sexta-feira, 30 de setembro de 2011 | | 1 comentários

O câmera (e a câmera)

Será Cival Sanches no comando da câmera?

quarta-feira, 28 de setembro de 2011 | | 0 comentários

A falácia da "faxina" no Planalto Central

Muito se tem falado a respeito da tal “faxina” que a presidente Dilma Rousseff tem feito no governo federal. Cinco ministros já caíram, quatro deles após denúncias de corrupção, sem contar diretores de órgãos federais e ministérios. Neste blog, cheguei a defender – e ainda defendo – que a presidente tenha apoio nestas medidas (leia aqui).

No entanto, isto está longe de significar (como muitos registraram, frise-se, e a própria Dilma vem falando) uma “faxina” de fato. Até porque a administração pública está envolvida até o pescoço em negociatas e o governo está entregue até o pescoço ao jogo dos parlamentares – por mais que a presidente tenha se irritado quando questionada pelo “Fantástico”, da TV Globo, sobre o “toma lá dá cá” que marca há décadas as relações entre Executivo e Legislativo.

Às relações promíscuas, deu-se a justificativa da governabilidade. Em nome dela, fazem-se as maiores aberrações político-administrativas. Sob os olhares complacentes do governo e até do Judiciário (que tem jogado no lixo operações da Polícia Federal contra corruptores graúdos, aqueles que costumam ficar esquecidos nas denúncias e que, no fundo, são os principais interessados nos negócios não republicanos do Planalto Central e que sustentam todo o sistema).

Houvesse, pois, interesse real do governo e de Dilma em promover a – necessária, diga-se de passagem! – “faxina”, o Conselho de Ética da Câmara Federal não teria apresentado nesta quarta-feira o resultado que mostrou. Ao analisar a representação contra o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), aquele mesmo do “mensalão” e das recentes denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes, 16 deputados votaram pelo arquivamento do caso. Ou seja, a investigação sequer será feita (leia detalhes aqui).

A questão é: interessava ao governo e aos negócios do Planalto Central derrubar Costa Neto? A resposta está nos votos da base aliada, capitaneada pelo PT (aquele de hoje, pois o de antigamente morreu há anos...). Os quatro petistas do conselho votaram a favor do todo-poderoso deputado do PR. O mesmo fez o representante do comunista PCdoB. Mais os votos do PMDB, foi-se a investigação para o lixo (veja os votos aqui).

A base de apoio do governo trabalhou junta e unida para votar, e o PR volta para a base de apoio da presidenta Dilma em alguns dias”, disse à Agência Câmara o deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), relator do caso e que indicou a necessidade de apuração.

E que ninguém alegue que a base agiu por vontade própria, alheia aos interesses do governo, pois isto é surreal.

Resta, pois, uma triste constatação: Costa Neto conseguiu o mandato de deputado federal mesmo após estar no centro do escândalo do “mensalão”. Chegou até lá novamente com os votos dos cidadãos. Os mesmos que reclamam dos políticos e da corrupção. Os mesmos que assistem passivamente a mais um capítulo da “ilha da fantasia” em que se transformou o Planalto Central.

PS: a recente aprovação de mais de uma centena de projetos na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara numa sessão com a presença de apenas dois parlamentares reforça a constatação de que os deputados têm muitos outros interesses em Brasília além do que se poderia chamar de interesse público.

O Planalto Central é cada vez mais um balcão de negócios!

E a faxineira foi demitida há anos...

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Poesia solar

O rastro do sol rumo ao chão num fim de tarde qualquer:


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A Justiça em questão

"Sabe que dia eu vou inspecionar São Paulo? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro. É um Tribunal de Justiça fechado, refratário a qualquer ação do CNJ, e o presidente do Supremo Tribunal Federal é paulista."

A corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, pôs os cinco dedos na ferida na entrevista que concedeu à APJ (Associação Paulista de Jornais). Sem a fala empolada característica do Judiciário, disse que a marcha em curso para reduzir as competências do CNJ, proibindo-o de investigar e punir magistrados antes que os próprios tribunais estaduais o façam, é "o primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos escondidos atrás da toga".

Alguém dúvida que seja verdade?

