domingo, 24 de janeiro de 2010 | |

Os EUA e os 12 meses de Obama

Para quem gostaria de entender melhor a sociedade norte-americana e principalmente a participação do governo Barack Obama nesta sociedade, sugiro a leitura da entrevista do escritor Russell Banks. Ela foi publicada neste domingo (24/1) no caderno “Mais!”, da “Folha de S. Paulo”.

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Para quem não é assinante, reproduzo um trecho que considero um bom resumo do que Banks fala:

“PERGUNTA - Os EUA de Obama se tornaram mais respiráveis?
BANKS - Sim, desde que você não inspire muito profundamente. Apesar das críticas e das reservas que apresentei, é muito mais agradável ouvir Obama do que ouvir Bush, se você dá valor às palavras. E, se por acaso você prefere ter um presidente moderno, plugado na internet e elegante, se você prefere que ele tenha senso de humor, seja espirituoso e nutra um respeito sadio pela arte e a cultura, se você prefere que ele tenha lido alguns livros de história e filosofia e que se recorde de suas leituras, então, sim, os EUA hoje são um lugar culturalmente mais agradável do que foram nos oito anos anteriores. Se você deseja que o presidente reflita a diversidade da população em suas próprias origens raciais e familiares, então é um alívio ter um presidente cujo pai é africano e cuja mãe veio do Kansas, um homem cuja mulher é descendente de escravos afro-americanos e cujas duas filhas pequenas são o retrato vivo das colegas de classe ideais que você desejaria para seus próprios filhos. Mas, se você inspirar mais fundo, os EUA de Obama não são mais respiráveis do que foram os EUA dos anos Bush.”

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