quarta-feira, 29 de outubro de 2008 | |

Um quadro...


Presentes. É bom dar e receber presentes, principalmente quando eles vêm – ou vão – nas horas mais surpreendentes (ou seja, longe de datas tradicionais). Presentes nos fazem lembrar das pessoas e isto faz uma grande diferença. Desde uma simples caneta até algo mais complexo, eles sempre trarão à mente de uma forma carinhosa aquela pessoa que nos presenteou, aquele momento que pode ter sido inesquecível.

Obviamente, todo ser humano tem predileção por uma série de coisas. Nesse sentido, alguns presentes ganham um valor especial – o que não significa dizer que outros não têm valor. Eu, por exemplo, adoro livros. Prefiro-os às roupas. Adoro perfumes, mas poucos saberiam comprar de acordo com meus gostos (isto é um presente muito pessoal, que evito). E adoro quadros.

Nesta categoria, ganham ainda mais valor aqueles feitos de próprio punho. E quando são feitos exatamente para você, tornam-se mágicos. Eu ganhei um desses tempos atrás. Está pendurado na minha parede e no meu coração. A pessoa que me presenteou captou todo o meu espírito para colocar na tela. Mais que isso, ela observou meus olhares durante um tempo, sentiu meus gostos. Enfim, fez um quadro para mim, exclusivamente para mim, único.

A isso tudo soma-se a surpresa. Eu o ganhei num momento que jamais imaginaria. Não era meu aniversário, não era nada. Era, pois, um presente de amizade. Eis o melhor dos presentes, dado aleatoriamente, feito com as próprias mãos e com o coração, pensando na pessoa a ser presenteada.

Este quadro talvez nunca esteja em nenhum museu, mas para mim tem um valor incalculável. Ainda mais porque atrás dele veio uma mensagem tocante. Hoje, a cada vez que olho para ele, é impossível não lembrar de tudo. De tudo que se passou e de tudo que, um dia, quem sabe, virá.

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