O CNJ, no entanto, capitaneado pelo ministro Cezar Peluso, tomou a dianteira da reação corporativa à corregedora. Em nota oficial, disse que suas declarações "de forma generalizada ofendem a idoneidade e a dignidade de todos os magistrados e de todo o Poder Judiciário".

Onde estaria a "ofensa generalizada" ao Judiciário? Se digo que o jornalismo está "infiltrado de bandidos escondidos atrás da pena" não quero dizer com isso que todos os jornalistas - nem a maioria deles - sejam venais. Em vez de enfrentar um problema real, o CNJ endossa o teatro da dignidade abalada do Judiciário e faz o jogo do obscurantismo.

Além da corrupção, a Corregedoria do CNJ já identificou pelos Estados diversos problemas disciplinares e de gestão, casos de processos que mofam nas prateleiras, muitas vezes por inação deliberada do juiz.

O TJ-SP, de onde vem Peluso, é um conhecido templo do espírito corporativo mais arcaico e arraigado.

A decisão que o STF tomará a respeito das atribuições do CNJ pode representar um grande retrocesso institucional. Apostar na ação das Corregedorias locais é como acreditar na eficiência do sargento Garcia.

Fonte: Fernando de Barros e Silva, “A Justiça e o sargento Garcia", Folha de S. Paulo, Opinião, 28/9/11, p. 2.

PS: raras classes profissionais são mais corporativistas do que a dos juízes. É preciso que eles admitam que há “maçãs podres” na magistratura como em qualquer profissão. Para combatê-las, é preciso ação efetiva e transparência – ou o Judiciário está livre da obrigação dos entes públicos de ser transparente?

Pode-se questionar a generalização feita pela corregedora, mas aí é questão de “vestir a carapuça”, ainda que pela corporação (ou classe). Se alguém acusasse, por exemplo, a existência de “bandidos” entre os jornalistas, eu não hesitaria em apoiar a manifestação. Porque existem mesmo.

Esperar que as corregedorias dos tribunais investiguem as denúncias é ignorar o fato de que até hoje isso raramente aconteceu. È apoiar o status quo que reza pela impunidade. E impunidade não combina com quem tem por dever de ofício fazer a justiça.

O ataque veemente do alto comando da magistratura brasileira contra a fala da corregedora talvez ajude a explicar a razão de tantas decisões favoráveis da Justiça a corruptos e corruptores nos últimos tempos...

terça-feira, 27 de setembro de 2011 | | 0 comentários

Ainda o título de 1986 da Inter

Ontem, aconteceu a festa em homenagem ao jubileu de prata do título de 1986 da Internacional. Ex-jogadores, dirigentes e comissão técnica foram homenageados com o troféu Leão de Ouro.

O grito da torcida emocionou:


Mais um trecho da homenagem:


O discurso do técnico Pepe:


PS: quem não viu o especial de seis reportagens que eu elaborei para a TV Jornal sobre o inédito título paulista da Inter pode conferir aqui.

domingo, 25 de setembro de 2011 | | 0 comentários

Fragmentos da natureza

Flagrantes feitos em São Paulo e Limeira:





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“Os garotos do Brasil”

Sócrates, 57, volta para casa depois de 17 dias entre a vida e a morte no hospital por complicações decorrentes de cirrose do fígado. A partir de agora, não poderá mais beber álcool.

Mas isso não fará dele um ex-alcoólatra. Assim como o diabético que deixa de comer açúcar não se torna ex-diabético -
torna-se apenas um diabético que deixou de comer açúcar-, Sócrates continuará sendo alcoólatra. Apenas terá deixado de beber.

Para a indústria cervejeira, sua doença é um desastre. Demonstra que ninguém, nem mesmo um homem inteligente, cidadão admirado e, ainda por cima, médico, como Sócrates, está a salvo de seu produto. Que este produto não é diferente dos "mais fortes", como os destilados, e que, apesar disso, entra alegremente pelas casas via televisão, patrocinando inclusive a seleção brasileira. 

Pois não é irônico que Sócrates, que já foi um dos símbolos desta como atleta nos anos 80, quase tenha morrido do produto que patrocina hoje a seleção?

Trinta anos de consumo firme e crescente de cerveja renderam-lhe a cirrose cujos sintomas ele, como médico, deve ter percebido há muito. Sócrates percebeu, mas continuou a beber. Por quê? Porque o alcoolismo é progressivo e, depois de certa etapa, quem manda não é a razão, mas o organismo, e este quer sempre mais. 

Sócrates pertence aos 15% da humanidade que podem beber muito sem sentir os efeitos adversos do álcool, como embriaguez, intoxicação e ressaca.

Só isso explica que, com seu histórico de copo, nunca tenha sido advertido pelos médicos de seus clubes -que também não entendem de alcoolismo.

Sócrates disse que, se saísse dessa, iria fazer trabalho social junto às crianças da Venezuela. Faria melhor se ficasse aqui e contasse sua história para os garotos do Brasil.

Fonte: Ruy Castro, “Folha de S. Paulo”, Opinião, 23/9/11, p. 2.

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Rock in Rio!

Assisti a alguns shows do Rock in Rio 2011 – pela TV, claro. Todos espetaculares!

Slipknot (muito louco!!!)


Red Hot Chili Peppers (clássico!)


Snow Patrol (legal!)


Elton John (pop)


Katy Perry (muito louca)


Neste momento, curtindo Metallica!!!

* Para acompanhar o festival via net, basta ir ao site do Multishow.

terça-feira, 20 de setembro de 2011 | | 0 comentários

Propaganda

Eis um setor em que realmente a publicidade é um risco (o flagrante foi feito na Rua Alberto Ferreira, perto da Prefeitura de Limeira, no Centro):


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Relatos de um sendetário

Há pouco mais de um mês, comecei a fazer atividade física. Caminho regularmente ao menos cinco voltas no Parque Cidade de Limeira e, quando meu organismo resiste, corro uma volta. Para quem sempre foi um sedentário de primeira, a experiência tem sido interessante.

Confesso que ainda tenho uma preguiça monstruosa. No dia anterior à atividade já fico lamentando. Torço para perder a hora e, consequentemente, o exercício – o que nunca aconteceu. Quando começo, demoro um pouco a engrenar. No meio da atividade, se a umidade do ar estiver razoável (ou seja, se meu sistema respiratório não manifestar uma ardência que me incomoda muito), começo a sentir algum prazer. No fim, nos exercícios de alongamento e relaxamento, estou já entusiasmado. E satisfeito.

Indubitavelmente, a disposição durante o dia aumenta.

Praticar uma atividade física melhorou também minha autoestima. Primeiro porque me impus um desafio e tenho cumprido-o. Segundo porque sinto-me realmente melhor após os exercícios.

O lado ruim é a dúvida: como sedentário, é comum ter dores e sensações nunca antes vistas (ou sentidas). Fico preocupado pensando se estou abusando da minha falta de condicionamento ou se as reações são absolutamente normais.

Procuro não abusar. Aliás, nunca abuso. Paro de correr tão logo percebo que a partir daquele ponto irei forçar demasiadamente o corpo.

A atividade física me fez também sentir com mais profundidade o ar que respiro. Consigo descobrir se o dia está mais seco que o normal. Para um alérgico como eu, com rinite, a baixa umidade do ar manifesta-se rapidamente, já na caminhada. Sinto uma ardência crescente conforme aumenta o ritmo da atividade. A ponto de tornar-se insuportável nos dias realmente secos. Quando a umidade está boa, faço minhas voltas andando e correndo com certa tranquilidade.

Não sei até quando vou seguir – confesso que fico enjoado de dar voltas seguidas num mesmo lugar. Ainda não comecei a medir a pressão pós-exercícios, como recomendou o médico.

Só sei que continuo não gostando de atividades físicas, mas aprendendo a conviver com elas e buscar nelas alguma satisfação. 

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Frase

Não há o menor risco de que uma figura influente ou endinheirada seja condenada por crime de corrupção pela Justiça brasileira. Se esse medalhão for um político, tipo peixe graúdo, aí então a disposição do Judiciário para absolvê-lo será ampla, geral e irrestrita.
Fernando de Barros e Silva em sua coluna na “Folha de S. Paulo” desta terça-feira (para ler a íntegra, clique aqui – é preciso ter senha do jornal ou do UOL)

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Mensageiro

No Rodoanel, a caminho do litoral sul, a mensagem deixada na montanha por algum fiel:

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Pitacos político-eleitorais

* Eliseu Daniel dos Santos está realmente de saída do PDT. Após muita dúvida e muitas conversas com uma série de partidos, o vereador optou pela coerência e está deixando a sigla do prefeito Silvio Félix, com quem rompeu politicamente após a eleição de 2010. O destino dele deve ser o DEM. Com isso, Eliseu abre caminho para sua candidatura a prefeito – sem o apoio do chefe do Executivo. 

* Com a decisão de Eliseu, Félix se vê realmente sem candidato natural. Ele trabalha neste momento com quatro nomes, dos quais apenas um seria um candidato natural - fora, porém, do seu PDT. Isso significa que ele terá que trabalhar muito e “tirar o atraso”, mas está confiante. O prefeito sabe que tem um ano para “construir” um candidato.

* Na visita do governador Geraldo Alckmin (PSDB) a Limeira nesta terça-feira para o lançamento da fábrica da Samsung na cidade, o tucano foi questionado sobre a eleição de 2012. Saiu pela tangente. Disse que a eleição é só no ano que vem e preferiu não responder se o PSDB terá candidato local. Alckmin deve saber que o partido está esfacelado em Limeira.

* Em tempo: dos pré-candidatos considerados naturais que já se apresentaram para a disputa de 2012, só Eliseu esteve na visita do governador.

* Nomes cotados como candidatos pela oposição, Mário Botion (PMDB) e Paulo Hadich (PSB) estão quietos. Lusenrique Quintal (PSD) voltou a afagar Félix – segue, assim, seu velho dilema: “ser ou não ser oposição”.

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Frase

"Oportunidade e confiança são valores imensuráveis e raros."
Rodrigo Piscitelli, eu, jornalista, na carta de despedida do "Jornal de Limeira", publicada em 17 de janeiro de 2009

domingo, 18 de setembro de 2011 | | 1 comentários

Neblina na serra

Na última quinta-feira, um acidente com ares cinematográficos chamou a atenção do país. Cerca de 300 veículos se envolveram, segundo a Polícia Militar, num grande engavetamento com colisões na Rodovia dos Imigrantes, trecho rumo a São Paulo (leia aqui). No total, 104 veículos precisaram ser guinchados, informou a concessionária Ecovias, que administra a pista. 

A causa do acidente, que deixou um motorista morto e 51 pessoas feridas, foi a neblina que predominava na Serra do Mar, trecho do planalto. 


Cerca de 20 dias antes do acidente, passei pelo trecho e enfrentei o mesmo problema.







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Limeira, 185 anos*


Chão bendito de berços gloriosos 
Tua origem uma linda limeira
 
Fundada por labores ditosos
 
És cidade tão bela e faceira

Frutas doces colhemos aos montes 
Pomares verdejantes com flores
 
Laranjais circundam as fontes
 
Acariciando a vida de amores.

Tuas indústrias crescem e agigantam 
As grandezas de nosso porvir
 
Jardins, praças todos se encantam
 
Com músicas sonoras a ouvir.

Povo amigo de ação relevante 
Nossas escolas padrões elevados
 
Nossa fé seguirá triunfante
 
Sendo os mestres heróis abençoados.

Limeira! Limeira!

(Música de Dyrcéia Ricci Ciarrochi, letra de Guilherme Mallet Guimarães e harmonização de Mário Tintori)



A imagem ao lado é do chamado marco zero de Limeira. É a partir dali que são definidas as distâncias. A pedra, colocada há décadas na Praça Luciano Esteves, no centro, é desconhecida de muitos limeirenses. Nela, estão marcados os pontos cardeais e as coordenadas geográficas do município, como latitude, longitude e altitude em relação ao nível do mar.





* O aniversário de Limeira foi comemorado no último dia 15 de setembro. Pela tradição, a cidade celebrou 185 anos. Por lei, seriam 187. De acordo com a lei 452/56, a fundação da cidade se deu em 1824 – e não em 1826, como reza a tradição. Uma comissão foi montada em 2005 para discutir a questão, mas não se chegou a nenhum consenso. Até agora, a divergência permanece.

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As escolhas nossas de cada dia

A vida é feita de escolhas.

Somos forçados a tomar decisões a todo momento, ainda que muitas vezes (talvez na maioria delas) não tenhamos consciência disso.

