sexta-feira, 19 de dezembro de 2008 | |

Um novo consumidor

Desde que vi uma palestra sobre publicidade recentemente, interessei-me por comportamento do consumidor. Li uma interessante reportagem na revista "Giro" (edição 10, ano 3), do Ibope, sobre o consumidor do século 21. Trata-se dos resultados de uma ampla pesquisa feita, claro, pelo Ibope Mídia.

A reportagem é aberta por uma frase interessante do filósofo francês Gilles Lipovetsky: "O consumo é um dos raros fenômenos que conseguiu modificar tão profundamente o modo de vida, os gostos, as aspirações e o comportamento da maioria das pessoas num intervalo de tempo tão curto".

Segundo a professora de marketing da FGV, Martha Savastano, o consumidor do século 21 é bem informado, autônomo e pode decidir sobre si mesmo. "Ele busca discursos verdadeiros, autênticos e faz questionamentos sobre os produtos", disse ela à revista.

Mas, afinal, a que conclusões o estudo chegou? Seguem algumas:

- as mulheres fazem mais compras do que os homens;
- os brasileiros estão comprando mais (há seis anos, 60% faziam compras; hoje, são 67%);
- as lojas de rua ainda são as mais freqüentadas (83% de preferência);
- há uma tendência favorável ao consumo consciente, embora muitas pessoas não pratiquem o que dá trabalho (mas cobram isso dos outros);
- três aspectos influenciam o consumidor: mídia, ponto-de-venda e relacionamento;
- experiência anterior e família são as principais fontes de informação na decisão de compra. A amizade também conta nesse aspecto;
- 51% evitam andar com talões de cheque ou cartões de crédito para não gastar;
- o uso do cartão tem crescido: a posse passou de 27% para 38% em seis anos;
- o consumidor está mais exigente (o número de atendimentos no Procon subiu de 285 mil no ano 2000 para 516 mil em 2007);
- 56% consideram que a forma como aproveitam o tempo é mais importante do que o dinheiro que ganham - este é um sintoma dos tempos modernos;
- características regionais influenciam o consumidor (no Sul, por exemplo, lê-se mais).

Para quem tiver interesse, o estudo completo está disponível no site www.ibope.com/consumidor. Foi de lá que eu retirei, inclusive, a imagem que ilustra esta postagem.

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