu não preciso de um “facebook”.

domingo, 2 de outubro de 2011 | | 0 comentários

Frase

“Está se caminhando para um Brasil moderno enquanto formas muito arcaicas de fazer política continuam enraizadas. Não é possível que o Brasil moderno possa coexistir com o Brasil desses coronéis e oligarcas neandertais.”
Dinho Ouro Preto, vocalista do grupo Capital Inicial, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo” (leia a íntegra aqui). A entrevista foi motivada pelo episódio ocorrido durante a apresentação da banda no Rock in Rio 2011 e que pode ser visto no vídeo a seguir:

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E a Nissan se foi...

Limeira ganhou a nova planta da Samsung, é verdade, mas a cogitada vinda da Nissan ruiu.

O presidente mundial do grupo Renault/Nissan esteve com a presidente Dilma Rousseff e confirmou que a nova fábrica da montadora japonesa será em Resende, no estado do Rio de Janeiro.

Limeira enfraqueceu-se na disputa, segundo o blog apurou, não só por uma questão pragmática (o temor pela falta de mão-de-obra suficiente para atender os novos investimentos na cidade) como também pelo apoio de um grande empresário à cidade fluminense.

Leia as reportagens na “Folha de S. Paulo” (é preciso ter senha do jornal ou do UOL) e em “O Estado de S. Paulo” sobre os investimentos da Nissan.

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Flagrante italiano 10

Registros pós-fechamento do comércio em Florença:




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Palavras

Carinho
Carrinho.

Faz falta.

Carrinho
Carinho.

sábado, 1 de outubro de 2011 | | 0 comentários

Um pedaço da história da TV no Brasil

Recentemente, estive na casa de um dos ícones da televisão brasileira, a atriz Vida Alves. Lá, no bairro do Sumaré, em São Paulo, funciona o Museu da TV. Trata-se de uma iniciativa da Associação dos Pioneiros da Televisão Brasileira (a Pró-TV), entidade criada por Vida, há quase 20 anos.

Ela teve a iniciativa de coletar - junto de colegas que trabalharam nos primórdios da TV -imagens e objetos a fim de criar o museu e, acima de tudo, preservar a memória do principal veículo de massa do Brasil.

O acervo não é tão grande porque, como a própria Vida Alves explica, na época não se tinha a preocupação de guardar os registros dos trabalhos. Ainda assim, vale a pena ser visto. O museu também possui gravações de relatos de mais de uma centena de personagens que ajudaram a construir o que a televisão brasileira é hoje – uma das melhores do mundo.

Detalhes sobre o museu e sobre o trabalho da Pró-TV podem ser conferidos no site oficial.


 




Em tempo: Vida Alves ficou famosa por protagonizar o primeiro beijo da televisão. Foi na novela “Sua Vida me Pertence”, em 1951, na antiga TV Tupi, numa cena com Walter Forster, da qual não sobrou nenhum registro. Foi dela também o que se pode considerar o primeiro beijo gay. Foi na década de 1960 no teleteatro “Calúnia”, numa cena com a atriz Georgia Gomide.

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Frase

"Mas o PSD tem seu mérito. A maneira como surgiu, a forma escancarada como expõe seus objetivos e a indigência programática alertam para a mediocridade do ambiente político atual."
Ricardo Melo, em sua coluna na "Folha de S. Paulo" de 29/9/11 (para ler na íntegra, clique aqui - é preciso ter senha do jornal ou do UOL)