quinta-feira, 14 de julho de 2011 | |

"Galho Seco"

Eu andava acabrunhado e só
Perdido e sem lugar
Feito um galho seco
Arrastado pelo temporal

Pensei até em enrolar minha bandeira e dar no pé
Eu pensei até em jogar fora a minha história, os documentos e aquela fé

Fazia tempo que o sol não derramava luz na minha vidraça
Depois que tudo passa
O vento leva as nuvens negras noutra direção

Também pudera
Uma hora era o fogo que rasgava o chão
Outra hora era a água que descia e afogava toda a plantação

Ainda bem que me restou o seu sorriso
Que me alumia a alma
Que me acalma quando é preciso

E como eu preciso!

(”Galho Seco”, de Zé Geraldo)

0 comentários: