quarta-feira, 7 de janeiro de 2009 | |

Para NC, obrigado por tudo! RP


São 2h55 e estou pensando em uma amiga. Com todo o respeito. Ela vive um dilema pelo qual passei recentemente e acho que uma palavra amiga sempre ajuda – eu tive experiência nesse sentido e posso garantir que ajuda.

Se pudesse encontrá-la agora, diria: o que a faz feliz? Ao menos profissionalmente. Então é isso que deve fazer. Assuma os riscos e as consequências e seja feliz. Não é possível ter tudo na vida.

Talvez tenha falado poucas vezes e a poucas pessoas o que vou dizer agora. A vida é feita de circunstâncias. Eu, por exemplo, tornei-me uma pessoa um tanto individualista. Sei disso. Antes de pensar em todo o resto, penso em mim. O “resto” inclui minha família (aliás, meus pais). Sei que para muitas pessoas isso soa como falta de amor aos outros. Estão enganadas. Eu sei dos meus sentimentos. Amo as pessoas como sequer elas imaginam. Isso vale para um grupo de cinco, que têm o meu amor maior. Aquele amor por quem se faria mil vezes, como o dito em “O caçador de pipas”.

O fato de pensar antes de mais nada em mim não me faz uma pessoa certa ou errada, melhor ou pior. Não me faz amar mais ou menos. Posso garantir. Se houvesse um medidor de amor, o meu pelas pessoas a quem quero bem atingiria um nível muito maior do que muitos imaginam.

Ainda assim, amar as pessoas intensamente (sim, não sei ter relações superficiais, sou emotivo) – ainda que isso não seja demonstrado da forma como muitos esperam – não impede que eu pense antes em mim. São meus interesses que interessam, com o perdão da pobreza vocabular.

Não temo ser julgado por isso. Assumo que sou individualista. Já ouvi tanta coisa que estou escaldado. Já me disseram que sou incompetente e eu simplesmente tenho pena dessa pessoa (pena, o pior dos sentimentos). Já insinuaram que passei rasteira e eu simplesmente rio dessas pessoas (elas realmente não me conhecem). Não, não temo julgamentos. Ninguém, absolutamente ninguém, paga minhas contas. Até por isso não devo justificativas dos meus atos.

Estou escrevendo isso para deixar o recado para esta amiga: antes de tudo, você. Pense no que você precisa para ser feliz. E faça! Não espere dos outros. Lembre-se apenas que às vezes é preciso abrir mão de algumas muitas coisas. São escolhas que fazemos na vida – e ela nos força a fazer. Só não permita a lamentação. Este é o fundo do poço! Também não se deixe enganar com ilusões – a gente costuma se iludir facilmente, principalmente quando estamos cegos (normalmente de paixão). A vida é mais fria e prática do que imaginamos, o que não impede o sangue de pulsar. Graças a Deus!

Quase três anos depois, eu retribuo-lhe o mesmo verso que certa vez você me enviou: “Por que você faz isso com você?”. Está naquela música do Raul, lembra-se? Você não consegue ter idéia de como aquela música me inspirou.

Junto desse verso, para encerrar, reproduzo uma canção cujo refrão é o resumo da vida:

“Doing everything that I believe in
Going by the rules that I´ve been taught
More understanding of what´s around me
And protected from the walls of love

No point in talking what you should have been
And regretting the things that went on
Life´s full of mistakes, destinies and fate
Remove the clouds look at the bigger picture

All that you see is me
And all I truly believe

That I was born to try
I´ve learned to love
Be understanding
And believe in life
But you've got to make choices
Be wrong or right
Sometimes you´ve got to sacrifice the things you like…”
("Born to try")

2 comentários:

Karina disse...

" a unica pessoa que lhe acompanha do iníco ao fim da vida é você"

ouvi essa frase há algum tempo, disse a uma amiga a pouco tempo.

ponho em prática na minha vida todos os dias. Primeiro eu.

Graziela disse...

Concordo plenamente...
Ninguém paga as nossas contas e nos preocuparmos com os comentários dos outros é, sem sombra de dúvidas, perder o nosso precioso tempo.
O texto não é pra mim, mas tb me serviu.
Beijo!!!