segunda-feira, 31 de janeiro de 2011 | | 0 comentários

Segurança, um dever do Estado!

O bar de um amigo – o Mav, para os íntimos – foi alvo de ladrões (leia mais aqui) esta madrugada. O fato, como é de se prever, deixou seu proprietário revoltado.

Sou testemunha de que este meu amigo reclama não é de hoje da baderna em áreas próximas ao seu bar. Há anos ele cobra maior segurança, com reforço do policiamento na área. Também cobra da prefeitura uma revisão dos alvarás especiais concedidos a muitos estabelecimentos que são alvos frequentes de ocorrências policiais. Tanto num caso como em outro, a resposta tem sido nula.

O alvará especial é previsto na chamada Lei do Fecha-Bar. Ele permite que um estabelecimento fique aberto depois das 22 horas desde que não represente riscos à segurança nem perturbe os vizinhos. Em tese, a frequência de registros policiais num mesmo local contraria a lei. Contudo, ao contrário do que pode-se supor, a análise desses quesitos não é estritamente técnica. A decisão final cabe à administração municipal..

Recentemente, o delegado seccional de Limeira, José Henrique Ventura, em entrevista ao “Jornal da Cidade” (TV Jornal), também cobrou da prefeitura uma postura mais rigorosa com a concessão de alvarás especiais, principalmente no que diz respeito às lojas de conveniência dos postos de combustíveis.

A administração municipal, como de praxe, calou-se.

Há tempos eu cobro das autoridades e da sociedade civil uma postura mais firme – e coletiva – no sentido de pressionar o Estado para que reforce o policiamento em Limeira.

Segurança é, antes de tudo, um dever do Estado.

Antes de tudo significa dizer: antes da Guarda Municipal, antes dos alarmes, cercas e câmeras instaladas nas casas, antes dos condomínios fechados (o feudalismo do século 21)... Todos estes fatores ajudam, mas nada será mais eficaz do que a presença da polícia.

Recentemente, após um assalto com reféns no Parque Egisto Ragazzo (talvez o símbolo do debate sobre o fechamento de bairros em Limeira), vi no dia seguinte uma viatura da PM fazendo rondas na área. E só no dia seguinte... Por que não costumeiramente?

Não quero dizer que a PM (ou a GM, que seja) deixa a desejar. Ao contrário. Todos sabemos das dificuldades que as forças de segurança enfrentam (desde a falta de estrutura até a falta de pessoal). Quem conhece o setor policial sabe que sem a ajuda de cidadãos anônimos, que bancam combustível e conserto de viaturas por exemplo, a situação da segurança seria ainda pior.

A sociedade, porém, parece cada vez mais descrente na capacidade do Estado de defendê-la. E, com isso, recorre a atitudes individuais ou grupais - como as cercas elétricas, os vigias e o fechamento de bairros – quando deveria agir em prol da coletividade. Isso significa cobrar do Estado o seu dever constitucional.

E como isso pode ser feito?

Com atitudes simples. Procure, por exemplo, um vereador ou o líder do seu bairro e peça para que pressione os governantes e parlamentares de seu partido. Quando um secretário estadual ou o próprio governador visitar a cidade, antes da tradicional bajulação, uma força-tarefa pode pressioná-lo (civil e educadamente).

Esta mesma força-tarefa pode cobrar uma audiência com o governador ou o secretário estadual de Segurança para o mesmo fim. Na hora de votar, aquele ato isolado e simples que fazemos a cada dois anos, pense bem se a pessoa em que você está depositando sua confiança realmente a merece.

É preciso gritar como sociedade, mostrar-se presente e ativa.

Isto só para começar.

O que não dá para aceitar é que cada um procure resolver o SEU problema, de modo isolado e egoísta (como nossa sociedade tem feito) em detrimento do bem comum.

PS: não defendo o fim dos alarmes, cercas, vigias, etc. Como cidadão indefeso, também recorro a muitos desses instrumentos, mas jamais deixarei de cobrar os verdadeiros responsáveis pela insegurança reinante.

Em tempo: saíram hoje as estatísticas de criminalidade no Estado em 2010 (veja
aqui). Os homicídios, furtos de veículos e furtos em geral (exceto veículos) subiram em Limeira. Os roubos de veículos e roubos em geral (exceto veículos) tiveram leve queda.

Homicídio Doloso
2009 - 9

2010 - 17

Furto
2009 - 3.339
2010 - 3.466

Roubo
2009 - 1.215
2010 - 1.149

Furto de Veículo
2009 - 1.084

2010 - 1.125

Roubo de Veículo
2009 - 289
2010 - 287

Fonte: Secretaria de Segurança Pública de São Paulo

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Um documentário extraordinário

Ainda que indiretamente, um filme brasileiro concorre ao Oscar de 2011 na categoria de melhor documentário. O nome é “Lixo Extraordinário”, um relato comovente capitaneado pelo artista brasileiro Vik Muniz (já citado neste blog aqui e aqui) e protagonizado por catadores de lixo.

sábado, 29 de janeiro de 2011 | | 0 comentários

Nova York em preto e branco

Sou um apreciador de fotografias preto e branco. O contraste acentuado costuma conferir às imagens um ar nostálgico que me agrada.

