quinta-feira, 10 de junho de 2010 | |

Arte debaixo da terra

Já escrevi no meu blog Piscitas – Travel & Fun, no qual falo de viagens, sobre os metrôs e a riqueza cultural e até antropológica desses locais mundo afora. Pois agora essa riqueza, no aspecto cultural, começa a invadir os metrôs brasileiros.

Recentemente, o governo de São Paulo organizou uma exposição sobre arte cibernética em seis estações do metrô. As obras – de artistas brasileiros e estrangeiros - fazem parte do acervo da Fundação Itaú Cultural. A ideia, segundo o governo, é promover uma interação entre obra e público, característica da arte contemporânea.

“Na Estação Brás, por onde entram 102 mil pessoas por dia, em média, a obra ‘Descendo a Escada’, da brasileira Regina Silveira, dá aos visitantes a diferente sensação de uma descida virtual.

Na Estação República, os usuários podem atuar como compositores musicais graças à instalação ‘OP_ERA: Sonic Dimension’, das brasileiras Daniela Kutschat e Rejane Cantoni. São centenas de linhas verticais luminosas que, quando tocadas, produzem luz e som.

Uma ‘cachoeira’ de algarismos cai sobre os visitantes da obra ‘Reflexão #3’, de Raquel Kogan, na Estação Tiradentes. (...)

‘Text Rain’ é a obra instalada na Estação Corinthians/Itaquera. Conforme diz seu título, é uma ‘chuva’ de letras. Em um efeito extremamente interessante, os usuários podem formar palavras com as letras que forem se acumulando na projeção de seus corpos. As artistas responsáveis pela obra são Camille Utterback e Romy Achituv.

Um jardim virtual com sementes de flores de dentes-de-leão, que podem ser ‘sopradas’ na Estação Paraíso, está aberto para os visitantes da instalação Les Pissenlits, obra dos autores Edmond Couchot e Michel Bret. A duração do sopro do visitante dá o movimento às flores.

Outro jardim virtual fica exposto na Estação Sé, por onde circulam 760 mil pessoas por dia. Ocupado pela obra Ultra-Nature, criada em 2008 por Miguel Chevalier, o jardim conta com uma flora com seis variedades de plantas digitais coloridas. Por meio de sensores, os usuários visitantes podem dar vida e movimento às plantas, que vão ganhando novas formas”.

Infelizmente, a exposição “Arte Cibernética” já terminou. O importante, porém, é saber que definitivamente a arte foi incorporada a um dos locais de maior fluxo de pessoas em São Paulo. Isto é democratizar o acesso à cultura.

Agora, é esperar pelas próximas.

* Fonte do trecho entre aspas: Governo de São Paulo; fotos de divulgação.

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