Escolhemos entre vestir uma roupa ou outra, ir a um lugar ou não, trafegar pelo centro ou pelo Anel Viário, comer lanche ou pizza, falar ou não falar, entre tantas outras situações rotineiras.

Muitas das escolhas que fazemos são quase automáticas e sobre elas pouco raciocinamos.

Somos também forçados a tomar decisões mais sérias, como mudar de cidade ou não, casar ou não, ter filhos ou não. São situações que nos afetarão por toda a vida.

Seja qual for o nível da escolha, porém, um fato é certo: sempre haverá consequências. Cada uma de nossas decisões produz seus efeitos, ainda que seja simplesmente gastar mais ou menos combustível dependendo do trajeto que optamos por fazer.

Algumas dessas consequências se restringem à nossa própria vida. Outras, contudo, afetam as pessoas ao nosso redor.

Assim, é comum magoarmos alguém ainda que não seja essa a nossa intenção. Da mesma forma é comum nos magoarmos.

Sendo assim, é importante ter em mente que cada uma de nossas ações – e omissões também – produz consequências em maior ou menor grau, a um número restrito ou mais amplo de pessoas.

No fundo, a vida se resume a isso: fazer escolhas.

Acertar ou errar é um detalhe.

Independentemente do resultado, porém, é necessário seguir em frente.

PS: se fosse fato que arrependimento mata, eu estaria redigindo esta postagem do além...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011 | | 0 comentários

O mercado de peixe em Santos

Não se pode ir a Santos sem que se dê uma passada no famoso mercado de peixes, na Ponta da Praia. 

Não bastasse a variedade de produtos, todos frescos, você ainda ganha uma exibição das garças que se amontoam no telhado do mercado e pulam de carro em carro à espera das sobras.


Ah, tem ainda um show das vendedoras - sempre à espera da "caixinha", à qual responderão em alta sintonia com um prolongado "O-b-r-i-g-a-d-o (R-o-d-r-i-g-o)". É diversão na certa!










PS: a exibição das garças me lembrou o balé dos albatrozes na feira de Veneza, relatada em postagem no blog Piscitas - Travel & Fun. Leia aqui.

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NY: uma lição para o mundo


Em 1948, o escritor E. B. White formulou uma definição dos três tipos de nova-iorquinos que ficaria famosa: o nativo, o migrante diário (que vem todos os dias para trabalhar ou estudar) e a pessoa de outro lugar que vem em busca de alguma coisa. 

Hoje existem três tipos diferentes de nova-iorquinos: as pessoas que agem como se tivessem nascido aqui, que se sentem "donas" da cidade, mesmo que tenham se mudado para cá depois de concluírem a faculdade; as pessoas que estão aqui e gostariam de estar em outro lugar, tão tóxica a cidade já se tornou para elas; e os nova-iorquinos virtuais do mundo inteiro, que vivem em cidades que vão de Sarajevo a Santiago e gostariam de morar em Nova York. 

Esses são os três estados de espírito nova-iorquinos, e o que eles têm em comum é o anseio e um elemento de autoilusão. Esta é uma cidade de 
sonhadores e insones.

(...) Nos últimos dez anos, Nova York tem estado em primeiro lugar no país como a cidade na qual as pessoas mais gostariam de morar ou da qual mais gostariam de estar perto. Há alguma coisa em Nova York que está funcionando. 

As pessoas vêm para cá, vindas de partes do mundo onde estavam a se matar, mas em Nova York elas vivem ao lado de seus antigos inimigos, e os seus filhos namoram as filhas deles. Como acontece esse milagre do dia a dia? 

Se entendermos como Nova York funciona, poderemos enxergar como poderia funcionar em outras cidades, como as cidades-campos de batalha da Europa.


Fonte: Suketu Mehta, “A cidade nua”, Folha de S. Paulo, Ilustríssima, 11/9/11, p. 3.

PS: para ler a íntegra, clique aqui (é preciso ter senha do jornal ou do UOL).