No inverno de Nova York, com as frequentes nevascas este ano, o recurso do preto e branco sequer precisa ser acionado. As fotos saem assim naturalmente, como revelam as belas imagens reproduzidas a seguir. Elas foram feitas pelos jornalistas Flávio Fachel e Jorge Pontual, correspondentes da TV Globo na cidade, e estão postadas no Twitter.









* As duas primeiras são de Pontual; as sete últimas, de Fachel.

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A resposta da Agência Brasil

Tenho o “péssimo” hábito de escrever para ouvidorias de empresas para fazer apontamentos e críticas. No caso da “Folha de S. Paulo”, faço isso com certa frequência – sempre recebo resposta do(a) ombudsman, embora poucas vezes tenha visto a queixa resolvida nas páginas do jornal.

O fato é que no mundo corporativo moderno, esse instrumento de contato entre empresa/serviço público e o cliente/contribuinte tem se mostrado útil e relevante. Desde que exista uma estrutura capaz de receber as manifestações, dar andamento a elas e, quando possível e conveniente, adotá-las.

Algum tempo atrás, enviei uma crítica à Ouvidoria da Agência Brasil - órgão oficial de notícias do governo federal. Ontem, recebi um e-mail assinado por David Silberstein, assessor do órgão, informando o que segue: “sua demanda foi tema da Coluna do Ouvidor publicada na edição de hoje (28) da Agência Brasil”.

O texto da coluna, enviado pelo mesmo e-mail, também pode ser acessado
aqui e está reproduzido abaixo:

Boas notícias para os leitores da Agência Brasil


Paulo Machado
Ouvidor da Agência Brasil

Brasília - Há um ano publicamos neste espaço a coluna “O dia em que a Agência Brasil virou blog”, tratando das demandas recebidas pela Ouvidoria sobre a insatisfação dos leitores com problemas tecnológicos no site da ABr. No dia 12 de fevereiro de 2010, o portal saiu definitivamente do ar, depois de apresentar problemas técnicos de funcionamento por mais de dois meses. Voltou ao ar dois dias depois no formato de blog e assim permaneceu durante todo o ano passado até o momento presente.

Nesse período foram feitas algumas modificações emergenciais e pontuais, mas em geral a qualidade de acesso e navegação manteve-se muito aquém da desejada pelos leitores. É isso que se pode constatar a partir das manifestações recebidas. Elas tratavam de problemas como: a ausência de nuvem de assuntos, falhas no mecanismo de buscas, desaparecimento de notícias, fotos e reportagens do acervo, dificuldades para baixar arquivos, falta de ferramentas de interatividade, impossibilidade de assinatura do RSS por temas de interesse, ausência de áudio e vídeo e muitos outros.

Durante todo esse tempo a Ouvidoria foi o único canal por meio do qual o público reivindicou, sugeriu e inclusive protestou. Cumprimos nossa função fazendo a voz dos usuários chegar a quem de direito, por todos os caminhos possíveis. Neste sentido, a Ouvidoria consolidou-se como veículo democrático de participação direta dos leitores e também como instrumento de gestão – revistas todas as demandas do período os gestores da EBC podem saber exatamente o que os usuários esperam em termos de performance tecnológica do site para que ele esteja à altura das expectativas.

A seguir algumas das demandas recebidas nos últimos três meses:

De Rodrigo Piscitelli: “Uma crítica ao visual da home page: as legendas das fotos do canto superior direito são praticamente ilegíveis. Aparecem em letras finas, na cor branca, dentro das imagens”;

De Elvis Cedro: “Gostaria de saber se vocês pretendem voltar o site com as notícias em forma de áudio? Gostava muito daquele formato”;

De Andre Souza: “Conheci, hoje, o site de noticias de vocês e gostei muito, tem bastante conteúdo. O único problema que vejo é a falta de interatividade com o usuário final, como votação e comentários”;

De Fabricio Zuardi: “Gostaria de reportar um erro com relação ao álbum da visita de Lula ao Haiti: nenhuma das fotos carrega.”;

De Gorette Brandão: “Por que a página da Agência Brasil não inclui caixa de envio (correio) em cada página de texto noticioso? Isso facilitaria o encaminhamento das matérias para outras pessoas, como sugestão de leitura. É um recursos habitualmente oferecido em portais de notícias.”;

De Roque Lopes: “Estou precisando de fotos de crack. No site da Agência tinha, mas depois da mudança não acho mais. Seria possível eu conseguir algumas? A quem me dirijo?”;

De Ricardo T. Simabuku: “Tenho a página da Agência Brasil como página inicial da internet em meu local de trabalho e a leio diariamente. Por isso, sugiro um aperfeiçoamento na disponibilização das informações, para facilitar a leitura: nos links de imagens (canto superior direito da página, logo acima de "últimas notícias") é utilizada letra de cor branca que, no caso de fotos claras, dificulta a leitura. Para melhorar a visualização desses textos, sugiro criar uma caixa em separado somente com o texto e não aparecer o texto sobre a imagem.”.

Mas foi em resposta à demanda da leitora Hannah Rebeca que finalmente veio a boa notícia. Hannah escreveu: “Sou uma cidadã que entra todos os dias para acompanhar as noticias e fotos neste site que é com certeza o mais atualizado do seu gênero. Percebi que no inicio de 2010 o site regrediu para esta versão que é pouco funcional, pouco dinâmica e feia. Verifiquei que a Agência Brasil possui o melhor conteúdo mas a pior apresentação comparando com todos os sites do seu gênero. O que a EBC tem feito para melhorar o site para que ele acompanhe as tendências da internet de hoje e quando os usuários usufruirão destas mudanças? Terei que utilizar este mesmo site ruim por mais um ano?”.

A resposta: “A EBC tem uma nova versão da Agência Brasil em fase de homologação. Tão logo finalizada, será disponibilizada para o público.”

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011 | | 0 comentários

Diário de viagem 1

Um exemplo da superstição norte-americana flagrado no elevador de um hotel de Nova York: sumiram com o 13° andar...


PS: no Japão também tem destas...

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"Cidades hostis"

Uma loja de discos que fecha suas portas no Rio, um cinema que faz o mesmo em São Paulo e sabe-se lá quantas livrarias brasileiras, principalmente as de pequeno porte, não estão correndo igual risco neste momento. Os espaços de convivência adulta e civilizada diminuem. Se podemos "baixar" discos, ver filmes no vídeo ou comprar livros pela internet, para que sair de casa, enfrentar o trânsito, lutar pelo estacionamento e roçar cotovelos com outros, ora veja, seres humanos?

O avanço da tecnologia parece nos conduzir à independência, à liberdade e à autossuficiência. Dito assim é bonito. Já não o será tanto se convertermos a frase à sua verdadeira essência -a de que tal avanço está nos condenando ao individualismo, ao egoísmo e à solidão. E não sei também se esse comodismo não denotará uma certa dose de covardia em relação à vida.

Você dirá que as cidades ficaram hostis, inseguras, impróprias para uso humano, e que bom que a tecnologia nos permite certos confortos. Eu diria que exatamente por isto deveríamos lutar pelas cidades -por cada cidadela de delicadeza que elas ainda comportem.

Um cinema que fecha é uma calçada, um pipoqueiro e uma fila a menos numa cidade. É mais um quarteirão sem luzes, sem movimento noturno e sem possibilidade de encontros, amigáveis ou amorosos. É um lugar a menos para flanar, para fazer hora, até para paquerar. E é também um cenário a menos para que os jovens descubram e troquem ideias sobre cultura, história, comportamento.

Não acho que os cinemas devam continuar abertos mesmo que às moscas. O que lamento é a perda dos ditos espaços de convivência nas cidades. Para cada cinema, loja de discos ou pequena livraria que sai de cena, um supermercado, banco ou farmácia toma o seu lugar, ocupa-o agressivamente e nos embrutece um pouco mais.

Fonte: Ruy Castro, "Folha de S. Paulo", Opinião, p. 2. 7/1/2011

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011 | | 1 comentários

Uma empresa, 19 contratos

Chegou a 19 o número de contratos* que a empresa Magalhães Engenharia Ltda. firmou com a Prefeitura de Limeira em 2010**. Sete contratos – todos na modalidade compra direta, que dispensa licitação - já tinham sido alvos de postagem neste blog em julho (leia aqui). Eles somaram R$ 98.213,55.

Com os novos contratos (que totalizaram R$ 494.920,12, dos quais R$ 172.109,73 devem ser pagos agora em janeiro), a Magalhães faturou no ano R$ 593.133,69. Mais de meio milhão de reais! Bom para uma empresa com pouco mais de dois anos de vida e considerando que o dinheiro veio de um único cliente, o município de Limeira.

Dos 12 novos contratos, seis foram também por compra direta e quatro por convite (modalidade de licitação em que o Poder Público convoca empresas eventualmente interessadas numa obra ou serviço). Apenas dois (em atendimento à Justiça Eleitoral) foram por tomada de preços, modalidade de licitação para obras, compras de produtos ou serviços com valor intermediário entre o convite e a concorrência.

Alguns fatos chamam a atenção nos contratos da prefeitura com a Magalhães. Primeiro: desde julho, a empresa recebeu todos os meses (ou seja, teve pelo menos um pagamento fruto de contrato por mês). Segundo: sete dos 12 novos contratos têm valores semelhantes a seis dos sete contratos anteriores: cerca de R$ 14 mil.

Pela constância do valor, é quase uma mensalidade paga pela prefeitura à empresa.

Também chama a atenção a diversidade de atuação da Magalhães (além de obras, fez projetos de combate a incêndio). Conforme seu registro na Receita Federal, a empresa foi criada para “obras de engenharia civil, aluguel de máquinas e equipamentos para construção sem operador e serviços de engenharia”.

Outro fato interessante é a prestação de serviços para projetos que ainda não saíram do papel (como o plano de prevenção a incêndio na Torre do Mirante) ou para remodelar locais que tinham acabado de passar por reforma, como a Estação Ferroviária central, restaurada (leia aqui) pela Incorplan Engenharia Ltda.

Em tempo: como o blog informou na postagem anterior, a Magalhães surgiu em 12 de junho de 2008 e está situada na Rua Josephina Silmann Faber, 342, no Jardim Águas da Serra.

Veja o teor dos novos contratos:

1) Instalação de equipamentos de combate a incêndio na Incubadora de Empresas: modalidade convite. Valor: R$ 77.834,94. Pagamento feito em 20 de julho de 2010.

2) Reforma do campo de malha do Jardim Santo André: modalidade convite. Valor: R$ 31.288,44. Pagamento feito em 27 de agosto de 2010.

3) Instalação de equipamentos de combate a incêndio na Incubadora de Empresas Agrícolas: modalidade compra direta. Valor: R$ 14.792,83. Pagamento feito em 27 de setembro de 2010.

4) Reforma parcial do C.I. “Stella Regina Furlan 2”: modalidade compra direta. Valor: R$ 14.473,58. Pagamento feito em 22 de setembro de 2010.

5) Reforma da Casa de Custódia na Rua Ana Carolina Barros Levy: modalidade compra direta. Valor: R$ 14.790,33. Pagamento feito em 3 de setembro de 2010.

6) Elaboração de projetos de prevenção e combate a incêndio na Torre Mirante: modalidade convite. Valor: R$ 13.992,64. Pagamento feito em 29 de outubro de 2010.
* Há um outro pagamento previsto para 28 de dezembro último, referente ao mesmo contrato, no valor de R$ 13.992,61.

7) Reforma na unidade de Saúde Mental: modalidade compra direta. Valor: R$ 14.723,60. Pagamento feito em 28 de outubro de 2010.

8) Colocação de divisórias em salas de aula de artes no Núcleo de Atendimento Integrado (NAI): modalidade compra direta. Valor: R$ 14.780,61. Pagamento feito em 23 de novembro de 2010.

9) Reforma do layout das salas da Estação Ferroviária: modalidade compra direta. Valor: R$ 14.792,19. Pagamento feito em 23 de novembro de 2010.

10) Adaptação/acessibilidade em atendimento à Justiça Eleitoral: modalidade tomada de preços. Valor: R$ 66.984,75. Pagamento feito em 20 de dezembro de 2010.
* Há um outro pagamento programado para 19 de janeiro, referente a este mesmo contrato, no valor de R$ 67.507,96.

11) Adaptação/acessibilidade em atendimento à Justiça Eleitoral: modalidade tomada de preços. Valor: R$ 44.656,50. Pagamento feito em 20 de dezembro de 2010.
* Há um outro pagamento programado para 19 de janeiro, referente a este mesmo contrato, no valor de R$ 45.005,30.

12) Substituição de canaletas e troca de grelhas: modalidade convite. Valor: R$ 45.604.06. Pagamento programado para 17 de janeiro de 2011.

PS: os dados estão disponíveis no Portal da Transparência da prefeitura.

* Foram considerados os objetos dos serviços, que resultaram em 19 contratos. No Portal da Transparência, há 17 menções à empresa, algumas com dois empenhos (uma vez para um mesmo objeto, outras duas para objetos diferentes, o que resultou no número 19).


** Alguns processos datam de 2009, mas tiveram os empenhos feitos em 2010 para execução dos trabalhos.

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Imagens, jornalismo e sensacionalismo

Jornais e revistas provocam periodicamente polêmicas devido a certas fotografias chocantes que publicam. Uma delas ocorreu no ano passado, quando a "Time" deu na capa imagem de uma afegã de 19 anos que teve o nariz decepado pelo marido.

O debate gira sempre em torno do dilema: como estabelecer a fronteira entre morbidez e denúncia, sensacionalismo e dever de informar.

A professora de jornalismo Susie Linfield, da New York University, acaba de lançar um livro, "The Cruel Radiance: Photography and Political Violence" (Cruel Esplendor- Fotografia e Violência Política), que aprofunda o exame do assunto e trata dele de maneira mais genérica.

Linfield teve sua atenção voltada para o tema quando era criança, ao achar um livro na biblioteca do pai com documentação do extermínio de judeus poloneses.

Depois disso, analisou e escreveu sobre fotorreportagens de guerras em Serra Leoa, Libéria, Congo, Somália, Ruanda, Uganda, Bósnia, Tchetchênia e outros lugares, depois da Guerra Fria.

Provas de que não havia muita base para as esperanças de que a queda do Muro de Berlim poderia marcar o início de uma era de paz.

O livro parte de uma tese e de uma posição contra duas outras, muito bem estabelecidas nas ciências sociais.

A tese é de que a foto é um instrumento único para causar empatia em relação a vítimas de crueldades extremas, superior a qualquer forma de arte ou relato jornalístico.

A oposição é à teoria crítica da fotografia de Susan Sontag (principalmente às posições de seus herdeiros pós-modernistas) e à visão progressista da história.

"Eu acredito que precisamos aprender com as fotos e responder a elas, em vez de simplesmente desconstruí-las", afirma Linfield, a respeito de Sontag.

Sobre a crença de que o arco da história se curva na direção da justiça e da liberdade, ela argumenta: "Eu aprecio essa tradição, mas cheguei à conclusão de que é a experiência de degradação, miséria, violência e derrota que define a vida de milhões e, em grande parte, define a história".

Segundo a autora, não é possível "falar, pelo menos não de modo realista e significativo, em construir um mundo de democracia, justiça e direitos humanos sem antes ter compreendido a experiência de sua negação".

Para obter essa compreensão, é preciso empatia e, para chegar a esta, a fotografia é o caminho mais curto e eficaz.

Para concretizar suas ideias, Linfield examina quatro situações históricas dos últimos 70 anos (o Holocausto, a Revolução Cultural Chinesa, as crianças guerreiras na África e a prisão de Abu Ghraib e ações da jihad) e três fotógrafos célebres (Robert Cappa, James Nachtwey e Gilles Peress).

Isso embora ela também se refira a outros episódios e jornalistas (inclusive, e extensivamente, o brasileiro Sebastião Salgado). Trata-se de obra importante para estudiosos, praticantes e apreciadores da foto documental.

Fonte: Carlos Eduardo Lins da Silva, "Livro promove discussão sobre até onde o fotojornalismo pode chocar os leitores", Folha de S. Paulo, Mundo, 18/1/11.

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Clube Erdinger 2

Segunda reunião do Clube Erdinger, um clube seleto formado por um grupo de amigos que se reúnem para tomar a melhor cerveja!



segunda-feira, 17 de janeiro de 2011 | | 2 comentários

Reflexões sobre um acidente - o jornalismo e as redes sociais

O episódio da queda de parte do teto da praça de alimentação do Shopping Pátio Limeira, no último domingo (16/1), traz interessantes reflexões sobre o jornalismo e as novas tecnologias. Fiquei ao mesmo tempo surpreso com a rapidez na divulgação do fato (e de fotos) e preocupado com a imprecisão reinante nas redes sociais.

Eu estava em Piracicaba quando, pouco tempo após o episódio, recebi um telefonema informando sobre o acidente. Na verdade, o interlocutor queria confirmar a informação – e as pessoas sempre procuram os jornalistas nestas horas. Naquele momento, eu ainda não sabia de nada, mas bastou uma checagem no Twitter para constatar que, sim, algo havia ocorrido na praça de alimentação do Shopping Pátio.

Neste ponto, o da agilidade, a Internet – e as redes sociais em particular – tem se mostrado cada vez mais eficiente. Praticamente insubstituível. As qualidades, porém, não vão muito além disso.

Deixam a desejar sobremaneira a imprecisão e o erro. No lugar da informação, sobram “achismos”. “Parece que...”, “Informações dão conta de que...”, “Falaram que...”, “... ainda não há confirmação...” foram expressões recorrentes por parte dos tuiteiros – alguns deles jornalistas. Na “cobertura” das redes sociais, sobrou até um “número quase oficial”.

A quantidade de feridos foi outro indicativo da imprecisão das redes sociais. Quatro, dez, 15, 18, 22... Até mortes foram citadas – houve quem falasse em três vítimas fatais!

Nesta hora, lembrei-me de uma palestra do jornalista Bob Fernandes em um congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em São Paulo. Na ocasião, ele citou a teoria do “menos é mais”. Ou seja: na falta de confirmação, não dê a suposta informação. Afinal, o que parece ser um “furo” (notícia dada em primeira mão) pode se transformar numa “barriga” (notícia errada no jargão jornalístico) – que resulta em arranhões na credibilidade do profissional e/ou do veículo e em danos a terceiros.

Quase todo profissional tem para contar uma história de “barriga” fruto da pressa para dar uma “informação”. E a pressa não é só inimiga da perfeição. É também do jornalismo.

Portanto, antes de divulgar qualquer fato, apure. Cheque. Confirme com outras fontes. É regra básica do jornalismo.

Não resta dúvida de que as redes sociais vieram para ficar. Tornaram-se importante fonte para os jornalistas e a sociedade em geral. Contudo, também não resta dúvida de que, ao contrário do que prenunciam os apocalípticos (para tomar emprestada a expressão que se notabilizou com a Escola de Frankfurt), o jornalismo – e o jornalista – terá cada vez mais importância no seu papel de organizar o caos informativo (e prezar pela precisão da informação, unindo-a à agilidade na medida do possível).

PS: um conhecido chegou a criticar a suposta incompetência da imprensa limeirense que, minutos após o acidente, ainda não tinha informações a prestar. Ora, as equipes estavam justamente apurando os fatos. E, como citei, enquanto a apuração não estiver concluída, o melhor é não sair dando tiros para o alto. Um deles pode até acertar o alvo, mas a chance de errar é infinitamente maior. E um erro no jornalismo muitas vezes pode ser irreparável.

Em tempo: este texto não pretende ser uma “lição de moral”. Longe disso, apenas quis externar uma reflexão que foi inevitável durante o acidente, tanto de minha parte quanto dos que me acompanhavam (e ninguém mais era jornalista).


* Chamou minha atenção também o fato de muitos veículos utilizarem fotos do acidente no shopping disponíveis no Twitter sem mencionar os créditos dos autores.

domingo, 16 de janeiro de 2011 | | 3 comentários

Sobre a tragédia causada pelas chuvas

Como mostrou ontem o repórter Evandro Spinelli na Folha, o risco de um desastre de grandes proporções na belíssima região de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo foi detectado há dois anos por um estudo técnico encomendado pelo próprio governo do Rio.

E o que o governo fez com o resultado? Largou às traças, deixou pegando poeira na burocracia, empurrou para a gaveta ou simplesmente jogou no lixo -junto com o dinheiro público que o pagou.

Horas antes, as autoridades tiveram nova chance de não dar asas ao azar: o novo radar da Prefeitura do Rio e o Instituto Nacional de Meteorologia identificaram previamente a formação da tempestade.

E o que foi feito? Nada. Os órgãos atuaram isoladamente, não como um sistema integrado, em que o alerta se reproduz entre as várias instâncias, tem consequências e salva vidas. Mas não. É como se o radar fosse de enfeite, e o Inmet, só para inglês ver.

Num ótimo artigo, o colega Marcos Sá Correa defendeu que o remédio é responsabilizar homens públicos - e não abstratamente o Estado - pelos crimes que cometem contra a vida. É crime dar levianamente alvará de construção e "habite-se" para imóveis em encostas, fechar os olhos para casas em áreas de risco, desprezar alertas de tempestades e de outras intempéries.

Para complementar a sugestão do Marcos, a Polícia Federal deveria investigar também esse tipo de crime que pode resultar em 500, 600 mortes, famílias inteiras destruídas, casas despedaçadas, bilhões de prejuízos aos bolsos particulares e aos cofres públicos.

Se não vai por bem, vai por mal -na base da ameaça. Mais ou menos como no caso do cinto de segurança: todo mundo só passou a usar depois de criada a multa.

No rastro da Satiagraha, da Sanguessuga, da Castelo de Areia, fica aí a sugestão para o novo diretor-geral da PF, Leandro Coimbra: a operação "Desleixo Assassino".

Fonte: Eliane Cantanhêde, Desleixo assassino, "Folha de S. Paulo", Opinião, p. 2, 16/1/11.

***

No caso da tragédia do Rio, é só somar 1+1+1 e o resultado inexorável será a incompetência do poder público e o retrato de um país que tem mais de submergido que de emergente.

Primeiro 1 - O "Jornal Nacional" de quinta-feira mostrou que choveu mais em Portugal e na Austrália do que no Rio de Janeiro. Mas o número de mortos no Rio foi esmagadoramente superior.

Segundo 1 - O serviço de meteorologia emitiu aviso especial sobre a iminência de fortes chuvas precisamente nas áreas que acabaram sendo devastadas. Uma das prefeituras reconheceu ter recebido o aviso cinco horas antes da explosão. Nada foi feito.

Terceiro 1 - A manchete desta Folha, ontem, mostra que desde 2008 o Rio de Janeiro sabia perfeitamente que havia riscos tremendos nas cidades que foram as principais vítimas.O que foi feito? Nada.

Tudo somado, o que se tem é o óbvio fato de que chuvas torrenciais podem acontecer, deslizamentos formidáveis também - e, até aí, a culpa é só da natureza -, mas falta, no Brasil, acontecer a prevenção.

Já nem digo a prevenção original, a de proibir construções em áreas de risco. A incompetência do poder público impediu que essa providência fosse tomada e, se fosse, seria inócua. Falta fiscalização.

Refiro-me à prevenção de, diante da iminência da catástrofe, minimizar os danos ou, ao menos, as mortes, os danos mais terríveis, mesmo nesta era de predominância da finança sobre a vida.

Posto de outra forma, o poder público não está presente nem antes, nem durante e nem depois da tragédia. Chama a atenção, pelo menos de longe, o fato de repórteres chegarem a locais aos quais, segundo informam, nenhum socorro conseguira chegar.

Em vez de emergente, o Brasil parece mais país em construção. Precária, muito precária.

Fonte: Clóvis Rossi, O emergente submergiu, "Folha de S. Paulo", Opinião, p. 2, 16/1/11.

***

Dois textos para aqueles que consideram um exagero culpar o Poder Público pelas tragédias naturais...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011 | | 0 comentários

Vik Muniz na novela

Só hoje, no último capítulo de “Passione”, a novela das 21h da Rede Globo escrita por Silvio de Abreu, vi nos créditos finais que as obras de arte que ilustram a abertura são do artista brasileiro Vik Muniz. Radicado em Nova York há décadas, ele foi alvo de uma postagem no blog em novembro de 2008 (leia aqui).

Até hoje, só vi pessoalmente uma obra de Vik Muniz - um "Self-Portrait" ("Autorretrato"). Foi no High Museum, o museu de arte de Atlanta, nos Estados Unidos.


Em tempo: o High Museum tem trabalhos de Van Gogh, Monet, Renoir, Michelangelo e principalmente de artistas norte-americanos. Os trabalhos de arte contemporânea, onde está a obra de Muniz, chamam a atenção. Em todo o museu, são 11 mil peças, incluindo pinturas e quadros americanos, europeus e africanos.



Além das obras, o próprio prédio do museu chama a atenção. Reformado e ampliado há pouco tempo, ele possui uma arquitetura que lembra o Guggenhein de Nova York – não necessariamente pelo formato semelhante, mas sim pela ousadia das formas. O High Museum possui amplos vãos; rampas que, vistas do alto, parecem se movimentar; é todo angulado, enfim, merece ser apreciado.





* Para quem quiser um passeio virtual, o site do museu pode ser acessado aqui.

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Compras de Limeira batem recorde em 2010

Nunca Limeira comprou tanto de outros países como em 2010. O resultado recorde das importações no ano passado acompanha a tendência da balança comercial brasileira e está diretamente ligado à queda do dólar – que desvalorizou 4,5% em um ano.

No total, Limeira comprou US$ 174,513 milhões em 2010. Isso representa 39% a mais do que no ano anterior (US$ 125,310 milhões) e quase cinco vezes mais do que o verificado no ano 2000.

O ranking dos países de onde Limeira mais comprou em 2010 consolidou a ascensão da China. As importações oriundas do gigante asiático somaram no ano passado US$ 30,485 milhões, o que representa 17,5% do total. Em 2009, esse volume totalizou US$ 19,131 milhões (ou 15% do total). Em 2008, os chineses apareciam no segundo lugar no ranking das importações limeirenses, como este blog já mostrou.

Limeira também fez volumosas compras da Itália (US$ 24,145 milhões), Japão (US$ 19,855 milhões) e Estados Unidos (US$ 19,635 milhões).

As exportações limeirenses também subiram em relação a 2009 e registraram o terceiro melhor desempenho da década. No total, a cidade vendeu para o exterior US$ 446,913 milhões, 18% a mais do que no ano anterior (US$ 378,906 milhões).

Os principais destinos dos produtos limeirenses foram os Estados Unidos (US$ 120,929 milhões ou 27% do total, US$ 32 milhões a mais do que no ano anterior), o Japão (US$ 57,298 milhões) e a Argentina (US$ 40,556 milhões).

Se por um lado Limeira compra cada vez mais da China, por outro vende cada vez menos para aquele país. A posição chinesa no ranking das exportações limeirenses seguiu em queda. Em 2008, o país asiático aparecia em segundo lugar. Em 2009, caiu para a quinta posição. No ano passado, foi apenas o oitavo destino dos produtos locais. O volume vendido para a China caiu de US$ 15,581 milhões para US$ 10,138 milhões de 2009 para 2010.

Tanto nas exportações quanto nas importações, dois setores predominam nos negócios limeirenses: autopeças e alimentação. Em outras palavras, as multinacionais TRW Automotive, ArvinMeritor, Ajinomoto e Döhler América Latina.

Os principais produtos vendidos por Limeira são “rodas, partes e acessórios para automóveis”, “ácido glutâmico” e “sais do ácido glutâmico”. Na lista de compras, destacam-se “caixas de transmissão e redutores de velocidade”, “freios e partes para tratores e automóveis” e “máquinas e aparelhos mecânicos”.

O saldo comercial de Limeira fechou 2010 em US$ 272,399 milhões (ou US$ 19 milhões a mais do que no ano anterior).

Exportações de Limeira ano a ano:


2000 .......... US$ 271.520.968,00
2001 .......... US$ 264.219.131,00
2002 .......... US$ 252.190.664,00
2003 .......... US$ 281.594.368,00
2004 .......... US$ 302.695.350,00
2005 .......... US$ 449.564.541,00
2006 .......... US$ 439.849.457,00
2007 .......... US$ 413.318.031,00
2008 .......... US$ 498.888.787,00
2009 .......... US$ 378.906.439,00
2010 .......... US$ 446.913.661,00


Importações de Limeira ano a ano:

2000 .......... US$ 37.557.213,00
2001 .......... US$ 65.018.375,00
2002 .......... US$ 55.945.923,00
2003 .......... US$ 59.118.103,00
2004 .......... US$ 70.750.779,00
2005 .......... US$ 84.320.688,00
2006 .......... US$ 91.073.177,00
2007 .......... US$ 112.862.189,00
2008 .......... US$ 140.902.298,00
2009 .......... US$ 125.310.080,00
2010 .......... US$ 174.513.963,00

Fonte: Ministério do Desenvolvimento

terça-feira, 11 de janeiro de 2011 | | 4 comentários

Clube Erdinger

Registros da reunião de abertura do Clube Erdinger, um clube seleto formado por um grupo de amigos que se reúnem para tomar a melhor cerveja!




sexta-feira, 7 de janeiro de 2011 | | 0 comentários

Limeira fora de mais uma lista...

