quinta-feira, 11 de junho de 2009 | |

Uma nova visão sobre o Brasil

Nas duas últimas viagens que fiz ao Exterior (EUA e Europa), entre 2007 e 2008, chamou minha atenção o interesse estrangeiro no Brasil e em especial no presidente Lula. Mais do que isso, chamou minha atenção a curiosidade estrangeira sobre o que estava acontecendo com nossa economia e como era quase unânime a percepção de que o Brasil estava dando certo.

Na Bélgica, uma vendedora chegou a dizer, diante de um pedido de desconto seguido de um comentário - em tom de brincadeira - de que éramos (os brasileiros) "pobres", que "nós estávamos ficando ricos, pobres estavam ficando eles (europeus)". Na França, uma vendedora quis saber se era período de férias no Brasil tamanha a quantidade de turistas brasileiros que ela atendia diariamente (em tempo: era abril).

Em Madrid, uma norte-americana manifestou num pub que o Brasil estava crescendo enquanto os EUA afundando.

Nos táxis, comentários sobre o bom desempenho do país e de seu presidente eram comuns a ponto de um taxista em Washington pedir para que "Mr. Lula" fosse o presidente de seu país.

De fato, a imagem do Brasil no que diz respeito à economia mudou no Exterior - a ponto de muitos estrangeiros desejarem estar por aqui (e isso tudo aconteceu antes da crise explodir...). Para quem ainda duvida de que a visão do Brasil mudou, sugiro a leitura de um artigo publicado hoje no jornal inglês "The Guardian".

No artigo, um especialista diz o que para ele (e também para mim - apesar do tom um tanto exagerado) explica a recente ascensão econômica brasileira: "o Brasil teve a sorte de ter dois líderes sucessivos que muitos julgam ser os presidentes eleitos mais bem sucedidos na história da América Latina. O antecessor de Lula, Fernando Henrique Cardoso, foi um líder respeitável que pavimentou o caminho para Lula com reformas econômicas cruciais".

Para ler o artigo (em inglês), clique aqui.

PS 1: se a visão sobre a economia brasileira no Exterior mudou, permanece inalterada a visão sobre a violência no Brasil. A colocação de que o país é violento - seja em forma de afirmação ou de pergunta - foi quase tão comum quanto a outra.

PS 2: a publicação desta postagem só foi possível graças às novas ferramentas da web 2.0. Soube do tal artigo por meio de uma mensagem via Twitter encaminhada por Paula Góes, de Londres.

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