* As duas primeiras fotos desta postagem são do jornalista Flávio Fachel; as duas últimas, do jornalista Jorge Pontual. Ambos são correspondentes da TV Globo em Nova York

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Frase

"A política brasileira está estruturada na base do toma lá, dá cá. O lulo-petismo universalizou a fisiologia que um dia quis enfrentar. A base aliada está repleta de saqueadores do bem público. Essa é a argamassa que lhe dá coesão. Combater essa gente a quem o PT se mistura com gosto não significa demonizar a política, mas o contrário."
Fernando de Barros e Silva em sua coluna na “Folha de S. Paulo” de 13/9/11 (para ler a íntegra, clique aqui – é preciso ter senha do jornal ou do UOL)

domingo, 11 de setembro de 2011 | | 0 comentários

11/9 - Uma homenagem


Sobre o 11 de Setembro neste blog e no blog Piscitas:


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Uma lição para empresas e gestores

Todos os dias, 238 profissionais de sete empresas confidenciavam num diário como se sentiam no trabalho. No anonimato, tinham liberdade total de escrever o que bem entendessem, relatando raivas, frustrações e alegrias. Nem eles nem os pesquisadores, todos psicólogos, sabiam que, daquelas confissões, surgia involuntariamente um indicador tanto para saber até que ponto uma empresa estava condenada a não criar um ambiente propício para a inovação, correndo o risco de ir mal nos negócios, como para, ao contrário, saber se a empresa estava sendo capaz de implementar descobertas importantes, que atraíssem lucros.
Os diários, recheados com os 64 mil comentários, transformaram-se num estudo intitulado "O Princípio do Progresso", recém-lançado pela editora da escola de negócios de Harvard e indicado como leitura obrigatória por publicações especializadas em recursos humanos. 
Da leitura dos diários, constatou-se que o ânimo do empregado para se engajar em inovações depende, em primeiro lugar, de uma sensação de progresso individual obtida cotidianamente. "O progresso está nas pequenas conquistas, quando as pessoas se sentem aprendendo, descobrindo soluções e superando obstáculos", diz Teresa Amabile, uma das autoras do estudo, psicóloga pós-graduada em Stanford e professora da escola de negócios de Harvard, onde desenvolve pesquisas sobre criatividade empresarial. Isso significa, em poucas palavras, que a empresa deve ter um ambiente aberto à experimentação e à aprendizagem. "O valor da aprendizagem aparece na frente de reconhecimento ou dinheiro para manter o entusiasmo", acrescenta. 
O foco da investigação foram equipes que trabalhavam em projetos inovadores, gente de quem se exige que encontre soluções, e não apenas que repita o que já se faz, fugindo do que especialistas em recursos humanos batizaram de "aposentadoria mental". Apenas uma empresa, na qual os empregados revelaram, em seus diários, ter encontrado constante prazer na experimentação, conseguiu desenvolver um produto inovador.
Naquela que teve as piores considerações dos funcionários, o resultado foi um desastre. "Não apenas não gerou nada de novo como também, logo depois de nossa pesquisa, foi vendida para uma firma menor", afirma a professora. Romper barreiras da inovação exige muito engajamento e ânimo. Um dos exemplos, segundo Teresa, é o Google. "Eles determinaram que seus funcionários teriam 20% de seu tempo para pesquisar o quisessem. Assim nasceu, entre outras coisas, o gmail." 
Com os questionários já tabulados, Teresa Amabile resolveu ampliar sua investigação. Mandou então um questionário a 699 executivos para saber quais eram os fatores que mais influenciavam o ânimo dos empregados. "O fator 'progresso' não apareceu em primeiro lugar", constata. Significa quase só 5%. Há uma ilusão entre executivos de que jogar duro e pagar muito seria a receita de sucesso. "O que motiva, pelo menos na geração de inovação, é o prazer da conquista, não a cobrança."
Está aí, certamente, um dos motivos por que os jovens preferem abrir suas empresas - as chamadas start-ups - e por que está cada vez mais difícil para grandes grupos atrair e reter jovens talentos.
O que esse estudo descobriu é o fato de que as empresas inovadoras têm de assegurar um espaço institucional de desordem para gerar progresso. Apesar de a investigação ter sido focada em equipes que tinham projetos específicos, Teresa acha que o "princípio do progresso" vai muito além: não se sobrevive, num ambiente competitivo, sem renovação constante.

Fonte: Gilberto Dimenstein, “Princípio do progresso”, Folha de S. Paulo, Cotidiano, 11/9/11. Para ler a coluna na íntegra, clique aqui (é preciso ter senha do jornal ou do UOL).