Uma resolução - número 38, de 29 de dezembro de 2010 – do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) é o mais recente indicativo da falta de prestígio ou de competência de Limeira junto ao governo federal. O documento apresentou os municípios contemplados na primeira chamada com creches do Programa Pró-Infância e com quadras escolares do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).

Em todo o país, 223 municípios receberão verba para a construção de 520 creches e 98 para 213 quadras. Segundo a Agência Brasil, São Paulo é o estado com o maior número de projetos atendidos: 103 creches.

Da região, foram contempladas com creches Americana (duas unidades), Amparo (1), Araras (2), Campinas (8), Cosmópolis (1), Engenheiro Coelho (1), Jaguariúna (1), Mogi-Guaçu (1), Mogi-Mirim (1), Nova Odessa (1), Paulínia (1), Rio Claro (3), Santa Bárbara d'Oeste (2) e Sumaré (2). Ou seja, quase todo mundo...

Araras (2), Rio Claro (1) e Santa Bárbara d'Oeste (1) ainda foram contempladas com verbas para quadras.

De acordo com a resolução, o processo seletivo foi realizado no último trimestre de 2010 pelo Ministério da Educação. Coordenador-geral de Infraestrutura Educacional do FNDE, Tiago Radunz explicou à Agência Brasil que “a seleção é feita com base no número de projetos inscritos e na demanda por vagas em creches que há naquela região”.

Ainda conforme a agência oficial do governo, essa primeira lista incluiu “municípios com mais de 50 mil habitantes e localizados em regiões metropolitanas”. Repare que o texto cita “e” (ou seja, os dois fatores juntos) e não “e/ou”, o que abriria a possibilidade de um ou outro fator ter sido considerado.

No entanto, basta verificar a lista de cidades mencionadas aqui para concluir que grande parte delas não faz parte de nenhuma região metropolitana – no caso, a de Campinas (RMC), formada por 19 cidades (a saber: Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d´Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo).

Engenheiro Coelho, com 10 mil habitantes, não se encaixa na faixa populacional prevista, embora faça parte da RMC (valeria então apenas um dos dois fatores)? Sendo assim, Limeira poderia estar na lista pois, mesmo fora de qualquer região metropolitana, tem mais de 50 mil habitantes – como Jaú (1), Lins (1), Matão (1) e São Carlos (2), contempladas com verbas para creches.

Alguém, portanto, poderia responder se Limeira ficou fora porque não inscreveu projetos (o fator incompetência) ou porque não teve os projetos selecionados (o fator falta de prestígio)?


Seja qual for a opção, é grave e triste.

Em tempo: a resolução do FNDE foi publicada no Diário Oficial da União no último dia de 2010, nas páginas 49 e 50. Para ver, clique
aqui e aqui.

Já a reportagem da Agência Brasil pode ser vista
aqui.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011 | | 0 comentários

Balanço de visitas em 2010

Acabo de concluir o balanço anual de visitas nos meus dois blogs – este, o Bate-Bola, e o Piscitas. O saldo é positivo.

Aqui, foram 5.464 visitas - 53% delas novas. Isso resulta numa média de 15 por dia (mais que o dobro do verificado em 2009, que teve média de sete visitas diárias). Foram 2.947 visitantes no ano passado. A maioria deles (51,8%) chegou até aqui por meio de sites de referência.

A maioria das visitas partiu do Brasil (5.220). No ranking, aparecem com certo destaque as visitas oriundas dos Estados Unidos (131) e Portugal (50). Os demais países têm pouca participação. Ainda assim, o blog se internacionalizou mais ainda: em 2010, houve visitas de 26 localidades, contra 19 no ano anterior.

Os 26 países são: Brasil, EUA, Portugal, Rússia, Reino Unido, Japão, Hungria, Canadá, França, Itália, Holanda, Argentina, México, Cabo Verde, Suíça, Arábia Saudita, Polônia, Moçambique, Ucrânia, Sérvia, Angola, Nova Zelândia, Israel, Espanha, Alemanha e Panamá.

A postagem que mais chamou a atenção durante o ano foi
“As melhores escolas de Limeira”, com 107 visualizações.

O blog Piscitas – Travel & Fun, destinado a relatos de viagens, teve 2.505 visualizações, uma média de quase sete por dia (em 2009 eram duas). Foram 1.649 visitantes – 49% deles chegaram até lá por meio de sites de referência (antes esse índice era de 75%).

As visitas partiram de 24 países – contra 31 em 2009. A maioria era oriunda do Brasil (1.428). Portugal (101) e Estados Unidos (37) também merecem destaque. As demais localidades são, pela ordem, Itália, França, Japão, Reino Unido, Espanha, Rússia, Alemanha, Angola, Holanda, Bélgica, Chile, Cabo Verde, Canadá, Argentina, Suécia, Quênia, Guatemala, Turquia, Venezuela, Áustria e Vietnã.

As postagens mais lidas no ano passado foram
“A praça mais bonita do mundo”, com 191 visualizações; “Arte é vida!”, com 144; “Na boca do vulcão”, com 133; e “Um passeio virtual pela Champs Élysées”, com 110.

PS: o balanço das visitas em 2009 pode ser visto
aqui.